Primeiro, foi o frango. Depois, o iogurte. Mais recentemente, a dentadura. Qual será o próximo paradigma do sucesso do Plano Real? Mais um alimento? E por que não? Que ninguém se espante se dia desses o presidente tirar da manga um curinga que há muito, aliás, já podia ter posto na mesa: a cultura, o alimento do espírito. Antes que o professor Francisco Weffort se assanhe e pense que vou elogiar sua performance ministerial, alerto: a cultura a que me refiro nada tem a ver com aquela entregue aos desvelos de sua Pasta. A cultura que o presidente poderia acrescentar ao frango, ao iogurte e à dentadura é, infelizmente, aquela que sai dos aparelhos de som das classes B, C e D, anima pagodes e forrós, mina os tímpanos nos bailes funk e já impôs sua hegemonia nos canais abertos da televisão. Certo, ela já existia, mas era restrita, periférica, e não tinha como se expandir porque seus consumidores em potencial mal conseguiam pagar as contas do armazém. Alforriados pelo Plano Real, el...
Aqui, Agora e Sempre...o Norte é o Oriente.