Emilio Mira y López (1896-1964), psicólogo e psiquiatra espanhol, ocupou a primeira cátedra de psiquiatria da Universidade Autônoma de Barcelona.
Nascido na ilha de Cuba, em pouco tempo mudou-se para a cidade de Barcelona. Lá estudou medicina e realizou uma grande obra antes de exilar-se com o fim da Guerra Civil. Emigrou primeiro para a Inglaterra e mais tarde para a América do Sul, estabelecendo-se no Brasil onde permaneceu até sua morte.
Foi a alma da psicotecnia catalã até a guerra e, por causa de seu exílio forçado, converteu-se na figura central do desenvolvimento da psicologia e psiquiatria sul-americanas. Merecem destaque seus trabalhos experimentais, os primeiros feitos na Espanha, seu legado técnico ao psicodiagnóstico miokinético (PMK) e a análise da psicologia de guerra.
O PMK é uma prova experimental que gozou de uma grande difusão e que estabelece uma forte conexão entre vida mental e corporalidade. Na fundamentação teórica deste teste aparecem claramente anotados os elementos para uma teoria dos dois cérebros, emocional e simbólico, no homem.
No Brasil, fundou o Instituto de Seleção e Orientação Profissional e a revista Arquivos brasileiros de psicotecnia, em 1945. Obras destacadas: Manual de psiquiatria (1935), Psicología experimental (1955) e Manual de orientación profesional (1957).
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