Conceitua-se "stress" a maneira como as células ou o organismo reagem frente a estímulos externos desfavoráveis. De modo geral, estímulos externos desfavoráveis significam perigo que exige fuga ou luta. Para ambas as alternativas o organismo precisa se preparar. A primeira providência do organismo nestas circunstâncias é uma descarga de adrenalina, cuja ação farmacológica principal se faz sentir no aparelho circulatório e respiratório.
No aparelho circulatório, a adrenalina promove a aceleração do coração (taquicardia) e uma diminuição do calibre dos vasos sangüíneos periféricos. Assim, o sangue circula mais rapidamente para uma melhor oxigenação, principalmente, dos músculos e do cérebro, já que ficou pouco sangue na periferia, o que também diminui sangramentos em caso de ferimento superficial.
No aparelho respiratório, a adrenalina promove a dilatação dos brônquios (broncodilatação) e induz o aumento dos movimentos respiratórios (taquipnéia) para que haja maior captação de oxigênio que vai ser mais rapidamente transportado pelo sistema circulatório, também devidamente preparado pela adrenalina. Terminado o perigo, o organismo suspende a hiperprodução de adrenalina e tudo volta ao normal. No mundo moderno, as situações não são tão simples. O perigo ou agressão nem sempre é absolutamente claro e, mesmo quando identificada a situação, nem sempre admite a escolha simples entre luta ou fuga, mas, de qualquer maneira, a reação de "stress" é parecida, com liberação de adrenalina e a presença dos sintomas a ela atribuídos: taquicardia, palidez, sudorese, respiração ofegante.
O stress e a hipertensão arterial
Uma das conseqüências do "stress" agudo é a elevação da pressão arterial. É extremamente importante lembrar deste fato na hora de medir a pressão para que não se rotule de hipertenso quem, na realidade, não o é. No entanto, apesar da elevação notória da pressão arterial no "stress" agudo, ainda não se conseguiu demonstrar a influência do "stress" crônico como causa do aparecimento da hipertensão arterial; isso se deve principalmente às dificuldades metodológicas, e é bastante provável que haja uma forte relação entre "stress" crônico e hipertensão arterial.
Medidas que podem ajudar
Se é fato que o combate ao "stress" é difícil existem algumas medidas práticas que podem ajudar muito:
• Pratique um esporte regularmente. O exercício físico regular, além de, por si só, ajudar a baixar a pressão, é um excelente atenuador das tensões causadas pelo "stress".
• Tenha um passatempo. Um "hobby" pode ajudar em muito você a deslocar seus pontos de interesse e aliviar o "stress".
• Procure melhorar seus hábitos. Controlar sua dieta, diminuir o consumo de bebidas alcoólicas, ou deixar de fumar não são atitudes estressantes; muito pelo contrário, podem ajudar a diminuir o "stress".
• Procure melhorar seu relacionamento com outras pessoas. Uma boa conversa não resolve a maioria dos seus problemas, mas pode aliviar as tensões.
Recomendações
Mudar de vida. Tirar férias. Deixar de se preocupar tanto. São algumas das recomendações às vezes extremamente simplistas e quase sempre impossíveis e às vezes até inúteis. Tirar férias para o indivíduo pode ser impossível e para outros pode até ser um fator de aumento do "stress". Então, como resolver o problema? O combate ao "stress" é, sem dúvida, um problema bastante complexo e exige medidas individualizadas, mas, quaisquer que sejam estas medidas, o reconhecimento do problema é o primeiro passo. Antes de qualquer coisa, saber o que é o "stress", depois procurar identificar as causas particulares do seu "stress", a partir de então programar o que fazer. Plagiando a famosa oração: "Ter coragem para mudar o que pode e deve ser mudado; paciência para aceitar o que não pode ser mudado e sabedoria para diferenciar uma coisa da outra”.
FONTE: Conti Farma Indústria Farmacêutica.
Comentários