Em terras mineiras, o termo "comida de estádio" é quase sempre sinônimo de feijão tropeiro. No mais recente palco de jogos, a Arena MRV, essa tradição se mantém. O local, que nesta data (27/8) hospeda sua primeira partida oficial – um embate entre Galo e Santos pela 21ª rodada do Campeonato Brasileiro –, apresenta a todos o seu prato.
Muitos torcedores, sobretudo os que já ultrapassaram a marca dos 25 anos, carregam em sua memória afetiva o inconfundível tropeiro do antigo Mineirão. Aquele prato que se tornou referência para diversos botecos de Belo Horizonte, composto por ingredientes como arroz, feijão com farinha e embutidos, couve, torresmo, ovo mole, bife de porco e, por fim, um rico molho de tomate.
As nuances do novo Tropeiro
Apesar da reminiscência do tradicional, o tropeiro da Arena MRV exibe suas diferenças. Vendido por R$ 26, um dos destaques é a gema do ovo, que se mostra dura, uma medida possivelmente tomada para prevenir a contaminação por salmonela. Outra característica notável é sua textura menos oleosa e mais seca.
No entanto, há acertos: o arroz solto, o feijão úmido e adequadamente temperado e a couve, que apesar de escassa, foi bem preparada na frigideira. O torresmo, por sua vez, decepciona por sua quantidade reduzida. Em contrapartida, o bife de porco se destaca por seu sabor e porção adequada.
E para os aficionados pelo molho de tomate que abrilhantava o prato do Mineirão, este não é mais um componente na receita da Arena MRV e, curiosamente, também foi deixado de lado por vários botecos de BH.
Mudanças inevitáveis
As mudanças são naturais, e cada local traz sua assinatura ao prato. Ainda que haja diferenças, o feijão tropeiro da Arena MRV busca honrar a tradicional culinária mineira, trazendo ao torcedor sabores familiares, mas com um toque contemporâneo.
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