Pular para o conteúdo principal

Postagens

O OURO DOS TRÓPICOS - PARTE 1

Blaise Cendrars (1887-1961), escritor franco-suíço que fez do Brasil sua segunda pátria espiritual e a este país dedicou parte substantiva de sua obra, há tempos merecia ter sua prosa traduzida em português. Em 1976, uma saborosa antologia de prosa e poesia, que leva o sugestivo título de Etc... Etc... Um Livro 100% Brasileiro, com tradução de Teresa Thiériot, apareceu pela editora Perspectiva, mas já se esgotou. Também Sergio Wax, italiano que aportou em Belém do Pará, traduziu toda a poesia de Cendrars entre 1991 e 95, em edições bilíngües. Agora, a editora Francisco Alves anuncia a reedição de Ouro e o lançamento de O Homem Fulminado e de O Loteamento do Céu, São livros capitais, nos quais o Brasil comparece implícita ou explicitamente, compondo a paisagem de uma terra alçada à dimensão de mito, que o escritor não hesitou em chamar de a sua "Utopialândia". Esse, aliás, foi o tema do seminário promovido pela USP em agosto último, que reuniu estudiosos brasileiros e interna

POR QUE TODOS OS E-MAILS TÊM O SÍMBOLO DE @?

  Vamos começar pelo mais simples: o @ ou "arroba" existe para separar o nome do usuário do nome do provedor onde está hospedada a conta de e-mail. O grande mistério é saber por que escolheram o @ para os e-mails e não qualquer outro símbolo.  Ray Tomlinson, o engenheiro que inventou o correio eletrônico em 1972. Foi ele quem teve a idéia de usar o @ nos primeiros endereços. "Estudei o teclado e escolhi um símbolo que já estava lá e não era usado em nomes. Encontrei o @", afirma ele. Ainda por cima, o @ em inglês significa at (o equivalente às nossas preposições "em", "na" ou "no"), fazendo com que o endereço de e-mail possa ser lido de uma forma muito mais natural. Só para dar um exemplo, um endereço como billgates@microsoft.com pode ser entendido como "Bill Gates na companhia Microsoft". Em português, como o @ não tem o mesmo significado do inglês, os endereços soam meio bizarros. Por aqui, o "arroba" indica u

SORRIA!

"Procure ver o lado bom das coisas ruins." Essa frase poderia estar em qualquer livro de auto-ajuda ou parecer um conselho bobo de um mestre de artes marciais saído de algum filme ruim. Mas, segundo os especialistas que estudam o humor a sério, trata-se do maior segredo para viver bem. Não é difícil encontrar exemplos que comprovam que eles têm razão. Como um palmeirense poderia manter o alto-astral depois que seu time perdeu a final da Taça Libertadores da América? Fácil. É só lembrar que o Palmeiras eliminou o arqui-rival Corinthians nas semifinais da competição. Inversamente, a mesma situação pode servir para manter o bom humor do corinthiano. Afinal, embora seu time tenha sido eliminado, o Palmeiras acabou morrendo na praia. Não se trata de ver o mundo com os olhos róseos de Pollyanna. Esse tipo de flexibilidade para encarar os acontecimentos ruins não garante apenas algumas risadas: pode fazer bem para a saúde. O bom humor é, antes de tudo, a expressão de que o corpo est

Crepe com salmão e manga

Ingredientes: 2 xícaras (chá) de farinha de trigo 1 colher (chá) de sal 4 ovos batidos 600 ml de leite manteiga para untar a frigideira Recheio 250 g de salmão fresco 2 dentes de alho triturados suco de 1 limão azeite de oliva 1 manga fatiada sal a gosto Modo de Preparo: Massa: coloque a farinha de trigo e o sal numa tigela, faça uma cavidade no centro e junte os ovos. Bata com um batedor manual, aos poucos. Em seguida, despeje lentamente o leite até formar uma massa fina. Se necessário, use o liquidificador. Cubra a tigela e deixe descansar por, pelo menos, 30 minutos, ou durante toda a noite. Antes de usar a massa, bata novamente muito bem. Recheio: coloque numa tigela o alho, o suco de limão, azeite de oliva e sal a gosto. Acrescente o salmão e deixe marinar por 15 minutos. Numa assadeira, coloque as fatias da manga e sobreponha o filé de salmão. Feche com papel-alumínio e leve ao forno brando por aproximadamente 20 minutos. Retire

DESCARTES: A RAZÃO ACIMA DE TUDO

O rigoroso inverno de 1619 imobilizou o exército de Maximiliano da Baviera. Um percalço militar irrelevante para o desfecho da Guerra dos Trinta Anos, que ensangüentaria a Europa, mas que teve inesperada e decisiva importância para a Filosofia e a ciência moderna. René Descartes, jovem francês de 23 anos engajado nas tropas bávaras, aproveitou o frio para se isolar em um quarto de estalagem nas cercanias de Ulm, na Alemanha, e como era de seu gosto - passar dias em febril atividade intelectual. Na madrugada gelada de 11 de novembro, as centelhas de seu cérebro explodiram em sonhos agitados em um deles, o Espírito da Verdade lhe abria os tesouros da Ciência. Na manhã seguinte, superexcitado, Descartes concluiu estar no limiar de uma "ciência admirável". "Penso, logo existo", sua máxima mais conhecida e que viria a ser a viga de sustentação do racionalismo moderno começou a nascer naquelas horas. Nas imagens dos sonhos, o jovem pretendeu ver símbolos de iluminação e i

Entrevista: Quentin Tarantino

BRAVO! : Quando todos esperavam um novo Cães de Aluguel ou mesmo um novo Tempo de Violência, você surge com Jackie Brown, um filme menos truculento, mais maduro. Qual a razão da mudança? Quentin Tarantino : Cada um dos meus filmes é diferente um do outro. Eles têm diferentes andamentos, diferentes sentimentos. Não vejo Jackie Brown como um momento de mudança de direção da minha carreira. Ele apenas expressa um lado diferente de mim. Há muitos filmes diferentes dentro de mim, e todos são parte do que eu sou. Uma carreira interessante é aquela que a gente pode chamar de madura, mas que também proporcione diversão ao cineasta. Aqueles que esperavam que meus filmes virassem uma fórmula não me conhecem realmente. O que me deixa aborrecido é o fato de as pessoas falarem sobre os meus filmes como se eu tivesse feito uns seis. Essa gente não me conhece de verdade porque eu ainda não tenho uma obra considerável para eles provarem suas teorias. Ninguém pode dizer que me conhece bem só porque me