"É uma doutrina surgida na Índia durante o século VI, que tenta resgatar a noção da natureza do homem e daí sua função coletiva, através do desenvolvimento de energias internas", segundo explicação de Mário Ferreira, professor de Sânscrito da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (USP). Em sânscrito, tantra é "aquilo que aumenta o conhecimento". Para compreender o projeto tântrico imagine uma cruz. No alto está a força original, que desce para se manifestar no mundo sob a forma de desejo, atração sexual e amorosa. No eixo horizontal estão o homem e a mulher, um à esquerda, outro à direita. Sua união, através de ensinamentos e rituais específicos, permite à energia que estava absorvida na matéria e na carne retornar à sua fonte. Essa energia nasce da união de dois pólos: shiva, masculino, representação do espírito e da inércia; e shakti, feminino, emblema da matéria e dinamismo. "O objetivo dos praticantes do tantra é revivenciar tal unidade, adorando e despertando shakti", diz o professor Mário Ferreira. A representação dessa força é uma serpente a que chamam kundalini, localizada na base da coluna. "Despertá-la e controlá-la é o princípio do Tantrismo", afirma a psicóloga Maruá R. Pacce, coordenadora do Núcleo de Yoga Ganesha. Uma das maneiras de despertar a kundalini é pelo sexo, mas associado a disciplina, posturas corporais, meditação e controle da respiração o que, claro, pressupõe a orientação de um instrutor. A idéia é chegar ao orgasmo sem ejaculação, segundo Maruá, "um desperdício de energia que põe todo o esforço a perder".
"É uma doutrina surgida na Índia durante o século VI, que tenta resgatar a noção da natureza do homem e daí sua função coletiva, através do desenvolvimento de energias internas", segundo explicação de Mário Ferreira, professor de Sânscrito da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (USP). Em sânscrito, tantra é "aquilo que aumenta o conhecimento". Para compreender o projeto tântrico imagine uma cruz. No alto está a força original, que desce para se manifestar no mundo sob a forma de desejo, atração sexual e amorosa. No eixo horizontal estão o homem e a mulher, um à esquerda, outro à direita. Sua união, através de ensinamentos e rituais específicos, permite à energia que estava absorvida na matéria e na carne retornar à sua fonte. Essa energia nasce da união de dois pólos: shiva, masculino, representação do espírito e da inércia; e shakti, feminino, emblema da matéria e dinamismo. "O objetivo dos praticantes do tantra é revivenciar tal unidade, adorando e despertando shakti", diz o professor Mário Ferreira. A representação dessa força é uma serpente a que chamam kundalini, localizada na base da coluna. "Despertá-la e controlá-la é o princípio do Tantrismo", afirma a psicóloga Maruá R. Pacce, coordenadora do Núcleo de Yoga Ganesha. Uma das maneiras de despertar a kundalini é pelo sexo, mas associado a disciplina, posturas corporais, meditação e controle da respiração o que, claro, pressupõe a orientação de um instrutor. A idéia é chegar ao orgasmo sem ejaculação, segundo Maruá, "um desperdício de energia que põe todo o esforço a perder".
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