Uma certa atitude de contar histórias caracteriza as artes no final do século 20. Entram em cena as palavras de ordem como globalização e multiculturalismo, entram em cena a Aids, a clonagem genética, os aparatos virtuais. Sai de cena o comunismo, caem o muro de Berlim e a organização do mundo em dois grandes blocos equilibrados numa Guerra Fria. Entra em cena uma nova guerra étnica - a Guerra da Bósnia - e o mundo se reescreve em novas e titubeantes geografias. Nesse contexto de insegurança histórica, e talvez também pelo próprio desgaste das linguagens artísticas marcadas pela abstração e pela tradição construtiva, artistas se voltam para um idioma pessoal, íntimo, marcado pela fisicalidade de seus corpos e por suas próprias histórias e memórias. A arte se torna um diário de intimidades. Em sintonia com essa sensibilidade estão dois novos e promissores artistas: José Rufino e Del Pilar Sallum. Rufino, 33, paraibano de João Pessoa, formou-se em geologia para vasculhar os segr
Aqui, Agora e Sempre...o Norte é o Oriente.