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Linguagem simbólica - Parte 2

Por exemplo, a frase "o pão é a base da vida", que exige que entendamos as maneiras segundo as quais "pão" e "base" são ao mesmo tempo assemelhadas e diferentes, pode ser compreendida por meio da nossa comparação cruzada de contrastes entre comestível e incomestível, animado e inanimado, apoio e não apoio. Os termos com os quais Pinker articula a sua teoria fazem lembrar a arquitetura de computadores, uma impressão que é reforçada pela sua tendência a referir-se a "arquivamento" quando descreve o desenvolvimento das habilidades lingüísticas em crianças. A parte mais interessante do livro envolve o uso da metáfora política, embora os argumentos fiquem meios obscurecidos pela tendência de Pinker de esnobar o seu antigo rival na lingüística, George Lakoff, que defende a idéia de que as metáforas dominantes são compostas por aqueles que estão no poder para atenderem aos seus interesses. Foi Lakoff que sugeriu que "impostos" deveriam rec

Linguagem simbólica - Parte 1

  O cientista cognitivo Steven Pinker apresenta uma boa tentativa de explicar a metáfora, mas a sua crença em que os cérebros funcionam como computadores revela-se uma grande limitação John Cornwell Steven Pinker começa um capítulo-chave do seu novo livro, "The Stuff of Thought" (algo como "O Material que Compõem o Pensamento"), destrinchando a declaração de independência dos Estados Unidos para revelar as metáforas que há por detrás das abstrações. Segundo ele, o próprio título, "declaração", dá a idéia da tarefa de clarificar, esclarecer, dissipar a obscuridade. Além do mais, segundo ele, as colônias estariam conectadas por "faixas" à Inglaterra, faixas estas que seria necessário "dissolver" a fim de promover uma "separação". Segundo Pinker, na análise final, as metáforas aludem a uma única metáfora não declarada: alianças são ligações, que podem crescer, formando vínculos de várias camadas, como os laços familiar

Alceu Valença - La Belle de Jour

  Eu lembro da moça bonita Da praia de Boa Viagem A moça no meio da tarde De um domingo azul Azul, era Belle de Jour Era a bela da tarde Seus olhos azuis como a tarde Na tarde de um domingo azul La Belle de Jour La Belle de Jour Era a moça mais linda de toda a cidade E foi justamente pra ela Que eu escrevi o meu primeiro blues Mas Belle de Jour, no azul viajava Seus olhos azuis como a tarde Na tarde de um domingo azul La Belle de Jour (fonte: site oficial)

Lançamentos

O Atentado 272 págs., R$ 35 de Harry Mulisch. Tradução de Cristiano Zwiesele do Amaral. Ed. José Olympio (r. Argentina, 171, 1º andar, CEP 20921-380, RJ, tel. 0/ xx/ 21/ 2585-2070). As transformações da Holanda no pós-guerra são o tema deste romance do escritor Harry Mulisch (1927), já adaptado para o cinema. O longa de 1986 ganhou o Oscar de melhor filme estrangeiro. O Choque do Real 240 págs., R$ 29 de Beatriz Jaguaribe. Ed. Rocco (av. Presidente Wilson, 231, 8º andar, CEP 20030-021, RJ, tel. 0/xx/21/ 3525-2000). Os novos códigos realistas na fotografia, no cinema e nos meios de comunicação são investigados em seis ensaios da professora da Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Maconha, Cérebro e Saúde 176 págs., R$ 22 de Renato Malcher-Lopes e Sidarta Ribeiro. Ed. Vieira & Lent (r. Senador Dantas, 118, conjunto 407, CEP 20031-201, RJ, tel. 0/xx/21/ 2262-8314). Os pesquisadores discutem os mecanismos de ação da maconha no cérebro e no corpo, analisando o

DUPLO CLIQUE PATENTEADO

Imagine se, toda vez que você clicasse duas vezes para abrir um arquivo ou acessar um link, Bill Gates ganhasse alguns dólares a mais. Pois isso está prestes a acontecer.A Microsoft recebeu, nos Estados Unidos, a aprovação da patente do duplo clique, aquele comando que serve para acionar praticamente tudo no mundo da computação. A empresa diz ter inventado "um método que estende a funcionalidade dos botões de um computador de recursos limitados". Traduzindo: o botão do mouse, como todo botão, serve para ser apertado uma vez. Se o genial Bill Gates "inventou" que você pode apertá-lo duas vezes, ele tem direito de cobrar por isso. "Estou segura de que essa patente será anulada porque ela não é inovadora", diz Daniela Zaitz, especialista em propriedade intelectual. Os outros fabricantes americanos de software, como Adobe, IBM e Apple, também estão contando com isso. Caso contrário, eles vão ter de "inventar" um novo jeito de usar o mouse.

E o IgNobel vai para...

A seguir, alguns dos ilustres ganhadores. Gênios incontestáveis, para o bem, para o mal, ou simplesmente para o mais completo ridículo. 1991 Biologia Robert Graham, porque inventou um banco de sêmen que aceitava doações de esperma de ganhadores do outro prêmio, o Nobel (o de verdade). A idéia até parece boa, mas soa como um segregacionismo aos modos de Hitler. Além disso, o fato de ter sido gerado com o sêmen de um gênio não significa que uma criança receba como "herança" essa virtude. Paz O físico Edward Teller, por ter criado a bomba de hidrogênio americana. Teller também é o mentor do programa "Guerra nas Estrelas" de defesa espacial contra mísseis balísticos. Economia Michael Milken, operador da Bolsa de Valores de Nova York, que criou ações fantasmas e faturou milhões de dólares até ser descoberto. Por isso, foi condenado a 20 anos de cadeia e não pôde ir receber o prêmio. 1992 Medicina Uma equipe japonesa do Centro de Pesquisa Shisedo, de Yokohama, pelas valio

O Começo de Tudo - Final

QUANDO SURGIU O PÃO? Esse alimento nasceu com a própria agricultura, há cerca de 12 000 anos, quando começaram a ser cultivadas as plantas com grãos. "Os pães mais antigos provavelmente eram feitos de cevada, o primeiro cereal a ser plantado pelo homem", diz o historiador Emanuel Bouzon, da Pontifícia Universidade Católica (PUC) do Rio de Janeiro. "Os primeiros povos sumérios, na Babilônia, já tinham pão." Inicialmente seco e duro, ele passou a ser cozido após a invenção da cerâmica em 3000 a.C. Mais tarde, em 1800 a.C., os egípcios descobriram como torná-lo mais macio e saboroso. Perceberam que, depois de um certo tempo, a massa umedecida liberava gases, tornando o pão mais poroso. Fizeram um teste: misturaram parte dessa massa fermentada com uma outra fresca. Ela também fermentou. Assim, aprenderam a controlar o processo e a fazer o pão levedado ou fermentado, técnica utilizada até hoje.