O tratamento deve contemplar diversos aspectos, sempre com acompanhamento multidisciplinar, algumas vezes com a necessidade de medicação. Outro ponto fundamental é o manejo parental, uma vez que são os adultos que passam mais tempo com essa criança.
A forma de lidar com esses comportamentos pode, inclusive, comprometer o tratamento, caso não seja o adequado. Portanto, os pais devem aprender estratégias para manejar esse comportamento no dia a dia e melhorar a convivência.
"O tratamento é multiprofissional: a psicóloga, da linha comportamental, deve atuar com a criança e os pais, além de orientar os professores no ambiente escolar e nas atividades externas. As dificuldades de aprendizagem e linguagem são atividades que precisam de acompanhamento de pedagogas e fonoaudiólogos. É fundamental que os pais aprendam a melhor forma de lidar com esses comportamentos para não comprometer o tratamento", adverte o neuropediatra.
Após iniciar o tratamento com uma psicóloga e um neuropediatra, Erick começou a fazer uso contínuo de medicamentos com a orientação de um psiquiatra infantil e de uma psicopedagoga. Realizou duas avaliações neuropsicológicas e passou por muitos profissionais até conseguir fechar o diagnóstico.
"Hoje meu filho se encontra em remissão do comportamento opositor. O humor irritável raivoso continua existindo, só que não é mais disfuncional, pois perdeu os três parâmetros de frequência, persistência e prejuízo. Agora são comportamentos que facilmente conseguimos redirecionar no dia a dia. Atualmente, ele é desafiador no sentido de ser mais crítico, de perguntar os porquês das coisas e questionar algumas atitudes. O comportamento explosivo não existe mais. Só uma necessidade maior de diálogo, que considero bastante positivo, mas para isso acontecer foram sete anos de tratamento com psicólogos e cinco anos com médicos", revela Wandermur, mãe de Erick.
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