Escutar uma música animada durante a atividade física aumenta a resistência física e estimula o praticante a treinar até 15% mais tempo do que o habitual e, melhor, sem que ele perceba. A conclusão é do pesquisador Costas Karageorghis, da Universidade de Brunel, na Inglaterra. Na prática, quem gasta cerca de 550 calorias em uma hora de corrida passaria a correr 69 minutos e queimar 82,5 calorias a mais se embalasse as passadas ao som de Black Eyed Peas ou Madonna. Com esse acréscimo, daria para comer, sem peso na consciência, um pacote de 25 gramas de batata frita ou reduzir um quilo na balança em menos de três meses sem fazer dieta.
"As ondas elétricas do som da música chegam ao cérebro, onde estimulam a produção de adrenalina e de sensores ligados ao prazer e às emoções, como a endorfina, afastando a fadiga e tirando a atenção do relógio, do desconforto e da monotonia que alguns sentem com a prática esportiva regular", explica o diretor técnico da rede de academias Bio Ritmo, Saturno de Souza.
O estado de relaxamento alcançado com a música também melhora a concentração. O nadador norte-americano Michael Phelps, por exemplo, só tira o iPod do ouvido quando o juiz dá o sinal para subir na plataforma. Situação semelhante acontece com a saltadora russa Yelena Isinbayeva: no último campeonato mundial de atletismo, em Berlim, na Alemanha, ela foi flagrada várias vezes ouvindo música até instantes antes de ir para a pista - tudo bem que isso não a ajudou a subir no pódio nem acertar nas três chances iniciais de salto, mas pelo menos serviu de estímulo para ela fazer as três tentativas. "Como os atletas não podem usar qualquer tipo aparelho de som durante a competição, eles mentalizam a canção que estavam ouvindo há pouco para ajudar a melhorar a performance", conta o treinador da assessoria esportiva Run For Life Wanderlei de Oliveira, diretor da Federação Paulista de Atletismo, de São Paulo.
No compasso certo
"Sabemos que as vibrações musicais provocam vibrações corporais, embalando e sincronizando os movimentos durante os exercícios. Mas tudo depende do ritmo da canção, que pode deixar a pessoa acelerada ou relaxada", diz a mestre em educação física Maria Luiza de Jesus Miranda, professora da Universidade São Judas Tadeu, em São Paulo.
Daí a explicação para que na musculação o som entre como pano de fundo enquanto no treino aeróbico, como spinning, dança ou hidroginástica, ela seja essencial para marcar a coreografia e a velocidade da execução da aula. "Por ser pulsante, a música eletrônica é mais usada quando a intenção é motivar e fazer com que o aluno não pare de se mexer; e os estilos mais lentos, para manter a frequência cardíaca baixa, algo importante no caso da ioga e do pilates", afirma Alexandre Casanova, presidente da ListenX - Music & Emotion for Business, de São Paulo, empresa especializada em fazer programação musical para academias.
Toque de alerta
Ouvir música ao praticar atividade ao ar livre, no entanto, requer atenção. Tanto que em algumas provas de corrida de rua, o uso do iPod está proibido. "O problema é que há o risco da pessoa não ouvir a buzina do carro que vem atrás e ser atropelada. Por isso, a recomendação é utilizar o acessório apenas em parques e locais específicos para a prática esportiva", avisa o treinador Wanderlei de Oliveira.
Outra dica para os fãs do fone de ouvido é controlar o volume. "Se ele estiver muito alto pode causar a perda da audição. Para se certificar, basta observar se você consegue ouvir barulhos externos, ter noção do que está acontecendo à sua volta e se a pessoa ao lado não está escutando a sua música. Caso contrário, está mais do que na hora de reduzir a altura", alerta Saturno de Souza, da Bio Ritmo.
"As ondas elétricas do som da música chegam ao cérebro, onde estimulam a produção de adrenalina e de sensores ligados ao prazer e às emoções, como a endorfina, afastando a fadiga e tirando a atenção do relógio, do desconforto e da monotonia que alguns sentem com a prática esportiva regular", explica o diretor técnico da rede de academias Bio Ritmo, Saturno de Souza.
O estado de relaxamento alcançado com a música também melhora a concentração. O nadador norte-americano Michael Phelps, por exemplo, só tira o iPod do ouvido quando o juiz dá o sinal para subir na plataforma. Situação semelhante acontece com a saltadora russa Yelena Isinbayeva: no último campeonato mundial de atletismo, em Berlim, na Alemanha, ela foi flagrada várias vezes ouvindo música até instantes antes de ir para a pista - tudo bem que isso não a ajudou a subir no pódio nem acertar nas três chances iniciais de salto, mas pelo menos serviu de estímulo para ela fazer as três tentativas. "Como os atletas não podem usar qualquer tipo aparelho de som durante a competição, eles mentalizam a canção que estavam ouvindo há pouco para ajudar a melhorar a performance", conta o treinador da assessoria esportiva Run For Life Wanderlei de Oliveira, diretor da Federação Paulista de Atletismo, de São Paulo.
No compasso certo
"Sabemos que as vibrações musicais provocam vibrações corporais, embalando e sincronizando os movimentos durante os exercícios. Mas tudo depende do ritmo da canção, que pode deixar a pessoa acelerada ou relaxada", diz a mestre em educação física Maria Luiza de Jesus Miranda, professora da Universidade São Judas Tadeu, em São Paulo.
Daí a explicação para que na musculação o som entre como pano de fundo enquanto no treino aeróbico, como spinning, dança ou hidroginástica, ela seja essencial para marcar a coreografia e a velocidade da execução da aula. "Por ser pulsante, a música eletrônica é mais usada quando a intenção é motivar e fazer com que o aluno não pare de se mexer; e os estilos mais lentos, para manter a frequência cardíaca baixa, algo importante no caso da ioga e do pilates", afirma Alexandre Casanova, presidente da ListenX - Music & Emotion for Business, de São Paulo, empresa especializada em fazer programação musical para academias.
Toque de alerta
Ouvir música ao praticar atividade ao ar livre, no entanto, requer atenção. Tanto que em algumas provas de corrida de rua, o uso do iPod está proibido. "O problema é que há o risco da pessoa não ouvir a buzina do carro que vem atrás e ser atropelada. Por isso, a recomendação é utilizar o acessório apenas em parques e locais específicos para a prática esportiva", avisa o treinador Wanderlei de Oliveira.
Outra dica para os fãs do fone de ouvido é controlar o volume. "Se ele estiver muito alto pode causar a perda da audição. Para se certificar, basta observar se você consegue ouvir barulhos externos, ter noção do que está acontecendo à sua volta e se a pessoa ao lado não está escutando a sua música. Caso contrário, está mais do que na hora de reduzir a altura", alerta Saturno de Souza, da Bio Ritmo.
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