Pular para o conteúdo principal

Postagens

COMO OCORRE A GAGUEIRA?

O fenômeno tem sempre implicações psicológicas, mesmo que haja também algum problema físico. Em geral, quando a criança tem cerca de três anos de idade e está aprendendo a falar, ela gagueja naturalmente. Como ainda está aprendendo a elaborar as frases para expressar seus pensamentos, muitas vezes não consegue falar tão rápido quanto pensa. "Na maioria das crianças, esse processo - chamado de disfluência normal - é apenas passageiro. Em algumas delas, porém, o problema persiste, dando origem à gagueira", afirma Carla Mieli, fonoaudióloga do Hospital Albert Einstein, em São Paulo. Não se conhece ainda nenhuma causa específica para que isso aconteça e não há gagueira absolutamente igual a outra. Muitos dos sintomas se manifestam em função do esforço excessivo do gago em evitar o problema, levando a uma fala repleta de falhas de ritmo, pausas silenciosas e frases incompletas, acompanhadas de esforço físico, com alteração na sincronização entre a respiração e a produção da fala.

Reflexões

"Ninguém se eleva, sem esforço máximo da vontade, dos campos do hábito para as regiões iluminadas da experiência. Entretanto, ninguém atinge as múltiplas regiões da experiência sem passaportes adquiridos nas agências da dor." Emmanuel

Dias de sombra, dias de luz - Final

Diante dessa desmedida, afirmar que não se sabe o que fazer ou que se pode experimentar desejos de retaliação não significa jogar a ética na lama; significa mostrar que a malignidade de algumas circunstâncias sociais podem fazer o discernimento ético vacilar. Para alguns, isto é retórica vazia ou falta de coragem para tomar partido. Mas agir e pensar com justiça não é questão de tomar partido; é questão de experimentação sócio-moral, como sustentaram James, Dewey, Rorty; é questão de apostar, sem garantias e com riscos de frustração, na boa-vontade de nossos parceiros de vida em comum; é questão, enfim, do 'perigoso talvez', tão repetido pelo saudoso Derrida. O que fazer, então, para sanar este estado de coisas? Não há resposta fácil. Como, por exemplo, combater a secular injustiça brasileira, reforçando, ao mesmo tempo, as instituições democráticas, se dependemos, para isso, de parlamentares, que, na maioria, sequer se dão ao trabalho de ocultar do público a baixeza de seus me

Dias de sombra, dias de luz - Parte 1

Sem o sonho de que os tempos sombrios passarão, viver serve para quê? Jurandir Freire Costa Começo pelas sombras. O Brasil vive uma escalada da violência urbana desorientadora. Quando a lista de atrocidades parecia esgotar-se, aparece mais uma figura do medonho, do horror dos horrores, a morte do menino João Hélio. Será que somos uma aberração coletiva apelidada de nação? Será que somos uma civilização sem amanhã? Talvez sim, talvez não. Seja como for, para evitar o dano mais grave é preciso admitir o evidente: criamos uma sociedade inconseqüente que se vê a braços com o pior efeito da inconseqüência humana: a carnificina monstruosa, na qual crianças matam crianças, sem se dar conta da imoralidade do que estão fazendo. O assassinato de João Hélio por um adolescente que afirmou “não saber o que significa perder um filho assassinado porque nunca teve filho” mostra a face disforme do imaginário da terra de palmeiras onde cantam sabiás. O adolescente que disse ignorar o que é a dor de perd

Catavento e Girassol

Meu catavento tem dentro O que há do lado de fora do teu girassol Entre o escancaro e o contido Eu te pedi sustenido E você riu bemol Você só pensa no espaço Eu exigi duração Eu sou um gato de subúrbio Você é litorânea Quando eu respeito os sinais Vejo você de patins Vindo na contra-mão Mas, quando ataco de macho Você se faz de capacho E não quer confusão Nenhum dos dois se entrega Nós não ouvimos conselho: Eu sou você que se vai No sumidouro do espelho. Eu sou do Engenho de Dentro E você vive no vento do Arpoador Eu tenho um jeito arredio E você é expansiva (o inseto e a flor) Um torce pra Mia Farrow O outro é Woody Allen... Quando assovio uma seresta Você dança, havaiana... Eu vou de tênis e jeans Encontro você demais: Scarpin, soirée Quando o pau quebra na esquina Você ataca de fina E me oferece em inglês: É fuck you, bate-bronha E ninguém mete o bedelho: Você sou eu que me vou No sumidouro do espelho. A paz é feita no Motel De alma lavada e passada, Pra descobrir logo depois Que nã

O Que Estou a Ler

Os grandes escritores sempre procuraram comportar-se como pessoas normais. No entanto, a maioria jamais conseguiu disfarçar certas excentricidades. Em O Ofício de Escrever (Angra), Ramón Nieto fornece pilhas de curiosidades sobre os grandes gênios da literatura. Entre as pérolas está a revelação de que Balzac adorava fantasiar-se de monge e Walter Scott ficava excitadíssimo diante de uma folha em branco. O pesquisador espanhol comete, porém, uma certa injustiça: entre os mais de 40 autores ali descritos não há um único brasileiro.