Utopia
Utopia, obra do político e
pensador inglês canonizado como São Thomas More, publicada na cidade belga de
Louvain, em 1516, com o título De optimo reipublicae statu de que nova insula
Utopia. Na Inglaterra foi publicada em 1551. Escrita em latim, é um dos
textos mais significativos do humanismo inglês, concebido como uma prosa
satírica de caráter social e político. Thomas More não apenas criou uma nova
palavra (utopia, “lugar que não existe”), como também inaugurou um gênero
literário e filosófico baseado na planificação ideal de uma forma de governo
perfeita, na qual se acrescentou posteriormente a acepção de “irrealizável”
(utópica). Dividido em duas partes, dedica a primeira delas às críticas que um
viajante faz da situação social e política da Inglaterra da época, enquanto a
segunda descreve a organização de um Estado, situado na imaginária ilha de
Utopia, onde as reformas necessárias para remediar os males descritos já foram
realizadas. A Utopia de Thomas More é a denúncia dos comportamentos
deplorados pelo autor, escrita com um fino toque de humor, com uma dramaticidade
especialmente notável na composição dos diálogos. Sua invenção de uma república
ideal, governada por meio da razão e sob a mais profunda tolerância religiosa,
obteve uma importante e imediata ressonância no âmbito do humanismo
renascentista, tanto em seu próprio país, como no resto da Europa.
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