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O QUE É A POROROCA?

  Em sua origem tupi, essa palavra quer dizer algo como "causar um grande estrondo". Ela foi adotada para se referir a um dos mais impressionantes fenômenos da natureza - que ocorre quando o mar invade um rio, na forma de uma grande onda que se choca contra a corrente fluvial. Essa onda pode atingir até 4 metros de altura e durar até uma hora e meia, avançando 50 quilômetros rio adentro. A pororoca só ocorre em regiões de grandes marés, como a foz dos rios Sena, na França (onde é conhecida como mascaret), e Ganges, na Índia (chamada de bore) - mas é muito mais intensa no litoral norte do Brasil. Essa região é especialmente propícia para o fenômeno. Primeiro, por receber as águas do rio Amazonas, que, a cada minuto, lança 12 bilhões de litros no Atlântico. Segundo, por registrar as maiores marés do país - o nível do mar chega a subir até 7 metros.  Para completar, os fortes ventos alísios sopram do leste, fazendo com que a maré entre bem de frente no estuário dos rios. As poro

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Anna Bilisnka

A pessoa neste retrato dramático e melancólico é a artista polaca Anna Bilińska-Bohdanowicz. Emmeline Deane provavelmente conheceu a artista em Paris em 1884, onde ambas as mulheres estavam a treinar na célebre Académie Julian. Esta foi uma das poucas escolas de arte na Europa que esteve aberta a estudantes do sexo feminino no século XIX. Não sabemos nada sobre a sua relação, mas dada a compaixão evidente neste quadro, é justo supor que a artista e a pessoa retratada eram próximas. Neste retrato, Anna é mostrada vestindo um típico vestido de luto, com o que pode ser um leque de penas negras a descansar no seu colo. Em 1884, o pai de Anna tinha morrido, deixando-a empobrecida. Um ano mais tarde, o seu noivo também morreu. Em profundo desespero, ela viajou por França desenhando e pintando paisagens. Depois de casar em 1892, ela tinha planos de criar uma escola de arte para mulheres em Varsóvia, mas morreu tragicamente jovem de doença cardíaca, pelo que o seu sonho nunca se realizou.

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POR QUE HÁ REGIÕES ONDE AS ONDAS DO MAR SÃO ENORMES?

  Comece com uma bela ventania, adicione barreiras de rocha ou coral para diminuir rapidamente a profundidade do mar, misture tudo num litoral pouco recortado, e pronto! Aí está a receita para uma montanha d’água gigante. "É óbvio que essa fórmula vale apenas para regiões costeiras: em alto-mar, basta o vento para criar vagalhões realmente assustadores, sobretudo nas altas latitudes", diz o oceanógrafo Joseph Harari, da Universidade de São Paulo (USP). O extremo sul da América, em especial, é um pesadelo para navegadores. No Estreito de Drake, sopros de até 60 km/h provocam elevações que atingem 7 metros. Mas isso ainda é pouco perto do recorde anotado no Pacífico Sul em 1933, quando uma tormenta atingiu o navio americano Ramapo. Em meio a ventos de 110 km/h, que sopravam há uma semana, a tripulação teve sangue frio para calcular a altura das ondas: 34 metros!  No litoral, isso acontece quando a profundidade do mar se reduz bruscamente - o contrário de praias que ficam rasas