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Mostrando postagens com o rótulo Literatura

Texto mais longo lido por 2/3 dos alunos do Brasil não passa de 10 páginas. Como é em outros países?

  Dois terços (66,3%) estudantes brasileiros de 15 a 16 anos disseram que o texto mais longo que leram no ano letivo não ultrapassou 10 páginas. Para uma parcela significativa (19,6%), a leitura foi de uma página ou menos. Esses dados são de estudo do Interdisciplinaridade e Evidências no Debate Educacional (Iede) em parceria com a Árvore, plataforma gamificada de leitura, com base nos resultados de 2018 da prova do Pisa. A avaliação é aplicada pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Dentre os países da América do Sul, o Brasil é o que possui o menor índice de estudantes que leem mais de 100 páginas (9,5%). No Chile, o índice é de 64%. Na comparação com os demais sul-americanos Da lista, o Brasil lidera, com folga, o ranking de estudantes cuja última leitura do ano não ultrapassou uma página. Na Argentina, o 2º pior, o índice foi de 7,28%, ante 19,6% por aqui. Os brasileiros, porém, estiveram entre os que fazer mais leituras por prazer - e não por obrigaç

Conheça a biblioteca essencial de Leandro Karnal, com clássicos, raridades, memórias e afetos

  Historiador, professor, palestrante requisitado, membro da Academia Paulista de Letras, escritor (ele está lançando   Preconceito: Uma História ) e   colunista do Estadão , ele sempre foi um leitor voraz - e é fácil imaginar a sala de seu espaçoso apartamento nos Jardins toda tomada por livros. Ou pensar que ao menos um dos cômodos guarda, em prateleiras do chão até o teto, em um ambiente com luz acolhedora e uma confortável poltrona de leitura, seus tesouros literários, os livros que ele já leu e os que ainda quer ler. Mas quase não há livros na casa de Karnal. Não há porque ele não acredita mais que a posse do livro signifique alguma coisa importante - já acreditou, e sua casa, tempos atrás, poderia ser confundida com um sebo, com livros até embaixo da cama e no banheiro, e com nada menos do que 17 dicionários da língua portuguesa e 30 diferentes bíblias. Também porque ele tem rinite alérgica. E porque cruzaram por seu caminho pessoas e projetos que fariam um novo - e melhor - uso

Bem-vindo ao Minimal | Parte 1

Bem-vindo ao Minimal | Parte 1 Ao mergulhar no Minimal, você descobrirá que há apenas um elemento em foco, com bastante espaço vazio na tela. Você também descobrirá recursos potentes que tornam o Minimal o aplicativo ideal para escrever, colaborar e publicar sites incríveis. Notas Colaborativas Colabore com amigos, família e colegas em um espaço de escrita focada. Várias pessoas podem compor ao mesmo tempo e o Minimal sincroniza facilmente para todos. Convide colaboradores tocando no botão de ação no canto superior direito de uma nota > Adicionar Colaborador. Publicar como site Transforme facilmente notas em belos sites. Conforme você edita a nota, o site é atualizado automaticamente. Para publicar um site, toque no botão de ação no canto superior direito de uma nota> Publicar como site. Personalize tudo O Minimal é totalmente personalizável, desde temas visuais e tipografia até seu navegador preferido e apl

Vale a pena ler HQ no Kindle?

  Com tantas novidades, leitores de livros comuns conseguem entender logo de cara as vantagens do Kindle 11. Mas vale a pena ler histórias em quadrinhos por lá? Quem nunca manuseou o   e-reader   pode ter a impressão de que não, já que os detalhes poderiam se perder em uma tela tão pequena – algo de extrema importância nesse tipo de literatura. Já quem tem versões antigas pode reclamar da qualidade das imagens, o que também afeta a história. Contudo, com a melhora de definição da tela, o Kindle 11ª geração pode sim ser uma boa alternativa aos amantes das HQs – especialmente de mangás. O aparelho segue entregando visualizações em escala de cinza, mas com imagens mais nítidas que antes. Além disso, o Kindle apresenta uma vantagem em cima de outras telas para quem deseja ler uma HQ digital: em vez do famoso movimento de pinça, o leitor amplia a imagem dando   duplo clique   em cima do quadrado desejado. Com isso, ele toma o tamanho da página inteira e revela cada detalhe do desenho. Parec

Quais são as fronteiras entre o literário e o filosófico?

  decidi resgatar um tema que me chama bastante atenção, tanto por fazer parte do meu percurso enquanto leitora, como por ter-me atraído para o tipo de abordagem que eu busco desenvolver desde os meus primeiros esforços acadêmicos; a questionar quão nítida seria a fronteira entre o discurso intrinsicamente literário e o filosófico. Em um ensaio de 1955 sobre a relação entre a obra de  Rainer Maria Rilke  e o pensamento de Nietzsche, Walter Kaufmann —objeto de uma recente e extensa biografia escrita pelo pesquisador Stanley Corngold, “ Walter Kaufmann: Philosopher, Humanist, Heretic ” (Walter Kaufmann: filósofo, humanista, herege, Princeton University Press, 2019)— busca uma explicação para o vínculo entre o poético e o filosófico: “Um poema pode ilustrar uma filosofia na medida em que ela é uma projeção metafísica de uma experiência, de um humor ou de uma atitude. O poeta pode conhecer esse humor como um entre muitos ou como a experiência dominante da sua própria vida. Ele pode adentra

Por que padre Fábio de Melo deixou de assinar seu novo livro como ‘padre’?

 Fábio de Melo   trabalha no lançamento do livro   A Vida É Cruel, Ana Maria , da Editora Record. A obra traz diálogos imaginários do autor com sua mãe, Ana Maria, que morreu por complicações da covid-19 em 2021. Uma coisa, porém, chamou atenção aqui: diferente de muitos de seus outros livros, como “Quando o sofrimento bater a sua porta”, ele não assinou a obra como “Padre”.   Veja abaixo: “É que eu voltei às origens. O meu primeiro livro,  Quem me roubou de mim? , que lancei pela Editora Canção Nova, a gente optou por lançar só como a pessoa física. Por incrível que pareça, o nome ‘padre’ aproxima, mas também distancia às vezes. Sobretudo, quando falamos de literatura”, explicou em entrevista no programa  Conversa Com Bial , da  Rede Globo . Na mesma entrevista, Fábio de Melo conta que os diálogos são imaginários porque ele não teve oportunidade de conversar com sua mãe. O primeiro motivo disso, ele diz, é acadêmico. “Minha mãe não tinha estudos, ela jamais teria condições de compreen

05 Livros clássicos para leitura obrigatória

  **1. ** Ilíada , de Homero (século VIII a.C.) Sinopse: A Ilíada é um poema épico que narra a Guerra de Troia, uma batalha de dez anos entre gregos e troianos. O poema é centrado na figura de Aquiles, um guerreiro grego que se torna o principal responsável pela vitória dos seus compatriotas. **2. ** A Divina Comédia , de Dante Alighieri (1308-1321) Sinopse: A Divina Comédia é um poema épico que narra a jornada de Dante Alighieri pelo Inferno, Purgatório e Paraíso. O poema é uma alegoria da jornada da alma humana em busca da redenção. **3. ** Hamlet , de William Shakespeare (1564-1616) Sinopse: Hamlet é uma tragédia que narra a história de um príncipe dinamarquês que se vê obrigado a vingar o assassinato do seu pai. O poema é uma reflexão sobre temas como a loucura, a vingança e o destino. **4. ** Dom Quixote , de Miguel de Cervantes (1547-1616) Sinopse: Dom Quixote é uma novela picaresca que narra as aventuras de um fidalgo espanhol que acredita ser um cavaleiro andante. O poema é

Livro de bolso lançado há 60 anos se renova nas redes e nas vendas

  Há uma “coisa para acontecer” na vida de Elymar Santos que tem deixado o cantor ansioso. Na hora desta entrevista, porém, estava sereno. Mais cedo, tinha aberto o livro de bolso “Minutos de sabedoria”, de Carlos Torres Pastorino, na página 272: “Tenha firmeza em suas atitudes e persistência em seu ideal. Mas seja paciente, não pretendendo que tudo lhe chegue de imediato. Há tempo para tudo”. — Quase sempre, como foi o caso de hoje, o que leio tem a ver com o que estou pensando — diz ele. Elymar não lembra como e quando adquiriu o hábito de refletir sobre uma das 288 mensagens motivacionais da obra. Mas certo é que ela tem 60 anos — e com fôlego para mais. Segundo a Amazon, a versão física é a mais vendida na categoria “Crescimento Pessoal e Inspiração, Religião e Espiritualidade”. No ranking geral do site, ocupava a 105ª posição na tarde de ontem — uma ótima colocação para um livro de tanta idade, dizem fontes do mercado editorial. Para a Nielsen, empresa que compila dados de vendas

Samuel Beckett e a necessidade de falhar melhor

  “O fim está no início e ainda assim você segue em frente”. O escritor e dramaturgo irlandês Samuel Beckett é um nome marcado por uma poética do mínimo, da subtração, da tentativa de representar o homem que tenta falar diante do vazio.   Companhia e outros textos   (Globo Livros, 128 páginas, R$ 25), com tradução de Ana Helena Souza, lançado agora, reúne textos da fase final da carreira do autor, na década de 1980, quando as desconstruções estabelecidas em obras como   Molloy ,   Malone morre   e   O inominável   foram radicalizadas. Beckett é considerado por muitos o último dos escritores do que se convencionou como modernismo literário. Fã confesso de James Joyce, foi justamente por admirar muito o seu conterrâneo que ele chegou a escrever parte de sua obra em francês: primeiro, porque a língua inglesa seria um território único de Joyce, não havendo mais nada a se acrescentar; segundo, porque só em um idioma estrangeiro que ele poderia alcançar seu objetivo de “escrever mal". C

Estas dicas vão te ajudar a sair de um bloqueio de leitura

  Debbie Israel, rabina em Watsonville, Califórnia, costumava se descrever como viciada em livros. Isso antes de a pandemia chegar e, junto com uma sensação de inércia que permeou todos os aspectos de sua vida, torpedear seu amor pela   leitura . De repente, ela demorava semanas para terminar até mesmo um   livro   mais leve. “E nem venha me falar dos  audiolivros ”, escreveu ela quando perguntamos aos nossos leitores sobre suas experiências com crises de leitura. Quando ela saía de casa para o trabalho, os audiolivros “eram um modo de vida. Agora, ouvi-los é uma tarefa árdua”. Para sair da rotina, Israel está relendo, pela quarta ou quinta vez, seu livro favorito de todos os tempos,  As a Driven Leaf,  de Milton Steinberg. Retornar a um livro amado é uma das muitas estratégias para combater crises de leitura. Se você está se vendo em uma situação parecida, se seu amor pelos livros foi declinando por causa da pandemia, do ciclo de notícias, de uma perda pessoal ou de algo mais nebuloso