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Público quer smartphones com tela grande, afirmam fabricantes

 A tela do recém-lançado Samsung Galaxy S 3 tem 4,8 polegadas. A do HTC Ultimate tem 4,7 polegadas. A do Motorola Razr, 4,3. São tamanhos próximos dos de alguns tablets de pequeno porte, como o Galaxy Tab 7, da Samsung.

A tendência do início da década passada, de celulares cada vez menores, se inverteu.

"Antigamente os telefones eram mais limitados. Era natural que as pessoas quisessem coisas mais compactas. Com os smartphones, as pessoas querem ver filmes, navegar na internet, ter aplicativos... Não dá para fazer isso com uma telinha pequena", diz Fábio Castanheira, diretor-geral da HTC América Latina.

Se a onda das telas de mais de 4 polegadas é recente, é porque só agora a evolução tecnológica permitiu a introdução de telas maiores com qualidade, segundo Roberto Soboll, diretor de produtos da Samsung Brasil.

"Hoje, há um processamento robusto para oferecer uma experiência de jogos e vídeos excelente. O ecossistema como um todo evoluiu, e a demanda do consumidor foi junto."

As vendas do Galaxy Note no Brasil, segundo Soboll, têm crescimento inicial semelhante aos do Galaxy S e do Galaxy S 2. Ele afirma que "existe uma demanda dos consumidores pela fusão de tablets e smartphones".

Fábio Castanheira diz que a vantagem de um smartphone como o HTC Ultimate é poder "canibalizar grande parte do uso de um tablet".

Nos EUA e no Reino Unido, uma pesquisa da Strategy Analytics publicada em março deste ano constatou que quase 90% dos donos de smartphones gostariam de ter aparelhos maiores do que os seus atuais.

Paul Brown, diretor de experiência do usuário na Strategy Analytics e autor da pesquisa, ressalta que há uma barreira à tendência de aumento das telas.

"Usuários de smartphones, em geral, não querem algo que fique muito apertado no bolso da calça deles --ou na bolsa, no caso das mulheres. Mas também encontramos usuários que abandonariam seus smartphones caso seus tablets pudessem fazer ligações telefônicas e mandar SMS."

Pessoas que já têm smartphones, segundo a pesquisa, querem telas de tamanho entre 4 e 4,5 polegadas, em geral. Quem ainda não tem smartphone está mais interessado em aparelhos com telas de entre 3,2 e 3,8 polegadas.

"Já é uma realidade: muita gente não consegue ter uma tela menor. Quando as pessoas se acostumam com as vantagens de uma tela maior, é difícil voltar para uma tela pequena", diz Castanheira.

A nova tendência demanda, durante o desenvolvimento, o que Soboll chama de "mágica de acertar os parâmetros".

"Para uma tela grande, preciso de um bom processador. Mas, ao mesmo tempo, não posso acabar com a bateria. Depois, vêm fatores como peso, espessura e portabilidade", diz ele.

QUESTÃO MÉDICA

Mateus Saito, especialista de mão do Instituto de Ortopedia e Traumatologia do HCFMUSP, diz que o aumento dos aparelhos prejudica especialmente o dedo mais usado para tocar na tela, o polegar. Com smartphones maiores, é preciso estendê-lo com mais frequência.

"Isso leva a uma sobrecarga do dedo, principalmente do tendão extensor, que arma o polegar para o toque na tela, e da base do polegar, a articulação que faz movimentos circulares para, por exemplo, buscar letras."

O formato ideal de um celular para evitar lesões e problemas ortopédicos, ainda que pouco factível, seria "algo como um feijão: meio arredondado e um pouco mais fino no meio", respeitando o formato da mão relaxada.

Para evitar a chamada "síndrome do polegar", alguns cuidados básicos são "tentar usar dedos diferentes para digitar, apoiar o celular em alguma superfície para não ter que segurá-lo com a mesma mão que digita, usar ambas as mãos e aproveitar o recurso de autocorreção", diz Saito.

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