1 | INTRODUÇÃO |
Islândia, república insular, situada
imediatamente abaixo do Círculo Polar Ártico, no norte do oceano Atlântico, a
cerca de 300 km a sudeste da Groenlândia, 800 km a noroeste da Escócia e a
aproximadamente 1.000 km a oeste da Noruega. Sua superfície é de 103.000
km2. A capital é Reykjavik.
2 | TERRITÓRIO |
A Islândia possui uma costa muito irregular, especialmente a oeste e a
norte. Geologicamente, o terreno é de origem vulcânica recente e, em sua maior
parte, é formado por planaltos de lava.
Quase 15% da superfície é coberta por neves eternas e glaciares.
Vatnajökull (ou glaciar Vatna), no sudeste, é o maior dos mais de 120 glaciares
da ilha. Possui também um grande número de pequenos lagos e rios com
corredeiras, de origem glaciar.
Encontra-se em uma das principais falhas da crosta terrestre, a dorsal
média atlântica. Por conseguinte, é um dos lugares da terra mais ativos do ponto
de vista tectônico e, por isso, há um grande número de vulcões (entre os mais de
200, destacam-se o monte Hekla e o Laki), de mananciais de águas termais, de
gêiseres (destaca-se o Geysir) e de solfataras. (ver Tectônica de
placas).
Possui um clima oceânico frio, moderado pela corrente norte-atlântica
(prolongação da corrente do Golfo).
3 | POPULAÇÃO E GOVERNO |
A população é muito homogênea, quase totalmente de origem nórdica e
celta. Em 2001, a população total é de 277.906 habitantes e a densidade éa de
2,7 hab/km2.
Reikjavik, a capital, tem 101.850 habitantes (1993). Outras cidades
importantes são Akureyri, com14.665 habitantes (1992), Kópavogur, com 16.832
habitantes e Hafnarfjördur, com 16.107 habitantes.
O luteranismo é a religião oficial do país, à qual pertencem mais de
93% dos islandeses. Entretanto, há uma completa liberdade religiosa. O idioma é
o islandês; a maioria dos habitantes fala, pelo menos, uma língua estrangeira,
em especial o inglês. (ver Língua islandesa; Literatura islandesa).
A Islândia é governada pela Constituição de 1944. O chefe de Estado é o
presidente, que é eleito por sufrágio universal. A Constituição confere o poder
executivo ao presidente e a um conselho de ministros, dirigido por um
primeiro-ministro. O órgão legislativo é o Althing.
4 | ECONOMIA |
Em 1999, o produto interno bruto foi de 8,8 bilhões de dólares, cerca
de 31.770 dólares per capita. A unidade monetária é a króna (coroa).
Menos de 1% da superfície agrária é cultivada. A partir de 1945,
entretanto, houve uma grande expansão da produção de flores, plantas exóticas e
verduras em estufas aquecidas por energia geotérmica. Cerca de 20% do terreno é
apropriado para pastos, o que faz da criação de gado uma importante atividade
econômica.
As indústrias mais importantes são a pesca e a transformação do
pescado. A Islândia ocupa o primeiro lugar na pesca do bacalhau e do arenque, o
que corresponde a quase dois terços das capturas mundiais.
5 | HISTÓRIA |
A ilha não foi colonizada até 870. O viking norueguês Ingolfr
Arnalson e sua mulher foram os primeiros colonizadores permanentes, em 874.
Durante os 60 anos seguintes, outros colonizadores chegaram à ilha a partir da
Noruega, de outros países nórdicos e das ilhas Britânicas. Por volta de 930, foi
criado o Althing, assembléia de homens livres, que atuava como órgão do
governo.
Os poderes legislativo e judicial eram exercidos pelo Althing,
às vezes assistidos pelos godi, poderosos chefes religiosos que, na prática,
constituíam a classe dirigente. No final do século X, os islandeses colonizaram
a Groenlândia e, no início do século XI, Leif Eriksson chegou ao continente
americano.
O cristianismo foi adotado no século X e, em 1000, o Althing
obrigou todos os islandeses a se converterem. O aparecimento da Igreja
desestabilizou a autoridade secular, minou a antiga estrutura de poder e
possibilitou a irrupção de potências estrangeiras. Em 1262, o rei Haakon IV o
Velho da Noruega foi reconhecido como rei pelos islandeses.
O domínio norueguês trouxe consigo uma forte decadência islandesa,
tendência que se manteve quando a Islândia acompanhou a Noruega em sua união com
a Dinamarca, em 1830, na qual buscava expandir a navegação e o comércio. De
forma gradual, a coroa dinamarquesa reduziu suas atividades comerciais na
Islândia e, em meados do século XVI, havia expulsado quase todos os comerciantes
estrangeiros. A partir de 1540, apesar da forte resistência, o luteranismo foi
imposto na ilha. Em 1602, foi estabelecido o monopólio dinamarquês sobre o
comércio da Islândia. A longo prazo, o sistema de opressão econômica reduziu a
Islândia à miséria.
Em 1661, o rei Frederico III implantou a monarquia absoluta, que teve,
como conseqüência, a anulação dos poderes do Althing.
No século XIX, os movimentos nacionalistas começaram a exigir a
independência. Nesse conflito, o político Jón Sigurdsson desempenhou um
importante papel. Em 1843, o Althing foi restabelecido e o comércio,
aberto a todas as nações. Vinte anos depois, foi promulgada uma
constituição.
Em 1904, a Islândia conquistou a sua autonomia e, em 1918, foi
reconhecida como um Estado independente, unida apenas nominalmente à Coroa
dinamarquesa. Segundo o Tratado de União, qualquer um dos dois estados teria o
direito de revogar o acordo depois de 25 anos. Em 1944, foi proclamada a
República da Islândia, da qual Sveinn Bjornsson foi o primeiro presidente.
A ampliação de suas águas territoriais de 4 para 200 milhas náuticas
(de 7 a 370 km) em fases sucessivas (1964, 1972, 1975) provocou conflitos com o
governo britânico, que respondeu com o envio de navios de guerra para proteger
seus barcos pesqueiros nas águas em conflito; as chamadas “guerras do bacalhau”
duraram até 1976, quando os britânicos aceitaram o novo limite.
A política islandesa tem-se caracterizado desde 1918 pelos governos de
coalizão. A presidenta Vigdís Finnbogadóttir foi a primeira mulher no mundo a se
tornar chefe de Estado eleita por sufrágio universal.
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