Jericó. Ela fica na Cisjordânia, no meio dos conflitos entre palestinos e israelenses, uma região tumultuada demais para uma velha senhora. Citada tanto no Velho quanto no Novo Testamento, a cidade foi destruída e abandonada várias vezes e estudos recentes mostram que ela pode ter mais de 10 000 anos. O sítio arqueológico onde ficava a antiga Jericó está a meio quilômetro da moderna e tem apenas poucas ruínas desabitadas. Entre elas, as de uma velha muralha de pedra, construída provavelmente em 8000 a.C. "O muro prova que não se tratava de uma aldeia, mas de uma cidade de verdade", diz o egiptólogo Antonio Brancaglion, da Universidade de São Paulo (USP). Pela extensão da muralha, dá para calcular que cerca de 3 000 habitantes circulavam pelas ruas da Jericó antiga. Nessa disputa por longevidade, Damasco, a capital da Síria, também entra no páreo, com o título de cidade mais antiga que nunca deixou de ser habitada. Escavações comprovam uma ocupação contínua de mais de 5 000 anos.
Dezenas de outras cidades, co idades parecidas, reivindicam o mesmo posto, entre elas, Beirute, no Líbano, Cairo, no Egito, e Sanaa, no Iêmen. Mas, por enquanto, nenhuma conseguiu provar que foi fundada antes de Damasco.
Cádiz, Espanha (1100 a.C.)
Cuzco, Peru (1000 d.C.)
Jenne-jeno, Mali (250 a.C.)
Damasco (3000 a.C.)
Bagdá (762 d.C.)
Jericó (8000 a.C.)
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