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Caetano Veloso - 1978

Intro/Odara (1978) Odara (1978) Tigresa (1978) London, London (1978) Na Baixa do Sapateiro (1978) Leblon Via Vaz Lobo (1978) Maria Fumaça (1978) Two Naira Fifty Kobo (1978) Gente (1978) Alegria, Alegria (1978) Baião (1978) Caminho Da Roça (1978) Qualquer Coisa (1978) Chuva, Suor E Cerveja (1978

Pense no Amanhã…

Dificuldades? Não percas tempo, lamuriando. Trabalhe. Críticas? Nunca aborrecer-se com elas. Aproveite-as no que mostrem de útil. Incompreensões? Não busque torná-las maiores, através de exigências e queixas. Facilite o caminho. Intrigas? Não lhes estendas a sombra. Faça alguma luz com o óleo da caridade. Perseguições? Jamais revidá-las. Perdoe esquecendo. Calúnias? Nunca enfurecer-se contra as arremetidas do mal, sirva sempre. Tristezas? Afaste-se de qualquer disposição ao desânimo. Ore abraçando os próprios deveres. Desilusões? Por que debitar aos outros a conta de nossos erros? Caminhe para frente, dando ao mundo e à vida o melhor ao seu alcance. Doenças? Evite a irritação e a inconformidade. Raciocine nos benefícios que os sofrimentos do corpo passageiro trazem à alma eterna. Fracassos? Não acredite em derrotas. Lembre-se de que, pela bênção de Deus, você está agora em seu melhor tempo - o tempo de HOJE, no qual você pode sorrir e recomeçar, ren

O Amor Antigo

O amor antigo vive de si mesmo, Não de cultivo alheio ou de presença. Nada exige nem pede. Nada espera, Mas do destino vão nega a sentença. O amor antigo tem raízes fundas, Feitas de sofrimento e de beleza. Por aquelas mergulha no infinito, E por estas suplanta a natureza. Se em toda parte o tempo desmorona Aquilo que foi grande e deslumbrante, O antigo amor, porém, nunca fenece E a cada dia surge mais amante. Mais ardente, mas pobre de esperança. Mais triste? Não. Ele venceu a dor, E resplandece no seu canto obscuro, Tanto mais velho quanto mais amor. Carlos Drummond de Andrade.

CÉU E INFERNO ÍNTIMOS

Conta-se que um dia um samurai, grande e forte, conhecido pela sua índole violenta, foi procurar um sábio monge em busca de respostas para suas dúvidas. - Monge, disse o samurai com desejo sincero de aprender, ensina-me sobre o céu e o inferno. O monge, de pequena estatura e muito franzino, olhou para o bravo guerreiro e, simulando desprezo, lhe disse: - Eu não poderia ensinar-lhe coisa alguma, você está imundo. Seu mau cheiro é insuportável. - Ademais, a lâmina da sua espada está enferrujada. Você é uma vergonha para a sua classe. O samurai ficou enfurecido. O sangue lhe subiu ao rosto e ele não conseguiu dizer nenhuma palavra, tamanha era sua raiva. Empunhou a espada, ergueu-a sobre a cabeça e se preparou para decapitar o monge. - "Aí começa o inferno", disse-lhe o sábio mansamente. O samurai ficou imóvel. A sabedoria daquele pequeno homem o impressionara. Afinal, arriscou a própria vida para lhe ensinar sobre o inferno. O bravo guerreiro abaixou lentamente a espada e agrad