Cidades históricas de Minas Gerais, durante os séculos XVII e XVIII surgiram, em Minas Gerais, vilas voltadas para a mineração. Ouro Preto, Sabará, Diamantina, Mariana, São João del Rei e Tiradentes, que formavam a rota do ouro, são conhecidas, hoje, como cidades históricas.
No final do século XVII, a descoberta de ouro atraiu gente de todos os lugares da colônia e do exterior, especialmente, de Portugal. Bandeirantes (ver Entradas e bandeiras) paulistas atravessaram a Serra do Mar e se embrenharam pelas selvas, desbravando florestas, aprisionando índios e procurando riquezas. Esta movimentação de pessoas e dinheiro — além do aumento de tropas portuguesas para impedir o contrabando da riqueza recém descoberta —, plantou povoações ao longo do caminho. Mais tarde, estas vilas se transformaram em cidades ricas e capazes de desenvolver sua própria cultura artística. Redesenhando o estilo barroco da metrópole, as cidades históricas revelaram talentos artísticos como Antonio Francisco Lisboa, o Aleijadinho, o pintor Manuel da Costa Ataíde e o músico Joaquim Americo Lobo de Mesquita.
Ouro Preto, antigo arraial de Vila Rica, foi a primeira capital da província de Minas Gerais. Hoje, é tombada pela Organização para a Educação, a Ciência e a Cultura das Nações Unidas (UNESCO) como Patrimônio da Humanidade pela riqueza de seu casario colonial.
A cidade de Mariana — fundada, em 1696, por bandeirantes paulistas — recebeu este nome em homenagem à rainha de Portugal. Mariana guarda um dos mais ricos acervos da arte sacra da região, além de se destacar pelas igrejas, centros de mineração e universidade. Alguns de seus prédios coloniais são famosos, entre eles a antiga Casa de Câmara e Cadeia (ver Cadeia pública de Mariana).
Tiradentes era conhecida como região aurífera desde o século XVI. Os índios utilizavam o metal para fazer anzóis. Foi explorada desde o início do período colonial, quando ainda era conhecida pelo nome de Arraial da Ponta do Morro ou Arraial Velho do Rio das Mortes. Em 1889, recebeu o nome de Tiradentes em homenagem ao herói da Inconfidência Mineira. O conjunto arquitetônico da cidade é tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN).
Congonhas, centro histórico da região mineira, recebeu este nome devido a uma planta muito popular que servia para fazer chá. No início do século XVIII, o ouro atraiu aventureiros de toda parte para as margens do rio Maranhão, onde se formou um arraial. Com o declínio do ouro, descobriu-se o ferro. No início século XIX, o Barão de Eschewege e Francisco Adolfo Varnhagen instalaram o primeiro centro siderúrgico do Brasil, a fábrica Patriota. Atualmente, o ferro é a principal riqueza da cidade. Neste município encontram-se igrejas barrocas com obras de Aleijadinho, entre elas, a Igreja de Bom Jesus do Matosinhos e a Matriz de Nossa Senhora da Conceição.
São João del Rei, entre Tiradentes e Ouro Preto, tem um importante casario colonial e igrejas com grande acervo da arte sacra barroca. A cidade, banhada pelo rio Lenheiro, é dividida por duas pontes em pedra do século XVIII. Entre os prédios coloniais destacam-se a cadeia, a igreja da Ordem Terceira de São Francisco de Assis, a Catedral de Nossa Senhora do Pilar e a casa de Bárbara Heliodora, heroína da Inconfidência Mineira e esposa do poeta Inácio José de Alvarenga Peixoto. Atualmente sua casa tornou-se o museu da cidade.
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