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Mostrando postagens de abril, 2007

MOTO-CONHECIMENTO - PARTE 3

Tudo como está E quando se descobre uma coisa dessas, é como se se descobrisse um dente sem obturação. A gente nunca esquece o assunto. Põe-se a investigar, a desencavar, a revolver, a pensar sobre ele, não para distrair, mas porque ele não sai mais da cabeça. E quanto mais eu penso e remexo nesse negócio de manutenção das motos, mais irritado fica o John, o que, por sua vez, aumenta ainda mais a minha vontade de investigar o caso. Não de propósito, para aborrecê-lo, mas porque aquela irritação me parece um sinal de algo mais profundo, algo oculto, que não se percebe de imediato. Quando se fala sobre controle de natalidade, o que faz com que a conversa esfrie não é uma questão de nascerem mais ou menos bebês. Isso é só aparente. Por baixo está um conflito de fé, um choque entre o planejamento social empírico e a fé na autoridade de Deus, revelada pelos ensinamentos da Igreja Católica. Você pode apresentar as vantagens da paternidade planejada até se acabar, que não vai adiantar nada, p

MOTO-CONHECIMENTO - PARTE 2

Lodo correnteza abaixo Eu gostaria mesmo era de usar o tempo que temos para falar sobre algumas coisas que me ocorreram. Andamos sempre correndo que não temos muitas oportunidades para conversar. Daí aquela eterna superficialidade do cotidiano, aquela que faz com que, anos mais tarde, se fique imaginando o que foi feito do tempo, chateados porque tudo já passou. Como temos algum tempo agora, e sabemos disso, eu gostaria de me aprofundar em aspectos que me parecem importantes. O que tenho em mente é uma espécie de chautauqua - é o único nome que tenho para isso -, à semelhança dos espetáculos itinerantes realizados no interior de tendas, as chautauquas, que atravessavam os Estados Unidos, este mesmo país onde hoje vivemos. As chautauquas eram séries de palestras populares, muito em voga no século XIX, que visavam edificar, divertir, aprimorar o raciocínio e fornecer cultura e informação ao espectador. Com o advento do rádio, do cinema e da televisão, que são meios de comunicação mais rá

MOTO-CONHECIMENTO - PARTE 1

Um livro que nos leva confortavelmente na garupa e que, no caminho, vai nos revelando o mais sagrado Em 1974, um professor de redação de Minneapolis, Estados Unidos, decidiu escrever sobre suas viagens de moto com o filho e um casal de amigos, John e Sylvia. Era o que o mundo queria: Zen e a Arte da Manutenção de Motocicletas virou um cult. Montado na máquina, Robert M. Pirsig volta a atenção para si mesmo e racionaliza sobre a existência humana, nos levando por estradinhas e descobrindo paisagens - as externas e as outras. Em inúmeros momentos ele nos faz pensar de maneira diferente. "Buda, a divindade, mora tão confortavelmente nos circuitos de um computador digital ou nas engrenagens de uma transmissão de motocicleta quanto no pico de uma montanha ou nas pétalas de uma flor." Como dá para perceber, não é um livro que deva ser associado à prática ortodoxa do Zen-Budismo, como está anotado logo nas primeiras páginas, mas uma investigação sobre valores. E como você vai desco

Papel de Parede (1024 x 768)

Há 10 Anos Atrás

25.Abril.1997 Novo planeta é descoberto fora do sistema solar Astrofísicos norte-americanos anunciam a descoberta de um planeta que gira em torno da estrela Rho Coronae Borealis , da constelação Corona Borealis, situada a 50 anos-luz do Sol. A descoberta foi divulgada num artigo publicado no Astrophysical Journal. O planeta teria o tamanho de Júpiter e é o nono a ser detectado fora do sistema solar.

COMO OCORRE A GAGUEIRA?

O fenômeno tem sempre implicações psicológicas, mesmo que haja também algum problema físico. Em geral, quando a criança tem cerca de três anos de idade e está aprendendo a falar, ela gagueja naturalmente. Como ainda está aprendendo a elaborar as frases para expressar seus pensamentos, muitas vezes não consegue falar tão rápido quanto pensa. "Na maioria das crianças, esse processo - chamado de disfluência normal - é apenas passageiro. Em algumas delas, porém, o problema persiste, dando origem à gagueira", afirma Carla Mieli, fonoaudióloga do Hospital Albert Einstein, em São Paulo. Não se conhece ainda nenhuma causa específica para que isso aconteça e não há gagueira absolutamente igual a outra. Muitos dos sintomas se manifestam em função do esforço excessivo do gago em evitar o problema, levando a uma fala repleta de falhas de ritmo, pausas silenciosas e frases incompletas, acompanhadas de esforço físico, com alteração na sincronização entre a respiração e a produção da fala.

Reflexões

"Ninguém se eleva, sem esforço máximo da vontade, dos campos do hábito para as regiões iluminadas da experiência. Entretanto, ninguém atinge as múltiplas regiões da experiência sem passaportes adquiridos nas agências da dor." Emmanuel

Dias de sombra, dias de luz - Final

Diante dessa desmedida, afirmar que não se sabe o que fazer ou que se pode experimentar desejos de retaliação não significa jogar a ética na lama; significa mostrar que a malignidade de algumas circunstâncias sociais podem fazer o discernimento ético vacilar. Para alguns, isto é retórica vazia ou falta de coragem para tomar partido. Mas agir e pensar com justiça não é questão de tomar partido; é questão de experimentação sócio-moral, como sustentaram James, Dewey, Rorty; é questão de apostar, sem garantias e com riscos de frustração, na boa-vontade de nossos parceiros de vida em comum; é questão, enfim, do 'perigoso talvez', tão repetido pelo saudoso Derrida. O que fazer, então, para sanar este estado de coisas? Não há resposta fácil. Como, por exemplo, combater a secular injustiça brasileira, reforçando, ao mesmo tempo, as instituições democráticas, se dependemos, para isso, de parlamentares, que, na maioria, sequer se dão ao trabalho de ocultar do público a baixeza de seus me

Dias de sombra, dias de luz - Parte 1

Sem o sonho de que os tempos sombrios passarão, viver serve para quê? Jurandir Freire Costa Começo pelas sombras. O Brasil vive uma escalada da violência urbana desorientadora. Quando a lista de atrocidades parecia esgotar-se, aparece mais uma figura do medonho, do horror dos horrores, a morte do menino João Hélio. Será que somos uma aberração coletiva apelidada de nação? Será que somos uma civilização sem amanhã? Talvez sim, talvez não. Seja como for, para evitar o dano mais grave é preciso admitir o evidente: criamos uma sociedade inconseqüente que se vê a braços com o pior efeito da inconseqüência humana: a carnificina monstruosa, na qual crianças matam crianças, sem se dar conta da imoralidade do que estão fazendo. O assassinato de João Hélio por um adolescente que afirmou “não saber o que significa perder um filho assassinado porque nunca teve filho” mostra a face disforme do imaginário da terra de palmeiras onde cantam sabiás. O adolescente que disse ignorar o que é a dor de perd

Catavento e Girassol

Meu catavento tem dentro O que há do lado de fora do teu girassol Entre o escancaro e o contido Eu te pedi sustenido E você riu bemol Você só pensa no espaço Eu exigi duração Eu sou um gato de subúrbio Você é litorânea Quando eu respeito os sinais Vejo você de patins Vindo na contra-mão Mas, quando ataco de macho Você se faz de capacho E não quer confusão Nenhum dos dois se entrega Nós não ouvimos conselho: Eu sou você que se vai No sumidouro do espelho. Eu sou do Engenho de Dentro E você vive no vento do Arpoador Eu tenho um jeito arredio E você é expansiva (o inseto e a flor) Um torce pra Mia Farrow O outro é Woody Allen... Quando assovio uma seresta Você dança, havaiana... Eu vou de tênis e jeans Encontro você demais: Scarpin, soirée Quando o pau quebra na esquina Você ataca de fina E me oferece em inglês: É fuck you, bate-bronha E ninguém mete o bedelho: Você sou eu que me vou No sumidouro do espelho. A paz é feita no Motel De alma lavada e passada, Pra descobrir logo depois Que nã

O Que Estou a Ler

Os grandes escritores sempre procuraram comportar-se como pessoas normais. No entanto, a maioria jamais conseguiu disfarçar certas excentricidades. Em O Ofício de Escrever (Angra), Ramón Nieto fornece pilhas de curiosidades sobre os grandes gênios da literatura. Entre as pérolas está a revelação de que Balzac adorava fantasiar-se de monge e Walter Scott ficava excitadíssimo diante de uma folha em branco. O pesquisador espanhol comete, porém, uma certa injustiça: entre os mais de 40 autores ali descritos não há um único brasileiro.

Blogueiros discutem regras

O mundo dos blogs está debatendo se precisa de um código de conduta. Cansados de comentários e posts mal-educados e abusivos, alguns blogueiros influentes pensam em criar regras para manter o debate civilizado. Tim O"Reilly, organizador de eventos de tecnologia e blogueiro, pôs uma proposta de código em seu blog e no site Wikia.com para ser discutida. Entre as novas regras estariam a proibição a comentários abusivos, agressivos, caluniosos ou ameaçadores. "Temos pessoas que se envolvem em um manto de livre expressão quando na verdade só estão sendo infantis", disse O'Reilly. A proposta também pede o fim dos comentários anônimos e a proibição de conteúdo que firam os direitos autorais. A discussão sobre o código veio após a blogueira Kathy Sierra, autora de livros sobre programação, receber ameaças de morte em sua página.

Amizades Diferentes

A esposa passou a noite fora de casa. Na manhã seguinte, explicou ao marido que tinha dormido na casa de uma amiga. O marido, então, telefonou para dez amigas. Nenhuma delas confirmou. O marido passou a noite fora de casa. Na manhã seguinte, explicou à mulher que tinha dormido na casa de um amigo. A esposa, então, telefonou para dez amigos do marido. Sete deles confirmaram, e os três restantes, além de confirmarem, garantem que ele ainda estava lá.

Musse de chocolate com frutas cristalizadas

Ingredientes: 125 g de chocolate meio amargo picado 1 gema 3 claras frutas cristalizadas para decorar Modo de Preparo: Coloque o chocolate em um refratário e derreta-o em banho-maria. Acrescente a gema, misture bem e, em seguida, incorpore delicadamente as claras batidas em ponto de neve firme. Distribua em 4 taças e leve-as à geladeira por 2 horas. Antes de servir a musse, decore com frutas cristalizadas.

Entrevista concedida a Veja (22/11/1995), a Eurípedes Alcântara, no momento em que o governo americano movia processo de formação de monopólio contra

Veja - O senhor acredita que a internet pode contribuir para diminuir o fosso entre os países pobres e ricos? GATES - O surgimento da internet é uma notícia boa para todas as pessoas em qualquer lugar do mundo. Ela permite compartilhar instantaneamente resultados de testes com novos remédios, pesquisas e ajuda tremendamente o desenvolvimento da ciência. Além disso, ela alarga as fronteiras do próprio capitalismo, dando um poder inusitado aos consumidores. Isso torna a economia dramaticamente mais eficiente. O mundo como um todo está se beneficiando da internet. Os países em desenvolvimento que mais investiram em educação e comunicação serão os maiores beneficiados. O caso da Índia é interessante. O cidadão indiano médio não tem acesso a um sistema educacional maravilhoso, mas tem o legado britânico que privilegia a qualidade. O resultado disso é que atualmente há cerca de 1 milhão de pessoas trabalhando na indústria de software na Índia. Graças à internet eles estão próximos dos consum

Entrevista concedida a Veja (22/11/1995),no momento em que o governo americano movia processo de formação de monopólio contra a Microsoft. - Parte 1

Veja - Dentro de alguns dias o computador pessoal, o PC, será a mais extraordinária máquina do século passado. A era do computador pessoal está no fim? GATES - O motor da indústria de computadores sempre foi a reinvenção, a transformação de velhas abordagens em idéias novas. Fazemos isso desde o ano zero de criação do PC. Esperar algo mágico de uma simples virada de página do calendário, uma coisa totalmente arbitrária, é inconseqüente. Avanços revolucionários marcaram a indústria nos anos ímpares e pares e não apenas naqueles terminados em números redondos. Independentemente dos dígitos que identificam o ano em que estamos, a internet vai continuar sua expansão fenomenal. A próxima década será muito, muito interessante e continuaria sendo tão vibrante mesmo que não estivéssemos às portas do ano 2000. Veja - O senhor não acha que boa parte dos compradores de computadores pessoais subutilizam seus aparelhos? GATES - Não acredito. A maioria dos usuários está se beneficiando grandemente

Filósofo do Mês: Parmênides

Parmênides (viveu em torno de 500 a.C.), filósofo grego. Precursor do idealismo de Platão e da explicação materialista do universo de Empédocles e Demócrito. Foi o membro mais importante da escola eleática. Defendia que os fenômenos da natureza não têm entidade real. Na opinião de Parmênides, a realidade, o ser verdadeiro, somente é encontrada na razão. Sua única obra conservada é Sobre a natureza. Microsoft ® Encarta ® Encyclopedia 2002. © 1993-2001 Microsoft Corporation. Todos os direitos reservados.

Dica de CD

Big Hits & Remixes, Earth Wind and Fire (Sony Music) — Criado há trinta anos pelos irmãos Maurice e Verdine White, o grupo negro de Chicago criou um dos repertórios mais sacolejantes da década de 70 o que não é pouco. Relançá-los num disco de remixes versões retrabalhadas para fazer a música soar moderninha pode parecer um truque para aumentar as vendas. Não é o caso. Coordenado pelos remanescentes do Earth, Wind and Fire, este CD é diversão dançante garantida. Se você duvida disso, experimente colocar hits como Let's Groove numa festinha desanimada. Ninguém resiste.

Cidades Brasileiras: Jundiaí/SP.

Cidade industrial do sudeste do Brasil, no estado de São Paulo, entre as cidades de São Paulo e Campinas. Entre os produtos de sua indústria predominam o aço, os têxteis, o vinho, os móveis, o cimento (concreto) e a cerâmica. Na área circundante são produzidos uvas, café, madeira e cereais; além disso, a cada ano se comemora na cidade o festival da uva. Nos arredores da cidade, existem minas de tungstênio. A exportação de seus produtos se realiza através do porto de Santos, no oceano Atlântico. A cidade foi fundada por volta de 1615, como lugar de pousada na época das bandeiras, e em 1655 obteve o reconhecimento como vila, com o nome de Vila de Nossa Senhora do Desterro de Jundiahy. População (1991): 288.644 habitantes. Microsoft ® Encarta ® Encyclopedia 2002. © 1993-2001 Microsoft Corporation. Todos os direitos reservados.

Esse é o Candidato!

COMO DESCOBRIR EXTRAS SECRETOS NOS DVDS?

O controle remoto do DVD é a chave para achar cenas e outros bônus que não são indicados no menu do filme. São os "ovos de Páscoa" (ou, em inglês, Easter eggs), batizados assim porque, nessa data, as pessoas costumam esconder os doces para que as crianças os procurem pela casa. Com os "ovos" digitais é a mesma coisa: o espectador precisa brincar com os botões do controle até descobrir o atalho para esses extras - às vezes cenas hilariantes de bastidores, outras vezes nada além de créditos da produção. Os "ovos de Páscoa" surgiram na década de 90, nos Estados Unidos. Os programadores do software Photoshop, da Adobe, resolveram colocar algumas telas escondidas no programa, que só pudessem ser encontradas pelos aficionados em computação gráfica. O feito se tornou notícia e os ovos migraram para a indústria do entretenimento nos DVDs, eles são uma espécie de prêmio para o espectador com espírito de hacker. "Não divulgamos a existência deles no rótulo par

Como os grandes sábios podem nos ajudar a viver melhor - Final

Marco Aurélio é útil para uma infinidade de situações cotidianas. Somos extraordinariamente suscetíveis à idéia da glória, e é um convite ao bom senso ouvir, a esse respeito, quem foi o dono do mundo. A arrogância, mostra ele, sustenta-se apenas na ignorância e na ilusão. "Cada um vive apenas o momento presente, breve. O mais da vida, ou já se viveu ou está na incerteza. Exíguo, pois, é o que cada um vive. Exíguo, o cantinho da terra onde vive. Exígua, até a mais longa memória na posteridade, essa mesma transmitida por uma sucessão de homúnculos morrediços, que nem a si próprio conhecem, quanto menos a alguém falecido há muito." Marco Aurélio legou à posteridade exemplos memoráveis. Descoberta uma conspiração e executado sem seu conhecimento o traidor, ele lamentou a perda da chance de perdoá-lo. Entregaram-lhe a correspondência do conspirador. Ele queimou-a sem lê-la. Sua atitude diante da discórdia é inspiradora. Estamos a toda hora brigando com alguém e sendo tomados por s

Como os grandes sábios podem nos ajudar a viver melhor - Parte 3

Seja simples, portanto. E ria. Veja o caso de Heráclito (540 a.C.-470 a.C.) e Demócrito, dois grandes filósofos gregos da Antiguidade. Diante da miséria humana, Heráclito chorava. Demócrito ria. No correr dos dias nós vemos uma série infinita de absurdos e de patifarias. Alguém a quem você fez bem retribui com ódio. A inveja parece onipresente. Você tropeça e percebe a alegria mal disfarçada dos inimigos e até de amigos. (Palavras do frasista francês Rochefoucauld: sempre encontramos uma razão de alegria na desgraça de nossos amigos.) A hipocrisia é dominante. As decepções se acumulam. Até seu cachorro se mostrou menos confiável do que você imaginava. Em suma, a vida como ela é. Diante de tudo isso, as alternativas estão basicamente representadas nas atitudes opostas de Heráclito e Demócrito. Você pode chorar. Ou então você pode rir. Sêneca comparou a atitude de Heráclito e Demócrito para fazer seu ponto: ria das coisas, em vez de chorar. Séculos depois dele, Montaigne fez a mesma comp

Como os grandes sábios podem nos ajudar a viver melhor - Parte 2

Não sobrou livro nenhum de Zenão. Atribuem-se a ele frases das quais uma das melhores diz: "A natureza nos deu dois ouvidos e apenas uma boca para que ouvíssemos mais e falássemos menos". Zenão se matou aos 72 anos. Para os estóicos, o suicídio - sem lamúrias, sem queixas - era uma retirada digna e honrosa quando a pessoa já não encontrasse razões para viver. Sabe-se de sua morte pelo biógrafo Diógenes Laércio (200 d.C.-250 d.C.), autor de Vida dos Filósofos. Zenão tropeçou e se machucou, segundo Diógenes Laércio. Em seguida, citou um verso de um autor grego chamado Timóteo: "Eis-me aqui: por que me chamas?". E depois se enforcou. Aceitar as coisas como elas são: eis um ponto crucial para a vida feliz de acordo com todas as escolas filosóficas. Sobre isso tratou com profundidade Epiteto (c. 55 d.C.-c.135 d.C.). Nascido escravo e só liberto depois de adulto, Epiteto não escreveu um único livro. Seu pensamento é conhecido graças a um discípulo, o historiador Arriamo.

Como os grandes sábios podem nos ajudar a viver melhor - Parte 1

A filosofia existe para que as pessoas possam viver melhor. Sofrer menos. Lidar mais serenamente com as adversidades. Enfrentar com coragem o "perpétuo vai-e-vem de elevações e quedas", para citar uma frase do romano Sêneca (4 a.C.-65 d.C.), um dos grandes filósofos da Antiguidade. A missão essencial da filosofia é tornar viável a busca da felicidade. Todos os grandes pensadores sublinharam esse ponto. A filosofia que não é útil na vida prática pode ser jogada no lixo. Alguém definiu os filósofos como os amigos eternos da humanidade. Nas noites frias e escuras que enfrentamos no correr dos longos dias, eles podem iluminar e aquecer. A filosofia apóia e consola. "O ofício da filosofia é serenar as tempestades da alma", escreveu o sábio francês Montaigne (1533-1592). Numa definição magistral, Montaigne definiu a filosofia como a "ciência de viver bem". Considere o caso do aristocrata romano Boécio (480 d.C.-524 d.C.). Boécio era rico, influente, poderoso. Er

“Não tenhas pressa. Aonde tens de ir é só a ti mesmo.”

Por vezes, a compreensão de episódios que se repetem em nossa vida pode ocorrer por meio dos simbolismos, das correlações que formam as teias nas quais bordamos nossa existência. Compreender o simbólico para superar o ilusório que nos cerca é um dos passos fundamentais que devemos trilhar no caminho extenso da consciência. Compreender aquilo que fica de tudo que é transitório é mergulhar na própria essência da vida e beber do mais puro sabor da verdade. Acertar, errar, ganhar, perder, estar feliz ou infeliz são apenas partes do intrincado espelho da ilusão. Ora estamos numa condição, ora noutra. Tudo o que passa não pode ser o propósito da vida. A dor, a perda e o sofrimento também são parte desta experiência de Maia, a deusa da ilusão para os hindus

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Bom Início de Semana

"Amo a beleza do compromisso.." Simone Weil

Entrevista concedida a Veja (12/12/1973), a Maria Helena Dutra(Bidu Sayão), ao visitar o Brasil, depois de 20 anos morando no exterior.- Final

Veja - Um ano depois de tão súbita decisão você voltou a cantar e chegou mesmo a gravar com Villa-Lobos "A Floresta Amazônica". Saudades? BIDU - Fiquei um ano sem cantar, sem abrir a boca, sem vocalizar. Até que meu amigo Villa e sua mulher, a Mindinha, chegaram aos Estados Unidos. Villa tinha ido compor a trilha sonora do filme "Green Mansions", com Audrey Hepburn. A fita foi um fiasco. E, da música do Villa, sobraram só uns 10 minutos. Ele ficou indignado, eu nunca o vi tão amolado. Decidiu, então. gravar a obra, e me pediu que o ajudasse. Eu estava há um ano afastada. E só aceitei porque tive o pressentimento de que aquela seria a última gravação do Villa. E foi. Veja - O fato de seu primeiro marido, Walter Mocchi, ter sido empresário, e o segundo, Giuseppe Danise, ter sido um barítono de fama, não foi fundamental para o sucesso de sua carreira? BIDU - Para se fazer uma carreira internacional é preciso ter perseverança, sorte e alguém que dê o impulso inicial, p