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Informática: Uma Breve História

500 a.C. – Os ábacos mais antigos que se conhecem são dessa data, encontrados no Egito. São, de certa maneira, máquinas de calcular, pois servem para somar com rapidez. Podem ser considerados os antepassados mais longínquos dos computadores.

1622 – A régua de cálculo é criada pelo matemático inglês William Oughtred (1574-1660). Trata-se do primeiro de uma série de instrumentos que levariam, nas décadas seguintes, a várias tentativas de construir grandes calculadoras automáticas como a que é patenteada em 1642 pelo francês Blaise Pascal .

1693 – Um aparelho capaz de multiplicar, além de somar e diminuir, é desenvolvido pelo filósofo e matemático alemão Gottfried Wilheim Leibniz (1646-1716).

1822 – Um computador mecânico é projetado pelo matemático inglês Charles Babbage (1792-1871). Ele imagina que seria capaz de fazer seu aparelho funcionar apenas com a ajuda de engrenagens e alavancas. O projeto nunca sai do papel, mas dá a Babbage o título de pioneiro na tecnologia de computação. O limite das engrenagens – O "cérebro artificial" de Babbage só não dá certo porque precisa de grande quantidade de peças mecânicas para funcionar. Seria inviável encaixar todas elas dentro da máquina imaginada pelo inglês. Nos micros de hoje, a situação é diferente, pois os comandos são eletrônicos. Significa que as peças necessárias, além de ser muito menores, funcionam de maneira mais simples. Mas o aparelho de Babbage seria um computador de fato. Ele não serviria apenas para fazer cálculos: em princípio, poderia executar tarefas complicadas, como controlar os teares numa fábrica de tecidos.

1847 – O matemático inglês George Boole (1815-1864) desenvolve um sistema numérico de dois algarismos que, no século XX, será empregado nos computadores. Nesse sistema chamado binário os números não são escritos com os dez algarismos a que estamos acostumados (zero, 1, 2... até 9). Bastam o zero e o 1. O dois, por exemplo, escreve-se 10; o três, 11; e o quatro, 100. 1880 – Aparece nos Estados Unidos um processador de dados eletromecânico. Seu criador, o funcionário público Herman Hollerith (1860-1929), emprega cartões perfurados por meios elétricos como uma espécie de software rudimentar. O objetivo é organizar, automaticamente, a grande quantidade de dados coletada nos recenseamentos do governo. O método funciona bem.

1930 – O engenheiro eletricista norte-americano Vannevar Bush (1890-1974) constrói um computador usando válvulas de rádio. Ele ainda não é totalmente eletrônico, possuindo diversas partes mecânicas.

1946 – Surge o Eniac, nome dado à primeira máquina que merece ser chamada de computador. Apesar de operar por meio de válvulas e não de transistores, como hoje, o Eniac é totalmente eletrônico e processa dados com eficiência. Seus construtores são os engenheiros norte-americanos John William Mauchly (1907-1980) e John Presper Eckart Jr. (1919-). Feito para a guerra O Eniac sigla em inglês para a expressão "integrador numérico e computador eletrônico" – nasce do esforço gigantesco realizado pelos Estados Unidos para construir a bomba atômica no final da II Guerra. Essa tarefa exige imensa quantidade de cálculos, e o Eniac foi projetado para resolvê-los rapidamente. É feito de válvulas, pesa 30 t e ocupa o espaço equivalente ao de uma casa com 163 m². Mas dá conta do recado, até ser aposentado, em 1955.

1954 – Sete anos após a descoberta do transistor, a empresa norte-americana Texas Instruments começa a fabricá-lo com o silício, material comum na areia.

1956 – O Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) monta o TX-O, o primeiro computador com transistores em lugar de válvulas de vidro. Dois anos depois, Jack S. Clair Kilby (1923-) faz um circuito integrado: são cinco transistores instalados numa única placa de 1,2 cm de diâmetro e 2 mm de espessura, avançando na miniaturização dos componentes.

1963 – Douglas Engelbart (1925), da Universidade Stanford, Califórnia (EUA), patenteia o mouse. Em 1968, Engelbart apresenta um sistema completo de mouse, teclado e janelas (windows).

1964 – O pesquisador norte-americano Paul Baran desenvolve a primeira rede de computadores, interligando com fios alguns aparelhos. Em 1969, as Forças Armadas norte-americanas estendem a rede para uso militar. Essa ramificação recebe o nome de ARPnet. Nos anos 80, depois de nova ampliação que inclui as universidades do país, a rede passa a funcionar por meio de uma linha especial de telefone, criada com esse fim pela Fundação Nacional de Ciência (NSF) dos Estados Unidos. 1966 – O Ramac 305, da IBM, torna-se o precursor dos discos de memória, com capacidade para 5 megabytes de informação. Até então os computadores armazenavam informações no próprio circuito eletrônico.

1971 – Surge o primeiro microcomputador pessoal, o MCS-4, da Intel, que utiliza o processador 4004, que a Intel já fabrica desde o ano anterior. Tem 8 quilobytes de memória.

1972 –- A Atari inaugura a era do videogame com o jogo Pong.

1975 – Em fevereiro, Bill Gates (1955-) e Paul Allen (1957-) desenvolvem a primeira linguagem para microcomputadores, o Basic. As linguagens anteriores eram adequadas aos grandes e médios computadores. Em abril, a dupla funda a Microsoft, que se torna a maior e mais importante companhia de software do mundo.

1976 – Steve Wozniak (1950-) e Steve Jobs (1955-) terminam o projeto do micro Apple I, o primeiro microcomputador feito para ser vendido em grande escala, e fundam a Apple Computer Company.

1981 – A IBM anuncia em Nova York o lançamento do PC 5150, o antecessor de todos os micros que hoje dominam o mercado mundial. Ele tem 64 quilobytes de memória e velocidade de 4,77 megahertz. A década dos micros Os microcomputadores fazem sucesso desde o início, mas conquistam casas, escritórios, supermercados e bancos a partir dos anos 80. No começo de 1980, a IBM negocia com a Microsoft a construção dos PCs, que devem ser fabricados pela primeira companhia para rodar de acordo com os programas Microsoft. Em 1983, a IBM lança o PC-XT 370, com 10 megabytes de memória; a Apple anuncia o Macintosh, que é infinitamente mais simples de operar que qualquer computador existente à época; e a Microsoft apresenta o programa de interface Windows. A IBM recusa o Windows até ser obrigada a aceitá-lo para poder concorrer com o Macintosh.

1985 – A Microsoft lança no mercado o programa de interface Windows e a primeira versão do programa de texto Word 1 para rodar em micros Macintosh. Em dois anos, o Windows vende 1 milhão de cópias.

1989 – O pesquisador europeu Tim Berners-Lee desenvolve a World Wide Web (ou WWW, sigla em inglês para rede de extensão mundial) para permitir o compartilhamento de documentos entre cientistas. Essa rede que dá origem à Internet utiliza uma tecnologia que liga um texto a outro e facilita as consultas, ligação que recebe o nome de "hipertexto". Berners-Lee também desenvolve o primeiro programa para leitura de páginas em hipertexto (ou "browser"), chamado Lynx, que não exibe imagens.

1991 – O finlandês Linus Torvald cria o sistema operacional Linux, programa em que o código-fonte é liberado, permitindo a qualquer programador modificar o software. Tradicionalmente, os programas aparecem na forma binária e são entendidos apenas pelo computador. Em 1999, já tendo passado por milhares de testes e modificações, o Linux atinge cerca de 10 milhões de usuários em todo o mundo.

1992 – A Microsoft lança o sistema operacional Windows versão 3.1. Ele facilita a utilização de recursos multimídia, o que possibilita uma rápida expansão dos produtos em CD-ROM para os usuários de computadores pessoais. Empregados em programas educativos e de entretenimento, os CD-ROMs podem trazer, além de texto, som, vídeo, foto e animação.

1993 – Surge o primeiro browser (programa de navegação) capaz de exibir imagens, o NCSA Mosaic, desenvolvido por alunos do Centro Nacional de Aplicações para Supercomputadores (NCSA) da Universidade de Illinois. Na equipe de pesquisadores estava Marc Andreessen, que fundaria a empresa Netscape Communications um ano depois. O software torna-se popular, sendo distribuído gratuitamente na internet.

1993 – A Fundação Nacional de Ciência (NSF) retira-se da administração da internet e deixa que empresas particulares se conectem e vendam acesso à rede. A partir daí, o uso da rede cresce velozmente em todo o mundo. 1993 – Surge o processador Pentium, da Intel. Com 3,1 milhões de transistores, tem memória de 4 gigabytes e velocidade de 66 megahertz. O PC 486 da IBM incorpora o Windows 3.1. A Lei de Moore – Em 1998, a quantidade de transistores nos microprocessadores comuns já chega à casa dos 48 milhões, e a velocidade alcança 400 megahertz. Esse crescimento obedece fielmente à chamada Lei de Moore, criada em 1965 pelo norte-americano Gordon Moore (1929-). Ele prevê, então, que a quantidade de transistores dobraria a cada ano e meio. E isso vem acontecendo, o que faz antecipar que chegaremos ao final do milênio com quase 100 milhões de transistores. O tamanho dessas peças, atualmente, é mil vezes menor que 1 mm.

1994 – O executivo de informática Jim Clark convida Marc Andreessen e outros pesquisadores do NCSA a fundar a Netscape Communications Corporation, primeira empresa a vender software de navegação na internet. Surge o Netscape Navigator, versão aperfeiçoada do NCSA Mosaic. 1995 – Anunciado como um aprimoramento decisivo, o Windows 95, sistema operacional capaz de dar ao PC da IBM a mesma agilidade do Macintosh, chega ao mercado. Ele incorpora pela primeira vez recursos de conexão à internet, incluindo o programa de navegação Internet Explorer, distribuído gratuitamente com o Windows e pela internet.

1995 – Lançada pela Sun Microsystems a linguagem Java. Ela permite criar animações e programas menores que os convencionais na internet. 1996 – A Netscape acusa a Microsoft de concorrência desleal por distribuir gratuitamente o Internet Explorer. A Microsoft alega que o navegador faz parte do sistema operacional Windows 95.

1997 – O computador Deep Blue, da IBM, é o primeiro a derrotar um campeão mundial de xadrez, Garry Kasparov, numa competição que envolve uma série de partidas.

1997 – O estudante universitário Justin Fraenkel cria o Winamp, programa que permite a audição de arquivos musicais em formato MP3 com boa qualidade sonora. Ele facilita o crescimento de um mercado musical na internet, independente das grandes gravadoras. 1998 – A Microsoft lança a mais nova versão de seu sistema operacional, o Windows 98, que inclui como parte integrante o Internet Explorer.

1999 – A Intel lança o Pentium III, chip que torna possível o uso de animações em três dimensões na internet. Ele vem com um número de série gravado que permite a identificação do usuário por operadores de rede, aumentando a segurança do comércio eletrônico. O novo recurso, porém, é acusado de interferir com o direito à privacidade na internet. 2000 – A IBM lança memórias revolucionárias no mercado, multiplicando por vinte a capacidade de armazenamento de dados dos computadores. A novidade pode fazer com que os novos hard disks eliminem em breve a necessidade das memórias RAM, usadas na prática durante a operação do computador. Hoje, há uma divisão de trabalho: os hards disks guardam dados de maneira permanente, codificados magneticamente, mas são lerdos. Já as memórias RAM são rápidas, mas não retêm as informações, que ficam gravadas em circuitos elétricos que se apagam logo que o computador é desligado. Os novos produtos da IBM ainda não chegam a prescindir das memórias RAM, mas já têm memórias magnéticas tão rápidas quanto elas. E armazenam quantidades fabulosas de bytes: o hard disk mais poderoso, atualmente, já acumula 75 Gbytes, ou 75 bilhões de bytes. Há apenas três anos, o recorde era de 1 bilhão de bytes. A base dessa revolução são ímãs microscópicos, mas extremamente fortes, criados pelo físico americano Stuart Parkin e sua equipe do Centro de Pesquisas de Almadén, da IBM, na Califórnia. 2001 – A IBM anuncia a descoberta de um meio de melhorar consideravelmente o desempenho dos chips, sem, no entanto, mudar muito a atual tecnologia de fabricação dos microprocessadores. A idéia é "expandir" os cristais do elemento silício, com os quais são feitos os circuitos eletrônicos. A expansão abre espaço dentro do chip, e as correntes elétricas podem fluir com muito mais liberdade entre os átomos de silício. O resultado é um aumento na velocidade do processamento. Segundo o vice-presidente da IBM, Randall D. Isaac, a novidade estará no mercado dentro de dois anos. 2002 – A IBM voltou a bater o recorde de velocidade de seus circuitos: eles agora podem fazer 110 bilhões de cálculos por segundo. Um a cada 4,3 trilionésimos de segundo (o recorde era de um cálculo em 4,6 trilionésimos de segundo). O novo circuito tem a sigla SiGe 8HP.

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