Engajado ao longo da vida em todas as lutas pela liberdade contra o colonialismo francês na Indochina, o fascismo na Espanha, o nazismo alemão escritor que ataca a miséria dos homens e exalta sua grandeza, André Malraux (1901-1976) foi também um esteta e um crítico de arte, que revelou ao público francês a riqueza das civilizações extra-européias. De André Malraux, nós somos tentados muitas vezes a lembrar apenas os engajamentos apaixonados por todas as causas que inflamaram o século XX, sobretudo os vôos líricos do brilhante ministro da Cultura que ele foi, ao lado do general de Gaulle, entre 1958 e 1969, e da última epopéia, no final da vida, que o fez ir até Bangladesh devastada pela guerra, como mensageiro e precursor de um impulso humanitário que não levava ainda o nome de ajuda humanitária. Seria esquecer um pouco rápido demais que ele é, antes de mais nada, um maravilhoso romancista e que prazer autêntico, simples e imediato proporciona hoje a leitura de narrativas onde a aventu