O governo quer regular o comando do futebol brasileiro, mas sem a criação de órgãos ou leis para impor modelos de gestão a clubes ou entidades. Foi o que afirmou nesta quarta-feira o ministro do Esporte, Aldo Rebelo, durante visita às obras de reforma do Mineirão, em Belo Horizonte, para a Copa do Mundo de 2014.
Na terça-feira, Rebelo revelou que o governo pretende montar um grupo de notáveis do futebol, incluindo ex-dirigentes, atletas e personalidades da bola, para elaborar uma forma de evitar, por exemplo, que cartolas se perpetuem no comando de clubes ou federações.
Nesta quarta, o ministro declarou que a intenção do governo é aproveitar a mobilização em torno do Mundial para encontrar uma solução para o caso. Mas descartou a possibilidade de o governo impor qualquer mudança por meio de alterações na legislação ou criação de agências reguladoras, a exemplo de áreas como energia e telefonia.
"O Brasil não precisa criar mais órgão nenhum. Já temos órgãos demais. O que precisa é fazer as coisas funcionarem direito e isso não se faz criando mais órgão. Também não (precisa) criar mais lei", disse.
No entanto, Rebelo não detalhou como as mudanças podem ocorrer e, principalmente, serem adotadas por clubes e entidades. Para o ministro, o "ensejo" da Copa já é suficiente para criar a discussão e disse que o governo quer as mudanças antes mesmo da realização do Mundial.
"A preocupação é reunir exatamente pessoas que conhecem a fundo a realidade e a experiência do futebol para aproveitar o ensejo da Copa e melhorar, democratizar e elevar a qualidade da gestão do futebol brasileiro", declarou.
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