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Igreja Anglicana


1 INTRODUÇÃO
Igreja Anglicana, remonta à chegada do cristianismo na Inglaterra. Mais especificamente, corresponde ao ramo da Igreja cristã que, desde a Reforma, recebeu o nome de Igreja Anglicana. A disciplina da Igreja da Inglaterra original foi introduzida por missionários e monges celtas e gauleses, até a chegada de Santo Agostinho de Canterbury em 597. A partir desta data, padronizaram-se as práticas dos celtas e dos romanos. No Sínodo de Whitby (664), decidiu-se romper a união com a Igreja da Irlanda. Depois da conquista normanda (1066), a influência continental fortaleceu a união entre a Igreja Anglicana e o papado. Durante o período medieval, os reis ingleses pretenderam limitar o poder da Igreja mas não obtiveram sucesso até a subida de Henrique VIII ao trono.
2 HENRIQUE VIII
Foi Henrique VIII quem provocou a ruptura com a Igreja Católica ao se divorciar de sua primeira mulher, Catarina de Aragão, filha de Fernando e Isabel, os reis católicos da Espanha. Como deste casamento só nascera uma filha mulher — mais tarde, a rainha Maria Tudor I —, e tendo-se apaixonado por Ana Bolena, levaram Henrique VIII pedir ao papa, em 1527, a anulação de seu casamento com Catarina de Aragão. O divórcio foi negado e o rei tentou, durante alguns anos, solucionar o problema sem provocar conflitos com Roma. Finalmente, em 1532, Henrique VIII tomou a decisão de romper com o papa. Em janeiro de 1533, o rei desposou Ana Bolena e, em 1534, o Parlamento inglês aprovou o Estatuto da Supremacia que transformava Henrique VIII, e todos os seus descendentes, em chefe supremo da igreja da Inglaterra, ou Igreja Anglicana.
3 UMA IGREJA NACIONAL
Entre 1529 e 1536, as ações do Parlamento marcaram o início da Igreja Anglicana como igreja nacional. Henrique VIII recebeu o apoio dos ingleses. Com a ascensão ao trono de Maria I, em 1553, a Inglaterra voltou a subjugar-se à obediência papal. Maria I foi sucedida por Isabel I (1558) e a maioria das leis eclesiásticas de Henrique VIII foi reimplantada. Com Jaime I (1603), o primeiro Stuart, a inquietação decorrente das mudanças religiosas associou-se aos conflitos entre o Parlamento e o Absolutismo. Surgiu um novo problema quando Jaime II tentou reimplantar o catolicismo romano, mas se viu obrigado a ceder seu trono, depois da revolução de 1688, a Guilherme III e a Maria II.
4 MOVIMENTOS POPULARES
Desde o século XVII, os sucessivos movimentos dentro da Igreja Anglicana favoreceram sua expansão. No século XVIII, infundiu-se à religião popular um novo sentido de piedade e consagração pessoal. Durante o século XIX, um grupo de clérigos da universidade de Oxford iniciou um movimento para reincorporar elementos do catolicismo. Dentro da Igreja Anglicana, tanto o movimento evangélico da Igreja popular, como o movimento teológico oxfordiano puderam prosperar, fatos que ilustram a flexibilidade da fé e das práticas da tradição anglicana.
5 DOUTRINA
A doutrina da Igreja Anglicana baseia-se nos Trinta e Nove Artigos e no Book of Common Prayer (livro de orações habituais) que contém os antigos credos de um cristianismo não dividido. A religião anglicana difere da católica principalmente por negar a autoridade do papa, além de autorizar a ordenação de mulheres como sacerdotes.

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