Pedro assina o cheque de Aloizio, que o põe nominal a Leonardo, que o deposita na conta de Pedro. Aloizio rubrica o cheque de Pedro, já nominal a Leonardo, que o deposita na conta de Aloizio, sem, no entanto, endossar no verso. A única coisa que os bancos sempre conferem na compensação dos cheques é se os correntistas têm fundos para cobri-los. Se a assinatura que está no papel é a do cliente ou não, isso não importa. Também não faz diferença se o cheque está nominal ou não ao favorecido pelo depósito. Para comprovar esse fato, a Folha pediu a quatro pessoas que fizessem um teste. O deputado Aloizio Mercadante (PT-SP), cliente do Itaú, e o senador Pedro Simon (PMDB-RS), correntista do BBV, aceitaram. Dois clientes do banco Real também toparam, mas pediram para não ser identificados. A idéia inicial era cada um assinar o cheque do outro. Mercadante e Simon, no entanto, acharam melhor rubricar seus próprios cheques, mas com assinaturas totalmente diferentes das que constam de seu