A companhia norte-americana de aluguel e transmissão pela Internet de filmes e programas de TV Netflix decidiu adotar uma estratégia de defesa para não ser alvo de uma possível aquisição hostil, dias depois que o investidor Carl Icahn revelou ter uma participação na empresa.
A chamada "pílula de veneno" tem como objetivo evitar que um investidor de fora da empresa acumule participação de 10 por cento ou mais da Netflix sem autorização do conselho de administração. O conselho aprovou a medida na sexta-feira e ela é válida por três anos.
A decisão é uma estratégia comum utilizada por companhias em resposta aos avanços de Icahn.
Na quarta-feira, Icahn divulgou que atingiu 10 por cento das ações da Netflix. A maior parte de sua fatia foi obtida por meio de opções de compra (calls). O bilionário, que é conhecido por agitar a gestão de companhias, disse que viu a Netflix como um alvo de aquisição atraente para um número de empresas.
A medida "pretende proteger a Netflix e seus acionistas dos esforços para obter o controle da companhia caso o conselho diretor determine que eles não se enquadrem dentro dos melhores interesses da Netflix e de seus acionistas", disse a companhia em comunicado.
O plano não se destina a interferir em qualquer fusão, oferta, ou outra combinação corporativa aprovada pelo conselho da Netflix, acrescentou a companhia.
Icahn não estava imediatamente disponível nesta segunda-feira para comentar o assunto.
A Netflix tem sido periodicamente objeto de especulações de aquisição, com a Microsoft e Amazon.com entre os nomes citados como possíveis interessados.
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