José Renato Nalini, desembargador, presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo, acompanha com preocupação os movimentos populares de rua, as manifestações que praticamente todos os dias acabam em confronto com a polícia e quebra quebra. Para Nalini, o País vive “uma crise global, declínio dos valores”. Ele avalia que os manifestantes não temem eventuais punições porque crime de dano “não dá cadeia”. Nalini anda inquieto. Em seu segundo e último ano no governo da maior Corte estadual do País (mais de 2 mil magistrados e 50 mil servidores), ele insiste na política de corte de gastos – não renova contratos que não sejam essenciais para o funcionamento da máquina, enxuga efetivos da segurança privada, não autoriza locação de novos prédios e por aí vai. Uma tarefa que não é tão simples assim – ousar mexer, por exemplo, na frota de carros da toga é um tabu. ” Já vi presidente quase cair por causa de carro.” Bacharel pela PUC/Campinas, turma 1970, mestre e doutor em Direito Constituciona