Quando uma banda ou artista vai para estúdio gravar um novo álbum, sempre acabam rolando algumas pirações e experimentações espontâneas. Às vezes, essas ideias não-planejadas são tão legais que acabam sendo incluídas no produto final. E o resultado pode ser uma faixa ou mensagem escondida no disco.
Além de satisfazer o lado conceitual dos artistas, as faixas escondidas também agradam os fãs, que adoram se divertir com teorias da conspiração sobre os tesouros encontrados em CDs e LPs. Pensando nessa galera que curte desbravar os discos de suas bandas favoritas, nós separamos algumas das melhores e mais curiosas faixas escondidas que encontramos. Como sempre, muita coisa ficou de fora. Sentiu falta de algo? mande nos comentários
1. Nirvana – Endless/Nameless
Álbum: Nevermind (1991)
Quando o álbum Nevermind foi lançado, ninguém esperava muita coisa. Aí o disco alcançou o topo das paradas e, bem, a surpresa foi grande. As 12 faixas traziam toda a angústia da juventude ao som das guitarras distorcidas e uma melodia pop que acertou em cheio. A faixa Endless/Nameless, mais furiosa que o resto do álbum, apareceu em algumas tiragens do CD depois da faixa final Something in the Way.
2. Pearl Jam – Master/Slave
Álbum: Ten (1991)
Durante as gravações de seu álbum de estreia, o Pearl Jam ficou alguns dias parado no estúdio porque o guitarrista Stone Gossard estava doente. Nesses breaks, o resto da banda começou a improvisar. O resultado agradou tanto que a banda utilizou a gravação em dois momentos do álbum: antes da primeira faixa, Once, e depois da última, Release.
3. Queens of the Stone Age – The Real Song for the Deaf
Álbum: Songs for the Deaf (2002)
Considerado um dos álbuns fundamentais do stoner rock, o Songs for the Deaf é o terceiro da carreira do QOTSA e traz Dave Grohl na bateria. Fora isso, o disco também tem duas faixas escondidas. Isso mesmo, duas. Uma delas, Mosquito Song, até está creditada na lista de músicas, mas como “secret song”. A outra se chama The Real Song for the Deaf e dá um trabalhinho para achar. Gravada como track 0, ou seja, a faixa que vem antes da faixa 1, a música só é escutada se você usar um tocador de CD que permite retroceder segundo a segundo, e não faixa a faixa, na reprodução.
4. Pink Floyd – Mensagem escondida em Empty Spaces
Álbum: The Wall (1979)
Não é uma música, mas uma mensagem que Roger Waters decidiu esconder no conceituado álbum The Wall. Na época, era comum bandas gravarem algumas palavras para os fãs descobrirem quando tocassem os LPs ao contrário. Tinha até gente que jurava que eram palavras satânicas. Rogers, irônico como sempre, gravou uma mensagem que apenas parabenizava o ouvinte por ter encontrado a mensagem. Assim mesmo, só pra curtir com a cara do povo.
5. Janelle Monáe – Many Moons
Álbum: The ArchAndroid (2010)
Se você ouvir o álbum de estreia da Janelle, vai provavelmente estranhar a faixa Neon Gumbo. Abstrata e non-sense, a música parece um canto religioso em uma língua estranha ou algo do tipo. Mas se você tocar a faixa ao contrário, encontrará uma parte da faixa Many Moons, que saiu no seu primeiro EP, Metropolis Suite I: The Chase. Os dois discos juntos formam uma obra cujo tema é androides, inspirada no filme Metropolis. Faz sentido que ela brise na tecnologia, né?
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6. Radiohead – Teoria do 0110
Álbuns: OK Computer (1997) e In Rainbows (2007)
Mais do que uma música oculta, a teoria diz que o Radiohead criou um álbum inteiro como “mensagem secreta”. Como? Isso mesmo que você leu. Segundo alguns experts em Yorkices, os álbuns OK Computer e In Rainbows se complementam para formar uma só obra. Existe uma simbologia que fortalece essa ideia: 10 anos de diferença separam os dois álbuns, cujos títulos têm 10 letras cada. In Rainbows foi lançado no dia 10/10 e o título original de OK Computer era Zeros and Ones. Tem muitas outras coincidências misteriosas, mas uma coisa é fato: os dois álbuns se encaixam perfeitamente.
7. Yeah Yeah Yeah’s – Poor Song ou Porcelaine
Álbum: Fever to Tell (2003)
No álbum de 2003, você encontra 11 faixas com a cara da Karen O: frenéticas, esquisitinhas e com vocais poderosos. Mas, depois da última faixa Modern Romance, se esconde a música Poor Song, também conhecida como Porcelaine. Como o nome já indica, essa faixa é um tanto melancólica e Karen canta de um jeito bem diferente do normal.
8. The Mars Volta – The Itsy-Bitsy Spider
Álbum: EP Tremulant (2001)
A banda de rock progressivo The Mars Volta é conhecida por experimentar nas suas músicas. Numa dessas, e logo no primeiro EP, eles conseguiram inserir a clássica música infantil da Dona Aranha na faixa Eunuch Provocateur. É só tocar a música ao contrário para ouvir uma música assustadora e ter pesadelos sempre que ouvir “the itst-bitsy spider…”.
9 e 10. Tool – Disgustipated e 10.000 Days
Álbum: Undertow (1993) e 10.000 Days (2006)
A banda de metal progressivo Tool gosta de esconder faixas e criar segredos em seus álbuns. No disco de estreia, depois que a última música toca, o álbum pula para a faixa 69, intitulada Disgustipated, e começa a tocar uma música/mensagem meio aterrorizante sobre a vida que se alimenta da vida (uma coisa meio Darwinista). Já em 10.000 Days, a ideia é que você ouça a faixa-título acompanhada das faixas Wings for Mary e, em seguida, Viginti Tres. As faixas se complementam.
Faixa secreta da lista: A trilha sonora de A Origem
Como essa não é uma música em um álbum, a gente separou do resto, mas o segredo aqui é bem bacana. No filme A Origem, que deixou muita gente confusa, os personagens entram em um sono induzido e só despertam com a música Non, Je Ne Regrette Rien, cantada por Edith Piaf, certo? E o som grave que acompanha as cenas em câmera lenta? Sabe o que é? É a mesma música, só que em velocidade baixíssima. Christopher Nolan, saia da nossa mente.
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