O Brasil deve se preparar para que o zika vírus se torne uma doença endêmica tanto em território nacional como em outros países de América Latina, em um cenário semelhante ao que ocorre com a dengue - que desde os anos 1990 teve o número de casos multiplicados na região. O aviso vem de cientistas ouvidos pela BBC Brasil para analisar os possíveis desdobramentos no surto que já atingiu mais de 20 Estados brasileiros e pelo menos duas dezenas de países no continente. Entre eles o entomologista e médico Andrew Haddow, neto de Alexander Haddow, um dos três cientistas que em 1947 isolaram pela primeira vez o zika. A projeção é de um cenário preocupante diante da possível relação do zika com os quase 4.000 casos sendo investigados de possível microcefalia no Brasil. Para os especialistas, o país apresenta condições ideais para uma proliferação ainda maior do vírus do que a registrada até agora. O principal fator é a resistência do Aedes aegypti , o mosquito transmissor da doença, e
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