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Do que depende a vitória

No Rio de Janeiro, cinqüenta jurados dão notas de 1 a 10 a quesitos com pesos iguais. Aqui, estão numerados pela ordem de prioridade para o desempate. Tempo A escola deve passar em no mínimo 65 minutos e, no máximo, 80. Cada 5 minutos de atraso sobre o prazo máximo tiram um ponto da nota final. 1 - Bateria Deve ter no mínimo 200 ritmistas. Sobressai quem unir técnica e criatividade para levantar a arquibancada. 2 - Samba-enredo Tem que contar o enredo ou comentá-lo, fugindo do lugar-comum. Se for fácil de cantar e tiver refrões fortes, tanto melhor. 3 - Harmonia Testa a capacidade da escola de desfilar sem buracos entre uma ala e outra, sem correr ou amontoar os componentes. 4 - Evolução Esta nota depende da combinação perfeita entre coreografias, canto e dança, de ponta a ponta. 5 - Enredo É aqui que o carnavalesco sobe ou desce no ranking. Temas esdrúxulos ou complicados perdem ponto. 6 - Conjunto É o mais subjetivo dos quesitos: mede o grau de beleza e da manutenção do nível estéti...

Veja como cada peça entra na engrenagem

Para que cerca de 4 000 pessoas consigam desfilar e cantar em uníssono ao longo de 700 metros, há um diretor de harmonia trabalhando com mais de trinta assistentes que o ajudam a manter o ritmo. Ele é a autoridade máxima na avenida. Pode expulsar até o presidente da escola, se ele estiver atrapalhando. Ô, abre-alas O carro abre-alas (cujo nome se inspirou no aviso à multidão para a passagem dos antigos blocos carnavalescos e virou marchinha de Chiquinha Gonzaga) é obrigatório na cota mínima do regulamento: é preciso trazer seis carros alegóricos. Deve levar o nome e o símbolo da escola, apresentando o tema do enredo ao público. Olha a escola aí, gente! A comissão de frente surgiu nas grandes sociedades, que traziam rapazes vestidos a rigor, montados a cavalo, saudando o público diante do carro alegórico. A Portela, nos anos 30, adaptou a idéia para a escola de samba levando só moças na linha de frente. Hoje, é de praxe mostrar criatividade logo de cara. Então, vale tudo. Vai quem quer...

Os oito afluentes que desaguaram na avenida

Arrastando a sandália no rancho Os ranchos eram clubes da classe média baixa nos quais os sócios pagavam mensalidade, compravam instrumentos de corda e sopro e se organizavam para desfilar em fevereiro. O primeiro surgiu em 1872, o Dois de Ouro. Formados por homens e mulheres, as pastorinhas, arrastavam as sandálias na segunda-feira de Carnaval. Grandes sociedades, um luxo só Eram chamadas grandes sociedades as associações de jovens de alta classe que saíam em enormes carros alegóricos com mensagens políticas. A primeira foi o Congresso das Sumidades Carnavalescas, criada em 1855 por profissionais liberais e saudada pelo escritor José de Alencar. Botando o bloco na rua Em 1848, o sapateiro José Nogueira de Azevedo Paredes saiu batendo o bumbo que, tocado na horizontal, virou o surdo de hoje. Quem quisesse, ia atrás. Assim se formaram os blocos, compostos apenas de homens. Ao redor de 1920 havia os "blocos de sujos", dos "arruaceiros", e os mais distintos. E o cordão...

MÁQUINA DO SAMBA

Bumbum-paticumbum-prugurundum. Sábado de Carnaval taí e você já começa a ouvir a batucada. É impossível ficar indiferente às escolas de samba, copiadas no mundo inteiro. Há 65 anos elas vêm se especializando em fabricar o maior show de rua que se conhece. Tudo é regido por normas rigorosas, planejado minuciosamente e produzido dentro de um cronograma rígido. Mas, para quem só vê a festa pela televisão, fica difícil compreender o que está acontecendo. Aqui você vai entender como funcionam as engrenagens do desfile. A batucada veio do terreiro O nome "escola de samba" nasceu em 1928, no bairro carioca do Estácio, numa roda de amigos. Entre eles estava Ismael Silva, compositor com talento de sobra, tanto que até vendia algumas músicas ao cantor Francisco Alves. Mas a fama não diminuía a discriminação. Ao contrário, sambista era sinônimo de malandro e arruaceiro. E Ismael já estava cansado disso. No meio da conversa, olhou para a Escola Normal, ali na esquina, e teve a idéia: se...

É FREVO!

Música ou dança, o que veio primeiro? Quando alguém fala em dança, música ou Carnaval brasileiro, todo mundo pensa logo no samba. Mas o frevo, nascido em Pernambuco, mais precisamente no Recife, não só é igualmente brasileiro como também explode no Carnaval. A grande diferença é que, ao contrário do samba, não se espalhou pelo país. Claro que brasileiros de todos os cantos reconhecem o ritmo quando o ouvem. Afinal, cantores conhecidos, como Caetano Veloso ou Moraes Moreira, já gravaram frevos que ficaram famosos nacionalmente. Muitos também são capazes de identificar ainda que para alguns seja impossível botar em prática os passos que acompanham esse tipo de música. Mas tocar, cantar e dançar frevo é coisa de pernambucano. Uma pena, na opinião do músico e bailarino também de Pernambuco Antônio Nóbrega, que defende a possibilidade de se usar o frevo como base para o desenvolvimento de uma dança clássica genuinamente brasileira. Algo para ser ensinado nas academias, ao lado do conhecido ...

QUEM FOI QUE INVENTOU O CARNAVAL?

A mistura da tradição européia com os ritmos musicais dos africanos criou no Brasil um dos maiores espetáculos populares do mundo. O Carnaval nasceu no Egito, passou pela Grécia e por Roma, foi adaptado pela Igreja Católica e desembarcou aqui no século XVII, trazido pelos portugueses. Viva a folia! "Quem foi que inventou o Brasil? / Foi seu Cabral, foi seu Cabral / No dia vinte dois de abril / Dois meses depois do Carnaval" (História do Brasil, Lamartine Babo, 1934) Com História do Brasil, Lamartine Babo (1904 - 1963) fez mais do que o grande hit de 1934: deu uma definição clássica da festa e do país. À altura desta, só a de Assis Valente (1911 -1958), em Alegria : "Minha gente era triste, amargurada / Inventou a batucada / Prá deixar de padecer / Salve o prazer / Salve o prazer". Abaixo do Equador, onde não existe pecado, a fusão da tradição européia com a batucada africana libertou o Carnaval na plenitude. Em nenhum lugar, ele adquiriu a dimensão que alcançou no ...

Praia ao Luar

Um lugar simples, como uma praia ao luar...a lua brilha na atmosfera ,nos iluminando.. caminhamos juntos pela areia, em direção ao mar...as explosões das ondas, a maresia.. nos transmitiria uma sensação de calma e paz.. e sentaríamos à beira mar, abraçados.. a sua pele estaria em contato com a minha.. os meus cabelos esvoaçando ao sabor do vento.. e você começaria a beijar os meus lábios.. E eu prefiro que um beijo ocorra quando estamos a sós, lado a lado.. eu estaria à sua direita, te olharia em seus olhos.. não estaríamos dizendo nada.. nem uma palavra...e você ficaria a olhar para mim...só a respiração que se faria ouvir.. e você se aproximaria pouco a pouco...a sua mão a tocar o meu rosto...os seus lábios encontrariam os meus.. de leve.. os olhos de ambos estariam fechados.. você estalaria alguns beijos em minha boca.. e então começaria a me beijar os lábios inferiores ..e avançaria cada vez mais até envolver toda a minha boca.. e a sua língua começaria a deslizar por meus lábios....

O tempo nos parques

O tempo nos parques é íntimo, inadiável, imparticipante, imarcescível. Medita nas altas frondes, na última palma da palmeira Na grande pedra intacta, o tempo nos parques. O tempo nos parques cisma no olhar cego dos lagos Dorme nas furnas, isola-se nos quiosques Oculta-se no torso muscular dos fícus, o tempo nos parques. O tempo nos parques gera o silêncio do piar dos pássaros Do passar dos passos, da cor que se move ao longe. É alto, antigo, presciente o tempo nos parques É incorruptível; o prenúncio de uma aragem A agonia de uma folha, o abrir-se de uma flor Deixam um frêmito no espaço do tempo nos parques. O tempo nos parques envolve de redomas invisíveis Os que se amam; eterniza os anseios, petrifica Os gestos, anestesia os sonhos, o tempo nos parques. Nos homens dormentes, nas pontes que fogem, na franja Dos chorões, na cúpula azul o tempo perdura Nos parques; e a pequenina cutia surpreende A imobilidade anterior desse tempo no mundo Porque imóvel, elementar, autêntico, profundo É...

Voz no Ouvido - Pedro Camargo Mariano

Tava esperando, um telefonema teu Tava precisando de uma voz no ouvido meu Tava imaginando teu olhar mirando o meu Tava desejando, um beijo em teu umbigo Tá legal.... Falei que não devia Me dei mal....Amanheceu um novo dia Já esqueci...pensei em te decidir Tô aqui esperando, pra ver se você vem Deixar, de lado essa tristeza Beijar, a paz desse tormento Deitar, esse amor desarrumado Chegar, de perder tanto tempo Amar.....

Sobre a Vida

" A vida é um conjunto de circunstâncias, as quais você pode alterar, desenvolver e melhorar dia após dia. A decisão é sua: está em suas mãos. Como o oleiro na roda, você é a força que muda e transforma o barro em algo belo. Como o pincel do pintor descrevendo algo suave, novo e pitoresco, você pode criar o cenário que é melhor para você. Toda pessoa tem o poder de assumir o controle das circunstâncias na vida de alterá-las, desenvolvê-las ou melhorá-las dia após dia. Nenhum de nós pode dizer: 'Devo aceitar tudo o que aparecer', pois o caminho que escolhemos trilhar na vida é uma decisão nossa. O poder de mudar sempre está nas suas mãos. "