Se você pudesse fazer três pedidos ao gênio da lâmpada, quais seriam eles? Um saldo bancário de 1 bilhão de dólares? Uma ilha paradisíaca só para você? Ou conquistar alguém muito especial? Agora, pense. Por que, afinal, você quer tudo isso? Para se sentir feliz, claro. Seria difícil uma resposta diferente. De todas as metas que se pode almejar, a felicidade é a única que possui valor em si mesma. Todas as outras amor, dinheiro, beleza, saúde, poder só fazem sentido como meio para atingi-la.
Desde que os antigos gregos criaram a palavra felicidade, por volta do século VII antes de Cristo, seu sentido sempre foi nebuloso, abstrato. Assunto para filósofos, poetas e místicos nunca para os cientistas, sempre às voltas com problemas objetivos. Pois agora a ciência resolveu destrinchar a questão. Depois de duas décadas de pesquisas, um psicólogo americano, de origem húngara, conseguiu demonstrar que a felicidade é um estado de espírito que pode ser explicado, medido e alcançado, por meio de um esforço racional.
O autor da proeza se chama Mihaly Csizkszentmihalyi pronuncia-se "mirrái tchic-sentmirrái", um pesquisador da Universidade de Chicago. Segundo ele, nós desfrutamos a sensação de felicidade quando estamos imersos, completamente concentrados, em atividades nas quais encontramos desafios e possibilidade de crescimento pessoal. A palavra com que Csikszentmihalyi define esse estado da mente é fluxo.
Para entender, imagine-se aprendendo um esporte o futebol, por exemplo, que hoje atrai também um número cada vez maior de mulheres. No momento em que você consegue dominar a bola, chutar com uma certa precisão para o gol e fazer embaixadas, experimenta o fluxo, um estado de satisfação intensa. Mas depois de um tempo isso perde a graça, torna-se rotineiro. Você busca novos desafios. Ingressa em um time para testar suas habilidades em campo e procura adversários de um nível equivalente ao seu. Nem importa o placar. Novamente você entra em fluxo. A sucessão de pequenos progressos o faz se sentir feliz.
Um método que detecta e analisa o bem-estar pessoal
Costuma-se falar da felicidade como algo misterioso. Ela nunca vem quando você chama, escapa facilmente e pode ser confiscada a qualquer hora pelos mesmos que detêm o poder de concedê-la. Csizkszentmihalyi discorda. "A felicidade não é a sorte grande na loteria nem um fruto do acaso", escreveu em seu livro Flow: The Psychology of the Optimal Experience, de 1990, publicado nos Estados Unidos. "Tampouco é algo que o dinheiro compre. Não depende de eventos externos, mas sim de como nós os interpretamos." Essa idéia guiou suas pesquisas dali em diante. Ele desenvolveu uma técnica que permite registrar, com exatidão, os estados de espírito que se sucedem no cotidiano. Voluntários de vários países foram munidos de um pager e de um caderno. Oito vezes ao dia, por uma semana, eram enviados sinais aos aparelhos. Nessas horas, os participantes anotavam o lugar onde se encontravam, o que estavam fazendo, com quem e como se sentiam.
As descrições do estado de intenso bem-estar eram sempre muito semelhantes. Dessa maneira, Csizkszentmihalyi chegou à definição de fluxo. "Os melhores momentos geralmente ocorrem quando o corpo ou a mente estão no limite de sua capacidade, num esforço voluntário de realizar algo difícil e que valha a pena." Exatamente como o escritor inglês Aldous Huxley (1894-1964) já havia definido em seu livro Contraponto, de 1928. "A felicidade é um subproduto de alguma outra coisa que a gente está fazendo", escreveu.
O prazer dos desafios
O show pode até durar a noite toda que o saxofonista Carlinhos Moreira não se importa. "Nas minhas apresentações, experimento momentos de pura felicidade", conta. Durante o último ano e meio, liderou uma banda de jazz, composta por outros quatro músicos amigos. "Nós trabalhávamos e nos divertíamos muito ao mesmo tempo", diz.
Ele conta que nem todas as músicas são fáceis de executar. "Certos trechos só saem depois de tentar muitas vezes", explica. "Quando isso acontece, é uma verdadeira satisfação." Além de tocar, Moreira dá aulas de música e compõe. "São desafios que me fazem muito bem", explica. "Qualquer trabalho que envolva criação é muito angustiante. Mas, quando a gente aprende a lidar com a angústia, aprende também a ser feliz."
Atenção em cada passo
Antes de entrar em cena, a bailarina Erika Ishimaru repassa mentalmente a coreografia. Para driblar o nervosismo, procura imaginar-se no contexto da história. "Não penso em mais nada quando começo a dançar", conta. "Esqueço o mundo lá fora, os meus problemas, e fico extremamente concentrada. No fim, tenho aquela sensação de missão cumprida, sinto um prazer indescritível." Integrante do Balé da Cidade de São Paulo, Erika trabalha duro. São exercícios físicos, aulas de dança e ensaios diários que exigem dedicação intensa. "Às vezes preciso dar uma desligada", diz. Por isso, tem aulas de inglês e de circo. "Mas faço o que gosto e com muita satisfação."
Gooooooooool!
A bola entra no gol e Pelé salta para comemorar, com seu clássico gesto do soco no ar. Só uma fração de segundo separa esses dois momentos. No intervalo, diversas partes do cérebro do atleta se encarregam de receber a informação, analisá-la e agregar a ela a emoção correspondente. Só aí é dada a ordem para o resto do corpo expressar a alegria.
1. O nervo óptico transforma em impulsos nervosos a imagem captada pela visão.
2. O córtex visual decodifica a informação e a envia para o tálamo, sede do sistema límbico, responsável pelas emoções.
3. O tálamo intervém várias vezes no circuito. É uma central de distribuição dos impulsos nervosos no sistema límbico.
4. O hipocampo, principal órgão da memória, compara as informações recebidas com as que tem arquivadas. O gol é associado com as boas recordações de gols anteriores.
5. Na amígdala, a informação recebe um conteúdo emocional, com base nas associações feitas no hipocampo. É como se ela passasse do branco-e-preto para o colorido. Como o gol está ligado a lembranças positivas,a emoção é de euforia.
6. Depois de percorrer várias estruturas do sistema límbico e de passar novamente pelo tálamo, os impulsos chegam ao córtex pré-frontal, onde são analisados racionalmente.
7. A mistura de razão e emoção que daí resulta é enviada para o septo, que também faz parte do sistema límbico. Lá se forma a intensa sensação de alegria que explode na festa do gol.
O primeiro passo é prestar atenção no que se faz
É difícil experimentar o fluxo quando a atenção está diluída. "Às vezes a gente se deixa vencer pelos entraves do dia-a-dia e não investe nas situações que podem nos trazer satisfação", afirma a psicoterapeuta Vivien Bonafer Ponzoni, de São Paulo. É a situação de uma atriz que sobe no palco pensando no contrato perto do fim, na filha doente, nas contas a pagar. Ela não se concentra. Por isso, pode ter um desempenho abaixo de suas expectativas e se sentir frustrada.
Você só fica feliz, diz Csizkszentmihalyi, quando se volta plenamente para uma tarefa que envolva desafio. Não é preciso escalar o Monte Everest. Uma dona de casa pode entrar em fluxo preparando um bolo. A capacidade de desfrutar esses momentos depende, em parte, dos genes. "Alguns indivíduos ficam deprimidos mais facilmente que outros", observa o psiquiatra Henrique del Nero, da Universidade de São Paulo. Assim, eles nem chegam perto do fluxo. Os psicólogos americanos David Lykken e Auke Tellegen, da Universidade de Minnesota, perguntaram a 254 gêmeos sobre o seu estado do ânimo habitual. As respostas dos idênticos, com a mesma herança genética, foram as mais parecidas entre si. Os pesquisadores atribuem 50% da satisfação a fatores hereditários e os outros 50% ao modo como cada um encara suas experiências.
A diversão no trabalho
São mais de duas décadas de profissão e o gastrenterolgista Thomas Szego continua a se encantar com o que faz. "É fantástico saber que, na maioria das vezes, posso acabar com o sofrimento do paciente." Cada operação é um desafio. "Elas exigem atenção total", conta. Depois, vem a sensação de bem-estar. "Às vezes eu até brinco: ´E ainda me pagam para fazer isso!´" Szego tem uma rotina agitada, mas reserva tempo para a família e para si mesmo. "Faço ginástica e não abro mão disso", diz. "Também acho que consigo ser feliz porque sempre me proponho metas atingíveis, o que não quer dizer que eu não tenha de lutar para chegar até elas."
A receita do sofrimento
Ninguém gosta de se sentir infeliz. Mesmo assim, tem gente que até parece que sofre de propósito. "Muitas vezes a infelicidade depende da disposição mental do indivíduo, da sua maneira de ver o mundo e de reagir às diferentes situações", observa o psiquiatra Rubens Rodrigues, de Porto Alegre. Para quem quiser tornar amarga a sua passagem pelo mundo, os especialistas dão algumas dicas infalíveis.
INVENTE PROBLEMAS
Encha seu cotidiano de complicações reais ou fictícias e procure dar muita importância aos insucessos. Se os seus próprios problemas já não forem suficientes, assuma os dos outros como se fossem seus. Nunca faltará motivo para você se sentir deprimido.
TENHA SEMPRE RAZÃO
Não tente compreender o ponto de vista dos outros. Evite ampliar sua visão de mundo e mantenha-se o dono da verdade. Essa atitude afastará seus amigos e colegas, e seus familiares irão achá-lo um chato.
SÓ PENSE NO FUTURO
Despreze o presente e jogue sempre seus objetivos para a frente, longe de você. Cultive o pessimismo, veja sempre a metade vazia do copo. Acredite que as coisas sempre vão dar errado. Assim você desistirá facilmente de seus objetivos e se sentirá um fracassado por antecipação.
SEJA SEU PRÓPRIO CARRASCO
Nunca perdoe suas próprias falhas e limitações. Escolha um erro que você cometeu no passado e lembre-se dele o tempo todo. Se alguém ponderar que às vezes a situação foge do controle e que ninguém precisa ser perfeito, duvide. Seja mau com você mesmo. Nunca ache tempo livre para fazer as coisas de que gosta.
DESVALORIZE-SE
Jogue sua auto-estima no chão. Desdenhe de suas conquistas e duvide de qualquer elogio que porventura façam a você. Tudo o que você faz bem não é nada mais do que sua obrigação. Só dê ouvidos às críticas. De tanto dizer a si mesmo que é um incompetente, você acabará acertando.
Desde que os antigos gregos criaram a palavra felicidade, por volta do século VII antes de Cristo, seu sentido sempre foi nebuloso, abstrato. Assunto para filósofos, poetas e místicos nunca para os cientistas, sempre às voltas com problemas objetivos. Pois agora a ciência resolveu destrinchar a questão. Depois de duas décadas de pesquisas, um psicólogo americano, de origem húngara, conseguiu demonstrar que a felicidade é um estado de espírito que pode ser explicado, medido e alcançado, por meio de um esforço racional.
O autor da proeza se chama Mihaly Csizkszentmihalyi pronuncia-se "mirrái tchic-sentmirrái", um pesquisador da Universidade de Chicago. Segundo ele, nós desfrutamos a sensação de felicidade quando estamos imersos, completamente concentrados, em atividades nas quais encontramos desafios e possibilidade de crescimento pessoal. A palavra com que Csikszentmihalyi define esse estado da mente é fluxo.
Para entender, imagine-se aprendendo um esporte o futebol, por exemplo, que hoje atrai também um número cada vez maior de mulheres. No momento em que você consegue dominar a bola, chutar com uma certa precisão para o gol e fazer embaixadas, experimenta o fluxo, um estado de satisfação intensa. Mas depois de um tempo isso perde a graça, torna-se rotineiro. Você busca novos desafios. Ingressa em um time para testar suas habilidades em campo e procura adversários de um nível equivalente ao seu. Nem importa o placar. Novamente você entra em fluxo. A sucessão de pequenos progressos o faz se sentir feliz.
Um método que detecta e analisa o bem-estar pessoal
Costuma-se falar da felicidade como algo misterioso. Ela nunca vem quando você chama, escapa facilmente e pode ser confiscada a qualquer hora pelos mesmos que detêm o poder de concedê-la. Csizkszentmihalyi discorda. "A felicidade não é a sorte grande na loteria nem um fruto do acaso", escreveu em seu livro Flow: The Psychology of the Optimal Experience, de 1990, publicado nos Estados Unidos. "Tampouco é algo que o dinheiro compre. Não depende de eventos externos, mas sim de como nós os interpretamos." Essa idéia guiou suas pesquisas dali em diante. Ele desenvolveu uma técnica que permite registrar, com exatidão, os estados de espírito que se sucedem no cotidiano. Voluntários de vários países foram munidos de um pager e de um caderno. Oito vezes ao dia, por uma semana, eram enviados sinais aos aparelhos. Nessas horas, os participantes anotavam o lugar onde se encontravam, o que estavam fazendo, com quem e como se sentiam.
As descrições do estado de intenso bem-estar eram sempre muito semelhantes. Dessa maneira, Csizkszentmihalyi chegou à definição de fluxo. "Os melhores momentos geralmente ocorrem quando o corpo ou a mente estão no limite de sua capacidade, num esforço voluntário de realizar algo difícil e que valha a pena." Exatamente como o escritor inglês Aldous Huxley (1894-1964) já havia definido em seu livro Contraponto, de 1928. "A felicidade é um subproduto de alguma outra coisa que a gente está fazendo", escreveu.
O prazer dos desafios
O show pode até durar a noite toda que o saxofonista Carlinhos Moreira não se importa. "Nas minhas apresentações, experimento momentos de pura felicidade", conta. Durante o último ano e meio, liderou uma banda de jazz, composta por outros quatro músicos amigos. "Nós trabalhávamos e nos divertíamos muito ao mesmo tempo", diz.
Ele conta que nem todas as músicas são fáceis de executar. "Certos trechos só saem depois de tentar muitas vezes", explica. "Quando isso acontece, é uma verdadeira satisfação." Além de tocar, Moreira dá aulas de música e compõe. "São desafios que me fazem muito bem", explica. "Qualquer trabalho que envolva criação é muito angustiante. Mas, quando a gente aprende a lidar com a angústia, aprende também a ser feliz."
Atenção em cada passo
Antes de entrar em cena, a bailarina Erika Ishimaru repassa mentalmente a coreografia. Para driblar o nervosismo, procura imaginar-se no contexto da história. "Não penso em mais nada quando começo a dançar", conta. "Esqueço o mundo lá fora, os meus problemas, e fico extremamente concentrada. No fim, tenho aquela sensação de missão cumprida, sinto um prazer indescritível." Integrante do Balé da Cidade de São Paulo, Erika trabalha duro. São exercícios físicos, aulas de dança e ensaios diários que exigem dedicação intensa. "Às vezes preciso dar uma desligada", diz. Por isso, tem aulas de inglês e de circo. "Mas faço o que gosto e com muita satisfação."
Gooooooooool!
A bola entra no gol e Pelé salta para comemorar, com seu clássico gesto do soco no ar. Só uma fração de segundo separa esses dois momentos. No intervalo, diversas partes do cérebro do atleta se encarregam de receber a informação, analisá-la e agregar a ela a emoção correspondente. Só aí é dada a ordem para o resto do corpo expressar a alegria.
1. O nervo óptico transforma em impulsos nervosos a imagem captada pela visão.
2. O córtex visual decodifica a informação e a envia para o tálamo, sede do sistema límbico, responsável pelas emoções.
3. O tálamo intervém várias vezes no circuito. É uma central de distribuição dos impulsos nervosos no sistema límbico.
4. O hipocampo, principal órgão da memória, compara as informações recebidas com as que tem arquivadas. O gol é associado com as boas recordações de gols anteriores.
5. Na amígdala, a informação recebe um conteúdo emocional, com base nas associações feitas no hipocampo. É como se ela passasse do branco-e-preto para o colorido. Como o gol está ligado a lembranças positivas,a emoção é de euforia.
6. Depois de percorrer várias estruturas do sistema límbico e de passar novamente pelo tálamo, os impulsos chegam ao córtex pré-frontal, onde são analisados racionalmente.
7. A mistura de razão e emoção que daí resulta é enviada para o septo, que também faz parte do sistema límbico. Lá se forma a intensa sensação de alegria que explode na festa do gol.
O primeiro passo é prestar atenção no que se faz
É difícil experimentar o fluxo quando a atenção está diluída. "Às vezes a gente se deixa vencer pelos entraves do dia-a-dia e não investe nas situações que podem nos trazer satisfação", afirma a psicoterapeuta Vivien Bonafer Ponzoni, de São Paulo. É a situação de uma atriz que sobe no palco pensando no contrato perto do fim, na filha doente, nas contas a pagar. Ela não se concentra. Por isso, pode ter um desempenho abaixo de suas expectativas e se sentir frustrada.
Você só fica feliz, diz Csizkszentmihalyi, quando se volta plenamente para uma tarefa que envolva desafio. Não é preciso escalar o Monte Everest. Uma dona de casa pode entrar em fluxo preparando um bolo. A capacidade de desfrutar esses momentos depende, em parte, dos genes. "Alguns indivíduos ficam deprimidos mais facilmente que outros", observa o psiquiatra Henrique del Nero, da Universidade de São Paulo. Assim, eles nem chegam perto do fluxo. Os psicólogos americanos David Lykken e Auke Tellegen, da Universidade de Minnesota, perguntaram a 254 gêmeos sobre o seu estado do ânimo habitual. As respostas dos idênticos, com a mesma herança genética, foram as mais parecidas entre si. Os pesquisadores atribuem 50% da satisfação a fatores hereditários e os outros 50% ao modo como cada um encara suas experiências.
A diversão no trabalho
São mais de duas décadas de profissão e o gastrenterolgista Thomas Szego continua a se encantar com o que faz. "É fantástico saber que, na maioria das vezes, posso acabar com o sofrimento do paciente." Cada operação é um desafio. "Elas exigem atenção total", conta. Depois, vem a sensação de bem-estar. "Às vezes eu até brinco: ´E ainda me pagam para fazer isso!´" Szego tem uma rotina agitada, mas reserva tempo para a família e para si mesmo. "Faço ginástica e não abro mão disso", diz. "Também acho que consigo ser feliz porque sempre me proponho metas atingíveis, o que não quer dizer que eu não tenha de lutar para chegar até elas."
A receita do sofrimento
Ninguém gosta de se sentir infeliz. Mesmo assim, tem gente que até parece que sofre de propósito. "Muitas vezes a infelicidade depende da disposição mental do indivíduo, da sua maneira de ver o mundo e de reagir às diferentes situações", observa o psiquiatra Rubens Rodrigues, de Porto Alegre. Para quem quiser tornar amarga a sua passagem pelo mundo, os especialistas dão algumas dicas infalíveis.
INVENTE PROBLEMAS
Encha seu cotidiano de complicações reais ou fictícias e procure dar muita importância aos insucessos. Se os seus próprios problemas já não forem suficientes, assuma os dos outros como se fossem seus. Nunca faltará motivo para você se sentir deprimido.
TENHA SEMPRE RAZÃO
Não tente compreender o ponto de vista dos outros. Evite ampliar sua visão de mundo e mantenha-se o dono da verdade. Essa atitude afastará seus amigos e colegas, e seus familiares irão achá-lo um chato.
SÓ PENSE NO FUTURO
Despreze o presente e jogue sempre seus objetivos para a frente, longe de você. Cultive o pessimismo, veja sempre a metade vazia do copo. Acredite que as coisas sempre vão dar errado. Assim você desistirá facilmente de seus objetivos e se sentirá um fracassado por antecipação.
SEJA SEU PRÓPRIO CARRASCO
Nunca perdoe suas próprias falhas e limitações. Escolha um erro que você cometeu no passado e lembre-se dele o tempo todo. Se alguém ponderar que às vezes a situação foge do controle e que ninguém precisa ser perfeito, duvide. Seja mau com você mesmo. Nunca ache tempo livre para fazer as coisas de que gosta.
DESVALORIZE-SE
Jogue sua auto-estima no chão. Desdenhe de suas conquistas e duvide de qualquer elogio que porventura façam a você. Tudo o que você faz bem não é nada mais do que sua obrigação. Só dê ouvidos às críticas. De tanto dizer a si mesmo que é um incompetente, você acabará acertando.
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