Como a sra. se sentiu diante desse acordo? Não foi uma surpresa, já que nos últimos meses já me preparava para isso. Mas, claro, uma vez consolidado, foi uma enorme emoção. No fundo, esse é o acordo que devolve à Colômbia a capacidade de sonhar. É a esperança que volta. Por que essa negociação não fracassou, diferentemente das anteriores? Foi uma conjuntura muito específica e uma sequência de eventos. Primeiro, tivemos o fortalecimento das Forças Armadas na Colômbia. Não apenas militar, mas moralmente. Ela mudou o trato com a população. (Os militares) deixaram de ser inimigos de parte da população para ser seus protetores. Ao mesmo tempo, nas Farc, vimos sérias derrotas, com mortes de líderes. A sra. foi uma das vítimas dessa guerra. Qual é o desafio desse acordo em garantir a Justiça para quem sofreu? Nunca haverá Justiça individual para nós. Existem três fatores nesse desafio de Justiça nesse acordo. O primeiro é o da Justiça moral. A obrigação de dizer a verdad...