Praça da Paz Celestial, Pequim. O mundo inteiro assiste a cenas de horror. Soldados disparam contra manifestantes. Tanques esmagam corpos. Policiais ateiam fogo na multidão. Estamos em 4 de junho de 1989. Aos olhos do Ocidente, cenas de pura barbárie. Até o momento em que um jovem, sozinho, detém-se ante uma coluna de tanques. Pela lógica ocidental, o que viria a seguir jamais seria exibido em horário nobre na TV. Mas o que acontece surpreende o mundo. Frente ao homem desarmado, os tanques param e recuam. Por que soldados chineses são capazes de atacar sem dó uma multidão, mas cedem diante de um único indivíduo? A resposta pode estar no pensamento moldado por um homem há mais de 20 séculos e que até hoje mantém profundas raízes na cultura oriental: o confucionismo. Depois de tanto tempo, as teorias de Confúcio (551-479 a.C.), filósofo e educador chinês, ainda permeiam o modo de vida político e social de quase metade do planeta. Em que pesem suas ambições políticas e todas superstições
Aqui, Agora e Sempre...o Norte é o Oriente.