A busca pelo "grande romance americano" (GRA), tão perseverante e complicada quanto a do Graal, tem seu Percival contemporâneo: Thomas Pynchon, 60 anos, nascido em Long lsland, Nova York. Ao contrário do cavaleiro medieval, Pynchon de inocente não tem nada. Mas sua diligência - que os inimigos chamam de insistência - é tal, que só se pode compará-lo com figuras lendárias desse porte. Como se não bastasse, ele vive recluso, foi fotografado em raras oportunidades e se mantém alheio aos debates de seu tempo, ao menos por meio da mídia. Tudo isso lhe confere ainda mais a aura de outsider, o que ele de fato é. No entanto, o que ele quer fazer é exatamente aquilo que a América Inocente, a qual ele castiga parágrafo a parágrafo, não conseguiu fazer até hoje: definir a nação, com todas suas contradições, ilusões e atrações. Seu último rormance, Mason E Dixon (sem previsão de lançamento no Brasil), tem todos os ingredientes que caracterizam o autor da V (1963, publicado no Brasil