O presidencialismo de coalizão à moda lulopetista funcionou enquanto tinha à frente um político carismático, pragmático e persuasivo, lastreado por enorme apoio popular. Dilma não é nada disso. E o vazio político que, por desinteresse e incompetência, ela permitiu que se criasse, foi ocupado pela nomenklatura petista, que sempre teve metas muito precisas: no plano político, focar exclusivamente o seu projeto de poder; no âmbito interpartidário, manter em segundo plano os interesses dos aliados, quando não fosse possível simplesmente ignorá-los. Essa visão peculiar de aliança ou parceria se deve à insopitável soberba petista que, seja por razões ideológicas, como é o caso de Dilma, seja por puro fisiologismo da companheirada apegada ao desfrute das benesses do poder, entende que todos os demais partidos políticos, por não serem, como o PT, ungidos pelo dom e pela missão divina de salvar a Pátria, devem conformar-se com o papel de meros coadjuvantes e satisfazerem-se com aquilo a que faz...