Valor: A Talent nunca teve governos ou empresas estatais em seu portfólio de clientes. Por que? Júlio Ribeiro: A finalidade do poder público é prover educação, segurança e saúde e os governos tiram dessas áreas centenas de milhões de dólares todos os anos para promover a si mesmos. Eu acho isso anti-social. Por outro lado, os governos são entidades políticas e a escolha das agências tem que ser política. Tem ocasiões em que você tem que trabalhar nas ante-salas da corte, tem que contribuir para coisas com as quais você não concorda: propina, corrupção. Essa promiscuidade não me atrai. Em 30 anos de profissão eu nunca tinha visto o que aconteceu no ano passado. Valor: O escândalo é novo. Não a prática. Júlio Ribeiro: A prática política é leniente, permissiva, complacente por definição. Qualquer político que você pensar, tem que compor. Agora, corrupção instituída não tinha. Eu me orgulhava e falei, em várias palestras, que nós estávamos num dos campos profissionais mais éticos. Porque,
Aqui, Agora e Sempre...o Norte é o Oriente.