"A construção da arte da gravura se faz sulcando, retirando, e não acrescentando. O que me interessa mesmo é o sulco", declara Maria Bonomi, uma das maiores gravuristas da história da arte brasileira. "O sulco vai para qualquer suporte: a xilogravura, a gravura em metal, a gravura em placas de concreto", diz. Quanto mais acumula premiações - e Bonomi acaba de ganhar o Prêmio Santista 1997, consagração maior na categoria gravura - mais ela parece disposta a simplificar as definições para seu sofisticado trabalho. Nascida em Meina, na Itália, em 1935, Bonomi naturalizou-se brasileira em 1958, depois de viver e trabalhar em Nova York por dois anos. Sua história se liga à história da evolução e da maturidade da gravura brasileira, que se solidifica com o trabalho de seus mestres, Livio Abramo, Goeldi, Lasar Segall, e se expande com suas novas pesquisas. "Gravura pode ser muita coisa; meu trabalho pode fluir para muitas áreas, mas acaba sendo um só", exp
Aqui, Agora e Sempre...o Norte é o Oriente.