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Gosto pelo risco pode ter razões físicas, diz estudo


Cientistas nos Estados Unidos anunciaram ter descoberto evidências de que existem diferenças físicas nos cérebros de pessoas muito atraídas pelo risco e por novidades que as estimulam a agirem de maneira impulsiva e, às vezes, perigosa.

Um estudo da Universidade de Vanderbilt descobriu que o processamento da dopamina no cérebro é diferenciado nestas pessoas.

Esta substância está relacionada ao modo pelo qual as pessoas sentem prazer em situações como alimentação e o sexo, por exemplo.

As pessoas atraídas por fortes emoções e que buscam novidades possuem uma menor quantidade de um determinado tipo de receptor de dopamina, o que pode levá-las a buscarem novas experiências de forte impacto como esbanjar dinheiro e participar intensamente de festas.

A pesquisa foi publicada no Journal of Neuroscience e pode ajudar a explicar porque algumas pessoas são mais suscetíveis a desenvolver hábitos como vício em drogas, entre outros comportamentos de risco.

Ratos

Experimentos em animais já haviam demonstrado que, como no caso dos humanos, alguns respondem de maneira diferente a ambientes desconhecidos.

Estas pesquisas também indicaram que aqueles animais com perfil “explorador” são mais suscetíveis a ingerirem doses de cocaína quando têm chance, por exemplo.

Este comportamento nos animais parece estar ligado com à atividade da dopamina no cérebro.

Células produtoras de dopamina tem uma espécie de sistema regulador que normalmente interrompe a produção quando já fabricaram grandes quantidades da substância.

Segundo estas pesquisas, ratos que apresentam comportamentos mais impulsivos têm uma menor quantidade desses receptores que regulam a quantidade da dopamina.

Humanos

Para avaliar se o mesmo acontecia entre humanos, os cientistas da Universidade de Vanderbilt examinaram o nível desses receptores que regulam a produção de dopamina em 34 pessoas saudáveis.

Estas pessoas também responderam a questionários para avaliar o tipo de personalidade que possuem.

Assim como aconteceu nos experimentos com animais, percebeu-se que o gosto por aventuras e desafios, a espontaneidade e condutas como o hábito de esbanjar dinheiro, podem estar ligadas a menores níveis desses receptores de regulação.

“Nós descobrimos que a densidade desses receptores está inversamente ligada ao interesse e desejo por novas experiências”, diz David Zald, o líder da pesquisa.

“Nossa pesquisa sugere que, em indivíduos com grande interesse por novidades, o cérebro é menos capaz de regular a dopamina, o que faz com que estes indivíduos reajam mais positivamente a novidades e outras situações que normalmente induzem a liberação da substância”, afirma Zald.

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