1 | INTRODUÇÃO |
Piano, instrumento de cordas cujo
teclado deriva do clavicêmbalo (cravo), e as cordas e martelos, do dulcimer
(espécie de saltério tocado com dois pequenos martelos). Difere de seus
predecessores, pricipalmente, na utilização de um sistema de teclas para
impulsionar os martelos contra as cordas, que permite ao intérprete modificar o
volume conforme o toque forte ou suave dos dedos. Por esse motivo, o primeiro
modelo denominou-se gravicembalo col piano e forte (‘clavicêmbalo com
suave e forte’). Foi construído em 1698 pelo fabricante de clavicêmbalos
florentino Bartolomeo Cristofori, considerado o inventor do piano. A extensão do
piano primitivo era de quatro ou cinco oitavas, como a do clavicêmbalo. Foi
sendo ampliada gradativamente para mais de sete, através de mudanças
estruturais, como o aumento da tensão das cordas para produzir certas notas. Um
modelo Bösendorfer tem um baixo estendido que permite alcançar oito
oitavas.
2 | ESTRUTURA MODERNA |
O piano moderno tem seis partes fundamentais (na explicação que se
segue, os números entre parênteses referem-se ao diagrama da estrutura do
instrumento): (1) o bastidor, geralmente de ferro; na extremidade posterior,
fica a chapa em que se prendem as cordas; na frente, o cepo onde são
distribuídas as cravelhas de afinação. Em torno delas enrosca-se a outra
extremidade da corda. A tensão é regulada girando-se cada cravelha. (2) A tábua
harmônica, peça delgada de madeira (pinho especial) com veios muito regulares,
situada sob as cordas, reforça o som mediante vibração por simpatia. (3) As
cordas são fabricadas em fio de aço, de espessura e comprimento que aumentam do
agudo ao grave. As notas agudas dispõem de duas ou três cordas afinadas em
uníssono. As notas graves possuem apenas uma corda fortalecida por um cobertura
de arame fino retorcido em espiral. (4) O impulso é o verdadeiro mecanismo
requerido para empurrar o martelo contra as cordas. A parte mais visível do
mecanismo é o teclado, fileira de teclas que são acionadas pelos dedos. As
teclas das notas naturais são de marfim ou plástico, as das notas alteradas são
de ébano ou plástico. (5) Os pedais são alavancas acionadas com os pés. O pedal
forte, ou direito, suspende os abafadores para que as cordas continuem vibrando
depois que os dedos deixam de tocar as teclas. O pedal esquerdo, ou surdina,
aproxima os martelos das cordas para amortecer o golpe, ou desloca-os para o
lado, reduzindo a área de contato. A utilização dos pedais produz variações na
qualidade do som. (6) Segundo a forma do móvel, os pianos se classificam-se em:
de cauda, retangular e vertical (piano de armário). O quadrado, ou de mesa, não
é muito comum. Os pianos de cauda são fabricados em diversos tamanhos, desde o
cauda inteira 2,68 m de largura, até o pequeno piano crapaud, com menos
de 1,80 m.
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