A cirurgia para o implante que trata a depressão resistente precisa ser feita com anestesia geral. São feitas duas incisões: uma próxima à clavícula e à axila esquerda, que recebe o gerador, e outra próxima ao pescoço, em que são conectados os eletrodos ao nervo. O funcionamento do aparelho se assemelha ao muito conhecido marca-passo cardíaco.
Campos afirma que os riscos da cirurgia são baixos e o paciente recebe alta no mesmo dia. "O implante pode ser removido, mas a indicação de retirada é somente com algum tipo de infecção ou quando o paciente não tolera os estímulos. Como a depressão não tem cura, é preciso um tratamento contínuo, então provavelmente não haverá alta", comenta.
Quem pode fazer o implante?
Os pacientes eletivos a esse tipo de implante precisam já ter passado por tratamentos da depressão resistente e não terem obtido resultado satisfatório, entre os quais está o uso da cetamina, estimulação magnética transcraniana (técnica que usa campos magnéticos de baixa intensidade para estimular áreas do cérebro) e eletroconvulsoterapia, que aplica correntes elétricas no cérebro e induz a convulsões controladas.
Segundo Campos, os implantes dos primeiros aparelhos foram doados pela empresa LivaNova, dos EUA. O médico afirma que, atualmente, só é possível fazer a cirurgia por meio particular.
Para chegar ao SUS, essa tecnologia precisa ser submetida ao Conictec (Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde).
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