Quando o velejador Lars Grael, medalhista brasileiro em duas Olimpíadas, teve a perna direita decepada num acidente em setembro de 1998, todos davam a sua carreira como encerrada. Sete meses depois, voltou às regatas, usando uma prótese. "Minhas limitações hoje são muito maiores, mas a garra e a vontade de vencer são mais fortes do que elas", disse Grael à EMOÇÃO. O administrador de empresas José Augusto Minarelli, de São Paulo, enfrentou um desastre de outro tipo. Em 1979, ao voltar das férias, foi demitido do alto cargo que exercia numa firma importante. Ficou três anos desempregado. Chegou a quebrar o cofrinho do filho para pagar os trajetos de ônibus. Hoje, Minarelli tem uma empresa especializada em conseguir trabalho para executivos, com clientes no país inteiro. "De desemprego eu entendo", sorri. Há um ponto comum entre esses dois sobreviventes. Ambos possuem uma generosa reserva de auto-estima. Na hora do naufrágio, eles se agarraram a uma certeza fir