Para o filósofo francês Henri Bergson, a intuição é um modo de conhecimento que nos permite apreender a realidade tal como ela é, em sua duração real. A intuição é o oposto da inteligência, que é um modo de conhecimento que nos permite apreender a realidade em sua duração objetiva, ou seja, a realidade como ela é representada por conceitos e símbolos.
A intuição é um modo de conhecimento imediato, que nos permite entrar em contato direto com a realidade. É um modo de conhecimento que não depende de conceitos ou símbolos, mas que nos permite apreender a realidade em sua totalidade, com todas as suas nuances e complexidades.
Para Bergson, a intuição é a única forma de apreender a realidade em sua profundidade. A inteligência, por sua vez, é um modo de conhecimento superficial, que nos permite apreender apenas a aparência da realidade.
Um exemplo de intuição é a experiência de ouvir uma música. Quando ouvimos uma música, não estamos apenas ouvindo uma sequência de notas e acordes. Estamos também apreendendo a emoção e a mensagem da música. Essa apreensão é um ato de intuição, pois é um modo de conhecimento imediato e total.
Outro exemplo de intuição é a experiência de contemplar a natureza. Quando contemplamos a natureza, não estamos apenas vendo uma paisagem. Estamos também apreendendo a beleza e a harmonia da natureza. Essa apreensão é um ato de intuição, pois é um modo de conhecimento imediato e profundo.
A intuição é um conceito central na filosofia de Bergson. É um conceito que nos ajuda a compreender a sua visão da realidade como uma totalidade em constante mudança.
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