"É difícil dizer que há um risco [de encerramento da produção local], mas dá para desconfiar. Chevrolet Onix e Tracker estão com boa participação de mercado porque são produtos atualizados. Já a Montana é um produto novo, mas não tem encontrado o mesmo sucesso do que a Fiat Toro".
É bom destacar que Onix e Tracker, os dois best-sellers da GM no Brasil, são projetos de origem chinesa e também são comercializados no país asiático.
Pagliarini também cita um descompasso entre a estratégia de eletrificação no nível global com a realidade da empresa no Brasil.
"Os planos globais da GM focam os carros elétricos, enquanto no Brasil os híbridos são maioria e a companhia já disse que não tem pretende produzi-los aqui. A fábrica de São José dos Campos [uma das unidades que teria funcionários demitidos] produz a Chevrolet S-10, que vem perdendo terreno por não ser tão atualizada quanto as competidoras diretas na categoria das picapes médias".
Por outro lado, Milad Kalume, diretor da consultoria Jato do Brasil, não acredita que neste momento a GM irá encerrar a produção em solo brasileiro, da mesma forma que a Ford.
"O que está acontecendo hoje é simplesmente um retrato dos últimos anos da GM no país. Não vejo o risco de acontecer como aconteceu com a Ford. Será preciso trabalhar de forma mais contundente, mas acredito que a marca conseguirá pensar em produtos de volume para o mercado brasileiro, isso está em sua essência", analisa o executivo em entrevista a Paula Gama.
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