1 INTRODUÇÃO
Grega, Literatura, literatura dos povos de língua grega do final do segundo milênio a.C. até a atualidade (ver Grécia).
Os textos do período primitivo da literatura grega são em verso. Para detalhes sobre a métrica e outros elementos da estrutura do verso planteado (ver Versificação). Para conhecer os dialetos gregos (ver Língua Grega).
2 POESIA ÉPICA
As civilizações egéia e micênica possuíam uma literatura oral composta, em sua maior parte, por canções. No segundo milênio a.C., os gregos apropriaram-se destas canções e desenvolveram a arte dos aedos (cantores de baladas). As baladas folclóricas foram a base da Poesia Épica Grega.
A épica grega atingiu seu auge com a Ilíada e a Odisséia que, acredita-se, foram escritas por Homero. Algumas teorias sugerem que estas obras devem sua autoria à uma sucessão de poetas que viveram ao longo do século IX a.C. (ver Poesia Épica).
Um grupo de poemas épicos compostos pelos Poetas Cíclicos, entre 800-550 a.C., tratam da Guerra de Tróia e da expedição dos Sete contra Tebas. Pisandro de Rodes, Paniasis de Halicarnaso e Antimaco de Colofón ou Claros estão entre os poetas épicos mais conhecidos.
O poeta Hesíodo escreveu no século VIII a.C. No século seguinte floresceram as Elegias de Calino de Éfeso, Tirteo de Esparta, Mimnermo de Colofón, Arquiloco de Paros, Sólon e Teognis de Megara. Desta época procedem as famosas Fábulas de Esopo.
Na antiga Grécia havia dois tipos principais de lírica: a pessoal e a coral. A primeira desenvolveu-se nas ilhas de Lesbos. O poeta e músico Terpandro é considerado como o primeiro poeta lírico. Anacreonte escreveu alegres poemas líricos. Depois apareceram Alceu e Safo.
No século VII a.C desenvolveu-se a lírica coral. Consta que o primeiro a cultivá-la foi Taletas, seguido por Terpandro, Estesícoro, Íbicos, Simónides de Ceos e Baquílides de Ceos. Esta manifestação poética alcançou seu apogeu nas obras de Píndaro, em meados do século V a.C.
Outro gênero que floresceu no século VI a.C. foi o Poema Filosófico, relacionado com a épica e escrito por filósofos gregos como Empédocles, Xenófanes e Parmênides. No final do século V a.C. foram escritos alguns dos primeiros textos em prosa. Os mais notáveis são atribuídos ao médico Hipócrates.
Durante o século VI a.C., desenvolveu-se o drama em Atenas (ver Teatro e arte dramática). Acredita-se que o Drama Trágico tenha sido criado no século VI a.C., pelo poeta Ésquilo. Os outros dois grandes autores trágicos foram Sófocles e Eurípedes.
Um dos maiores poetas cômicos foi Aristófanes, autor das primeiras comédias. Os principais autores da comédia intermediária foram Antífanes de Atenas e Alexis de Thruil. Pertence a Menandro o título de principal autor da comédia nova.
O primeiro historiador grego foi Heródoto, destacando-se, também, as obras dos historiadores Xenofonte e Timeo. Tucídides aparece como o primeiro grande escritor de prosa ática. A melhor prosa ática pode ser encontrada nas obras dos oradores atenienses Antifón — professor de retórica —, Lísias e Isócrates. A perfeição da oratória grega foi alcançada nas obras de Demóstenes.
Os dois principais escritores de filosofia do período ático foram Platão e Aristóteles.
Depois das conquistas de Alexandre III o Grande, no século IV a.C., a cultura grega expandiu-se por um vasto império. A mais destacada das escolas de literatura e a maior biblioteca da antigüidade localizavam-se na cidade de Alexandria, no Egito (ver Biblioteca de Alexandria).
Calímaco de Cirene foi um dos grandes poetas alexandrinos mas Teócrito é considerado o melhor. Entre seus sucessores estão Bion de Esmirna e Mosco.
A prosa mais importante do Período Helenístico foi realizada pelo médico Herófilo, pelo anatomista Erasistrato, pelos astrônomos Hiparco de Nicéia, Cláudio Ptolomeo e Aristarco de Samos e pelo matemático, astrônomo e geógrafo Eratóstenes.
Depois que os romanos conquistaram a Grécia em 146 a.C., os textos em prosa mais importantes foram os do historiador grego Políbio, do geógrafo Estrabão e de Plutarco. Galeno escreveu obras que lançaram os fundamentos da medicina moderna.
O dialeto koine (comum) é diferente do que foi empregado pelos escritores gregos clássicos e, entre seus continuadores (os aticistas), o melhor foi o satírico Luciano.
O protótipo do romance desenvolveu-se antes do século II d.C. O mundo contemporâneo conserva importantes fragmentos de Romance de Ninos, um primitivo romance grego. Os mais importantes autores de romances foram o escritor Heliodoro de Emesa, Longo, Xenofonte de Éfeso e Aquiles Tacio.
A filosofia estóica (Estoicismo) foi representada por Epicteto e Marco Aurélio Antonino; os neoplatônicos (Neoplatonismo) tiveram seu melhor representante em Plotino.
Alguns dos melhores versos deste período são epigramas anônimos contidos na Antologia Grega, compilação de poesia e prosa gregas que cobre quase dois mil anos.
Do começo do reinado de Constantino, no ano 323 d.C., até a queda do Império Bizantino em 1453, a literatura grega foi bastante influenciada por elementos latinos e orientais. A maior parte dos textos deste período são teológicos e atacam as diversas heresias cristãs. Seus autores foram Santo Atanásio, Anastásio de Antióquia e Leão de Bizâncio (século VI). Os pais capadócios — São Basílio de Cesarea, São Gregório de Nisa e São Gregório de Nacianzo — escreveram sobre teologia. No século VIII, o último dos grandes teólogos gregos, São João de Damasco, também escolheu a teologia para tema de seus escritos. Simeon Metafrastes destaca-se como editor dos Feitos dos Mártires, no qual revisava e comparava relatos anteriores da vida dos santos. Romanus Melodus e os primeiros pais da Igreja compuseram numerosos hinos, sobretudo São Gregório de Nacianzo e Cosmas de Jerusalém.
A influência eclesiástica fez com que decaísse a literatura secular. Entretanto, aparece neste período um importante poema histórico e lendário, a epopéia popular Digenes Akritas (séculos X-XI).
Também são importantes os historiadores bizantinos Procópio, o imperador Constantino VII Porfinogereta, Miguel Pselo, Anna Comnena, Georgius Pachymeres e João VI Cantacuzene. O mais significativo dos críticos bizantinos foi Fócio e, no século XII, Eustáquio de Tessalônica escreveu um comentário sobre as obras de autores clássicos. Entre os filósofos bizantinos destaca-se Georgio Gemisto Pletho.
Como resultado da ocupação dos francos, na quarta Cruzada, apareceu uma importante obra literária: A Crônica dos Morea (século XIV), um longo poema épico em versos gregos.
Creta, dominada pelos venezianos, foi o centro literário da Grécia durante os séculos XVI e XVII. Seus autores mais importantes foram Yeoryos Xortatsis e Vitsentzos Cornaros. O Sacrifício de Abraão (1635) — drama psicológico de autor desconhecido, talvez Cornaros — também deve ser citado. Nesta época foi escrito um grande número de canções populares.
A florescente escola cretense extinguiu-se quando a ilha foi conquistada pelos turcos no século XVII. No entanto, As baladas dos Cleftes sobreviveram até o século XVIII. Trata-se das canções dos combatentes gregos das montanhas que sustentaram a guerrilha contra os turcos.
Por volta do século XVIII, os sonhos de liberdade tornaram-se um objetivo concreto para o povo grego. Os patriotas e os poetas escreviam copiosamente. No plano lingüístico, Adamantios Corais, um estudioso classicista que vivia em Paris, propôs o uso de uma língua combinada que não fosse nem a antiga nem a moderna.
Alguns poetas retomaram a tradição clássica frente ao demótico. Entre eles, encontram-se Constantinos Rigas e Iacovakis Risos Nerulos. No século XIX, vários poetas continuaram esta tradição, como Alexandros Risos Rangavis. No entanto, cada vez mais, os poetas tenderam a empregar o grego demótico, sistema lingüístico com maior capacidade de expressão. Este fato gerou, durante décadas, uma forte controvérsia. Atualmente, emprega-se o grego demótico na literatura, enquanto que para a escrita técnica e científica emprega-se outra forma de grego mais clássico.
Nas primeiras décadas do século XIX, a literatura — sobretudo a poesia — foi principalmente patriótica e poetas, como Dionisios Solomós, incentivaram a nação a livrar-se do cativeiro turco. Seu admirável Hino à Liberdade (1823) tornou-se o hino nacional grego. Possivelmente, o melhor poeta da escola jônica foi Andreas Calvos.
Entre os narradores do século XIX destacam-se Emmanuel Roidis, Alexandros Papadiamandis e Aryiris Eftaliotis. Posteriores à libertação, os mais importantes são os escritores e poetas Aristotelis Valaoritis, Ioannes Papadiamandópulos (que escreveu em francês com o nome de Jean Moréas), Constandinos Hadsopulos, Miltiades Malacasir e Yeoryos Suris.
Os primeiros dramaturgos gregos importantes do século XIX, Dimetrios Vernadakis e Spiridon Vasiliadis, escreveram de maneira clássica, enquanto que os dramas realistas e satíricos de Ioannis Cambisis foram escritos na língua vernácula.
Os poetas mais populares da primeira parte do século XX foram Yeoryos Drosinis, Costis Palamais, Ánguelos Sikelianós, sendo Konstantinos Kaváfis considerado o mais importante.
No campo da prosa, o escritor grego do século XX mais conhecido é Nikos Kasantzakis. Outros que se destacaram foram Ilias Venesis, Stratis Mirivilis, Pandois Prevelakis, Cosmais Politis, Yorgos Zeotocas e I. M. Panayotopulos.
Durante e depois da II Guerra Mundial, muitos escritores refletiram, em suas obras, a influência da política, entre eles Zemos Cornarós, Vassilis Vasilicos, Stratis Tsírcas, Antonis Samarakis, Galatia Sarandi e Nestoras Matsas.
Com o fim da guerra surgiu um vigoroso grupo de poetas cujo modernismo enriquece, e dá continuidade, à antiga tradição de sentimento nostálgico: Georgios Seféris — Prêmio Nobel de Literatura em 1963 —, Yannis Ritsos e Odiseas Elitis, Prêmio Nobel em 1979.
O teatro começou a ser revalorizado a partir da década de 1950. Em contraste com as tragédias de Sikelianos e Kasantzakis, inspiradas na antigüidade e na época bizantina, as obras dos jovens escritores abordam os problemas da atualidade.
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Grega, Literatura, literatura dos povos de língua grega do final do segundo milênio a.C. até a atualidade (ver Grécia).
Os textos do período primitivo da literatura grega são em verso. Para detalhes sobre a métrica e outros elementos da estrutura do verso planteado (ver Versificação). Para conhecer os dialetos gregos (ver Língua Grega).
2 POESIA ÉPICA
As civilizações egéia e micênica possuíam uma literatura oral composta, em sua maior parte, por canções. No segundo milênio a.C., os gregos apropriaram-se destas canções e desenvolveram a arte dos aedos (cantores de baladas). As baladas folclóricas foram a base da Poesia Épica Grega.
A épica grega atingiu seu auge com a Ilíada e a Odisséia que, acredita-se, foram escritas por Homero. Algumas teorias sugerem que estas obras devem sua autoria à uma sucessão de poetas que viveram ao longo do século IX a.C. (ver Poesia Épica).
Um grupo de poemas épicos compostos pelos Poetas Cíclicos, entre 800-550 a.C., tratam da Guerra de Tróia e da expedição dos Sete contra Tebas. Pisandro de Rodes, Paniasis de Halicarnaso e Antimaco de Colofón ou Claros estão entre os poetas épicos mais conhecidos.
O poeta Hesíodo escreveu no século VIII a.C. No século seguinte floresceram as Elegias de Calino de Éfeso, Tirteo de Esparta, Mimnermo de Colofón, Arquiloco de Paros, Sólon e Teognis de Megara. Desta época procedem as famosas Fábulas de Esopo.
Na antiga Grécia havia dois tipos principais de lírica: a pessoal e a coral. A primeira desenvolveu-se nas ilhas de Lesbos. O poeta e músico Terpandro é considerado como o primeiro poeta lírico. Anacreonte escreveu alegres poemas líricos. Depois apareceram Alceu e Safo.
No século VII a.C desenvolveu-se a lírica coral. Consta que o primeiro a cultivá-la foi Taletas, seguido por Terpandro, Estesícoro, Íbicos, Simónides de Ceos e Baquílides de Ceos. Esta manifestação poética alcançou seu apogeu nas obras de Píndaro, em meados do século V a.C.
Outro gênero que floresceu no século VI a.C. foi o Poema Filosófico, relacionado com a épica e escrito por filósofos gregos como Empédocles, Xenófanes e Parmênides. No final do século V a.C. foram escritos alguns dos primeiros textos em prosa. Os mais notáveis são atribuídos ao médico Hipócrates.
Durante o século VI a.C., desenvolveu-se o drama em Atenas (ver Teatro e arte dramática). Acredita-se que o Drama Trágico tenha sido criado no século VI a.C., pelo poeta Ésquilo. Os outros dois grandes autores trágicos foram Sófocles e Eurípedes.
Um dos maiores poetas cômicos foi Aristófanes, autor das primeiras comédias. Os principais autores da comédia intermediária foram Antífanes de Atenas e Alexis de Thruil. Pertence a Menandro o título de principal autor da comédia nova.
O primeiro historiador grego foi Heródoto, destacando-se, também, as obras dos historiadores Xenofonte e Timeo. Tucídides aparece como o primeiro grande escritor de prosa ática. A melhor prosa ática pode ser encontrada nas obras dos oradores atenienses Antifón — professor de retórica —, Lísias e Isócrates. A perfeição da oratória grega foi alcançada nas obras de Demóstenes.
Os dois principais escritores de filosofia do período ático foram Platão e Aristóteles.
Depois das conquistas de Alexandre III o Grande, no século IV a.C., a cultura grega expandiu-se por um vasto império. A mais destacada das escolas de literatura e a maior biblioteca da antigüidade localizavam-se na cidade de Alexandria, no Egito (ver Biblioteca de Alexandria).
Calímaco de Cirene foi um dos grandes poetas alexandrinos mas Teócrito é considerado o melhor. Entre seus sucessores estão Bion de Esmirna e Mosco.
A prosa mais importante do Período Helenístico foi realizada pelo médico Herófilo, pelo anatomista Erasistrato, pelos astrônomos Hiparco de Nicéia, Cláudio Ptolomeo e Aristarco de Samos e pelo matemático, astrônomo e geógrafo Eratóstenes.
Depois que os romanos conquistaram a Grécia em 146 a.C., os textos em prosa mais importantes foram os do historiador grego Políbio, do geógrafo Estrabão e de Plutarco. Galeno escreveu obras que lançaram os fundamentos da medicina moderna.
O dialeto koine (comum) é diferente do que foi empregado pelos escritores gregos clássicos e, entre seus continuadores (os aticistas), o melhor foi o satírico Luciano.
O protótipo do romance desenvolveu-se antes do século II d.C. O mundo contemporâneo conserva importantes fragmentos de Romance de Ninos, um primitivo romance grego. Os mais importantes autores de romances foram o escritor Heliodoro de Emesa, Longo, Xenofonte de Éfeso e Aquiles Tacio.
A filosofia estóica (Estoicismo) foi representada por Epicteto e Marco Aurélio Antonino; os neoplatônicos (Neoplatonismo) tiveram seu melhor representante em Plotino.
Alguns dos melhores versos deste período são epigramas anônimos contidos na Antologia Grega, compilação de poesia e prosa gregas que cobre quase dois mil anos.
Do começo do reinado de Constantino, no ano 323 d.C., até a queda do Império Bizantino em 1453, a literatura grega foi bastante influenciada por elementos latinos e orientais. A maior parte dos textos deste período são teológicos e atacam as diversas heresias cristãs. Seus autores foram Santo Atanásio, Anastásio de Antióquia e Leão de Bizâncio (século VI). Os pais capadócios — São Basílio de Cesarea, São Gregório de Nisa e São Gregório de Nacianzo — escreveram sobre teologia. No século VIII, o último dos grandes teólogos gregos, São João de Damasco, também escolheu a teologia para tema de seus escritos. Simeon Metafrastes destaca-se como editor dos Feitos dos Mártires, no qual revisava e comparava relatos anteriores da vida dos santos. Romanus Melodus e os primeiros pais da Igreja compuseram numerosos hinos, sobretudo São Gregório de Nacianzo e Cosmas de Jerusalém.
A influência eclesiástica fez com que decaísse a literatura secular. Entretanto, aparece neste período um importante poema histórico e lendário, a epopéia popular Digenes Akritas (séculos X-XI).
Também são importantes os historiadores bizantinos Procópio, o imperador Constantino VII Porfinogereta, Miguel Pselo, Anna Comnena, Georgius Pachymeres e João VI Cantacuzene. O mais significativo dos críticos bizantinos foi Fócio e, no século XII, Eustáquio de Tessalônica escreveu um comentário sobre as obras de autores clássicos. Entre os filósofos bizantinos destaca-se Georgio Gemisto Pletho.
Como resultado da ocupação dos francos, na quarta Cruzada, apareceu uma importante obra literária: A Crônica dos Morea (século XIV), um longo poema épico em versos gregos.
Creta, dominada pelos venezianos, foi o centro literário da Grécia durante os séculos XVI e XVII. Seus autores mais importantes foram Yeoryos Xortatsis e Vitsentzos Cornaros. O Sacrifício de Abraão (1635) — drama psicológico de autor desconhecido, talvez Cornaros — também deve ser citado. Nesta época foi escrito um grande número de canções populares.
A florescente escola cretense extinguiu-se quando a ilha foi conquistada pelos turcos no século XVII. No entanto, As baladas dos Cleftes sobreviveram até o século XVIII. Trata-se das canções dos combatentes gregos das montanhas que sustentaram a guerrilha contra os turcos.
Por volta do século XVIII, os sonhos de liberdade tornaram-se um objetivo concreto para o povo grego. Os patriotas e os poetas escreviam copiosamente. No plano lingüístico, Adamantios Corais, um estudioso classicista que vivia em Paris, propôs o uso de uma língua combinada que não fosse nem a antiga nem a moderna.
Alguns poetas retomaram a tradição clássica frente ao demótico. Entre eles, encontram-se Constantinos Rigas e Iacovakis Risos Nerulos. No século XIX, vários poetas continuaram esta tradição, como Alexandros Risos Rangavis. No entanto, cada vez mais, os poetas tenderam a empregar o grego demótico, sistema lingüístico com maior capacidade de expressão. Este fato gerou, durante décadas, uma forte controvérsia. Atualmente, emprega-se o grego demótico na literatura, enquanto que para a escrita técnica e científica emprega-se outra forma de grego mais clássico.
Nas primeiras décadas do século XIX, a literatura — sobretudo a poesia — foi principalmente patriótica e poetas, como Dionisios Solomós, incentivaram a nação a livrar-se do cativeiro turco. Seu admirável Hino à Liberdade (1823) tornou-se o hino nacional grego. Possivelmente, o melhor poeta da escola jônica foi Andreas Calvos.
Entre os narradores do século XIX destacam-se Emmanuel Roidis, Alexandros Papadiamandis e Aryiris Eftaliotis. Posteriores à libertação, os mais importantes são os escritores e poetas Aristotelis Valaoritis, Ioannes Papadiamandópulos (que escreveu em francês com o nome de Jean Moréas), Constandinos Hadsopulos, Miltiades Malacasir e Yeoryos Suris.
Os primeiros dramaturgos gregos importantes do século XIX, Dimetrios Vernadakis e Spiridon Vasiliadis, escreveram de maneira clássica, enquanto que os dramas realistas e satíricos de Ioannis Cambisis foram escritos na língua vernácula.
Os poetas mais populares da primeira parte do século XX foram Yeoryos Drosinis, Costis Palamais, Ánguelos Sikelianós, sendo Konstantinos Kaváfis considerado o mais importante.
No campo da prosa, o escritor grego do século XX mais conhecido é Nikos Kasantzakis. Outros que se destacaram foram Ilias Venesis, Stratis Mirivilis, Pandois Prevelakis, Cosmais Politis, Yorgos Zeotocas e I. M. Panayotopulos.
Durante e depois da II Guerra Mundial, muitos escritores refletiram, em suas obras, a influência da política, entre eles Zemos Cornarós, Vassilis Vasilicos, Stratis Tsírcas, Antonis Samarakis, Galatia Sarandi e Nestoras Matsas.
Com o fim da guerra surgiu um vigoroso grupo de poetas cujo modernismo enriquece, e dá continuidade, à antiga tradição de sentimento nostálgico: Georgios Seféris — Prêmio Nobel de Literatura em 1963 —, Yannis Ritsos e Odiseas Elitis, Prêmio Nobel em 1979.
O teatro começou a ser revalorizado a partir da década de 1950. Em contraste com as tragédias de Sikelianos e Kasantzakis, inspiradas na antigüidade e na época bizantina, as obras dos jovens escritores abordam os problemas da atualidade.
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