O som de fita lacrando caixas e mais caixas de livros é desolador. A cena, também. Na manhã desta sexta-feira, 10, a primeira desde que foi decretada a falência da Livraria Cultura , a área dedicada à editora Companhia das Letras, na entrada da loja do Conjunto Nacional, ficou vazia em poucos minutos enquanto clientes e curiosos circulavam pelo local em busca de uma promoção, uma última foto, uma despedida. “Estou me desmanchando. Isso não podia estar acontecendo. É o Brasil morrendo”, desabafou, emocionado, o professor Dario Celebrone, de 73 anos, enquanto olhava ao redor da loja que estava com uma movimentação atípica - nos últimos meses o local estava sempre vazio. Ele leu a notícia da falência na noite desta quinta, 9. Tinha dentista marcado ali perto e aproveitou para dar um pulo na livraria que frequentava desde que se entende por gente. “Não sei se eu devia ter vindo. Estou com um travo no peito gigantesco”, finalizou com a voz embargada. Nascido na China, Chu, psic...
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