“Não vai uma gota para a rua. Fica tudo aqui dentro”, diz o aposentado Devanil Pereira da Silva, de Ribeirão Preto (SP), sobre um sistema de calhas que ele instalou por R$ 2 mil em sua casa para aproveitar toda a água da chuva. O que ele não consegue captar, explica, vai para o seu jardim. “A água infiltra e vai para o lençol”, comenta o aposentado, que apesar do esforço é uma exceção quando o tema é conservação de recursos hídricos na cidade.
A água que ele tenta poupar vem do Aquífero Guarani, considerado um dos maiores lençóis freáticos do mundo, que desde os anos 1950 já baixou cerca de 60 metros em Ribeirão.
Isso significa que o nível da reserva natural que abastece 100% do município tem caído um metro por ano, de acordo com o Departamento de Águas e Energia Elétrica de São Paulo. Mesmo a apenas cem metros da reserva subterrânea, em Ribeirão Preto a recarga do aquífero é 13 vezes menor que o consumo médio local.
Se por um lado o desperdício e o crescimento urbano contribuem, por outro, a natureza tem seu tempo para recompor os recursos. A água pluvial penetra o solo arenoso a uma velocidade equivalente a 7 km/h, o que torna inviável uma reposição compatível com a quantidade de água usada por uma população de 605 mil pessoas.
Para se ter uma ideia, em um dos seis poços de captação da cidade, localizado na Zona Sul, são obtidos 250 mil litros de água por hora a uma profundidade de 350 metros, segundo o diretor regional do Departamento de Águas e Energia Elétrica (Daee), Carlos Eduardo Alencastre.
Diante da situação, o Daee iniciou um projeto avaliado em R$ 400 mil para monitorar a disponibilidade de recursos hídricos em Ribeirão Preto por dois anos.
O estudo deve dar base a uma série de ações de racionamento e controle de poços que possam apresentar contaminação ou de áreas que estejam apresentando rebaixamento intenso, segundo Alencastre.
Considerado um dos maiores reservatórios de água subterrânea do mundo, o Aquífero Guarani ocupa quase 1,2 milhão de quilômetros quadrados. Aproximadamente 70% deste território fica no Brasil e o restante na Argentina, Uruguai e Paraguai. Na região, além de Ribeirão Preto, pelo menos nove municípios utilizam a água do reservatório.
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A água que ele tenta poupar vem do Aquífero Guarani, considerado um dos maiores lençóis freáticos do mundo, que desde os anos 1950 já baixou cerca de 60 metros em Ribeirão.
Isso significa que o nível da reserva natural que abastece 100% do município tem caído um metro por ano, de acordo com o Departamento de Águas e Energia Elétrica de São Paulo. Mesmo a apenas cem metros da reserva subterrânea, em Ribeirão Preto a recarga do aquífero é 13 vezes menor que o consumo médio local.
Se por um lado o desperdício e o crescimento urbano contribuem, por outro, a natureza tem seu tempo para recompor os recursos. A água pluvial penetra o solo arenoso a uma velocidade equivalente a 7 km/h, o que torna inviável uma reposição compatível com a quantidade de água usada por uma população de 605 mil pessoas.
Para se ter uma ideia, em um dos seis poços de captação da cidade, localizado na Zona Sul, são obtidos 250 mil litros de água por hora a uma profundidade de 350 metros, segundo o diretor regional do Departamento de Águas e Energia Elétrica (Daee), Carlos Eduardo Alencastre.
Diante da situação, o Daee iniciou um projeto avaliado em R$ 400 mil para monitorar a disponibilidade de recursos hídricos em Ribeirão Preto por dois anos.
O estudo deve dar base a uma série de ações de racionamento e controle de poços que possam apresentar contaminação ou de áreas que estejam apresentando rebaixamento intenso, segundo Alencastre.
Considerado um dos maiores reservatórios de água subterrânea do mundo, o Aquífero Guarani ocupa quase 1,2 milhão de quilômetros quadrados. Aproximadamente 70% deste território fica no Brasil e o restante na Argentina, Uruguai e Paraguai. Na região, além de Ribeirão Preto, pelo menos nove municípios utilizam a água do reservatório.
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