Ioga é um dos seis sistemas clássicos da filosofia hindu, que se diferencia dos demais por preocupar-se com o controle do corpo e pelo poder mágico atribuído aos praticantes de nível elevado. A teoria ioga sustenta que, através da disciplina, o ser humano pode alcançar a libertação da carne, das ilusões dos sentidos e dos erros do pensamento. Somente assim consegue alcançar o saber autêntico e supremo, único caminho para o verdadeiro entendimento. Para a maioria dos iogues (aqueles que praticam a ioga) e ioguins (mestres iogues), o objeto de conhecimento é o espírito universal, ou Brama. Uma minoria de iogues não crentes busca o autoconhecimento perfeito individual, em vez de aspirar ao encontro com Deus. Mas, em ambos os casos, a finalidade tem raízes no conhecimento.
A prática da ioga segue uma escalada cujos passos são: o autocontrole (yama); a observância religiosa (niyama); as posturas (āsana); a regulação da respiração (prānāyāma); a repressão dos sentidos (prātyāhāra); a estabilização da mente (dhārāna); a meditação (dhyāna) e a contemplação profunda (samādhi). A consecução do samādhi libera o Eu das ilusões dos sentidos e das contradições da razão, conduzindo a uma iluminação interior, o êxtase do genuíno conhecimento da realidade, que raramente se consegue alcançar em uma única vida.
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