Nacionalismo
1 | INTRODUÇÃO |
Nacionalismo, durante a história moderna, movimento
que considera a criação do Estado nacional como indispensável para realizar as
aspirações sociais, econômicas e culturais de um povo. O nacionalismo se
caracteriza pelo sentimento de comunidade baseado em uma origem, um idioma e uma
religião comuns. Antes do século XVIII, momento no qual o nacionalismo começou a
ganhar as características de um movimento específico, os estados eram baseados
em vínculos religiosos ou dinásticos. Imersas no âmbito do clã, da tribo, do
povo ou da província, as pessoas estendiam em raras ocasiões seus interesses
pelo espaço que compreendiam as fronteiras estatais.
2 | ORIGENS |
O início do nacionalismo moderno remonta à desintegração, no final da
Idade Média, da ordem social feudal e da unidade cultural (em especial, a
religiosa) de vários Estados europeus.
O momento decisivo na história do nacionalismo na Europa foi a Revolução Francesa. Até
aquele momento, os sentimentos nacionais franceses emanavam da figura de seu
rei. Com a revolução, a lealdade ao monarca foi substituída pela lealdade à
pátria.
O surgimento do nacionalismo coincidiu em sua maior parte com a
expansão da Revolução Industrial, que favorecia o desenvolvimento econômico
nacional, a formação de uma classe média e o anseio popular de um governo
representativo.
Antes da onda nacionalista na Europa, houve, nos primeiros 30 anos do
século XIX, um assombroso e múltiplo nascimento de uma série de nações no
continente americano, do Mississipi (fronteira entre os domínios da Espanha e os
Estados da União), até a Terra do Fogo na Argentina. As revoluções de 1848
marcaram o despertar de vários povos europeus para a consciência nacional.
A I Guerra Mundial instigou as aspirações nacionais dos povos da Europa Central. Quando os Estados
Unidos entraram na guerra, o presidente Woodrow Wilson proclamou o princípio da
autodeterminação nacional como um dos aspectos a ser solucionado no final do
conflito. As reclamações contrapostas do nacionalismo alemão e polonês se
converteram na causa direta do começo da II Guerra Mundial. Outra conseqüência
decisiva da I Guerra Mundial foi o surgimento do nacionalismo em países da Ásia
e da África.
No pós-guerra, os movimentos nacionalistas cresceram e conseguiram
muitos êxitos, sobretudo na África e Oriente Médio. No início da década de 1990,
o nacionalismo continua sendo uma força muito poderosa nos assuntos mundiais. As
aspirações nacionalistas opostas dos judeus, árabes e palestinos são a causa da
instabilidade política no Oriente Médio. No leste europeu, onde os anseios
nacionalistas permaneceram adormecidos pela pressão dos sistemas comunistas
desde a II Guerra Mundial, o enfraquecimento da autoridade comunista provocou a
aparição de grupos que contribuíram para a dissolução da União Soviética e da
antiga Iugoslávia e puseram em perigo a integridade de outros países.
Colaboraram também para o desmantelamento pacífico de alguns Estados, como foi o
caso da antiga Tchecoslováquia ou das antigas repúblicas socialistas integradas
na extinta União Soviética, como a Estônia, Letônia, Lituânia, Bielo-Rússia,
Ucrânia ou Moldávia.
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