Isto se aplica até aos lançadores de foguetes Himars fornecidos pelos EUA, com os quais a Ucrânia conseguiu interromper a linha russa de fornecimento ao recapturar território há um ano. "A Rússia tem muito sucesso em jamming", diz Lange.
O termo jamming denomina a interferência intencional em sinais de satélite, radar e rádio inimigos. Isto é particularmente significativo pois o conflito na Ucrânia se transformou cada vez mais numa guerra de drones. Estes não só atacam com armas, mas também fornecem imagens e, juntamente com o reconhecimento por satélite, garantem uma frente transparente.
"A Rússia também se armou nesse aspecto", ressalta Lange.
Aparentemente, as sanções econômicas da União Europeia e dos Estados Unidos não impediram a Rússia de continuar a ter acesso a microchips e outros produtos de alta tecnologia. "A Rússia também tem o seu próprio sistema de navegação por satélite para guiar mísseis", afirma Lange.
Reforço da Otan
De acordo com o estudo, ganha força em Berlim a avaliação de que a Rússia pode renovar rapidamente as suas forças terrestres com a produção contínua de armas. E de tal forma que o seu poder de combate venha a exceder o atual potencial de intimidação da Otan para uma guerra convencional na Europa.
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