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Existencialismo



1 INTRODUÇÃO

Existencialismo, movimento filosófico que ressalta o papel determinante da existência, da liberdade e da opção individual. Teve grande influência em diferentes escritores dos séculos XIX e XX, e não só na literatura, como também na teologia.

Como movimento filosófico e literário, pertence aos séculos XIX e XX, mas podem-se encontrar elementos de existencialismo no pensamento (e na vida) de Sócrates, na Bíblia e na obra de inúmeros filósofos e escritores pré-modernos. O primeiro a antecipar as principais inquietações do existencialismo moderno foi o filósofo Blaise Pascal.

2 TEMAS PRINCIPAIS

Dada a diversidade de posições comumente associadas ao existencialismo, o termo não pode ser definido com precisão. No entanto, podem ser identificados alguns temas comuns a todos os escritores existencialistas: o principal é a ênfase posta na existência individual concreta e, conseqüentemente, na subjetividade, na liberdade individual e nos conflitos da opção. Foi o filósofo Sören Kierkegaard o primeiro escritor a usar o termo existencialismo, afirmando que o mais alto bem para o indivíduo consiste em encontrar sua própria e única vocação. Friedrich Nietzsche afirmou que o indivíduo tem que decidir que situações devem ser consideradas morais. Todos os existencialistas seguiram Kierkegaard, insistindo em que a experiência pessoal e o agir segundo as próprias convicções são fatores essenciais para se chegar à verdade. Asseveraram que a clareza racional é desejável onde e quando for possível, mas que os temas mais importantes da vida não são acessíveis à razão e à ciência. Apesar disso, talvez o tema de maior relevo na filosofia existencialista seja o da opção. A mais importante característica do ser humano é a liberdade de escolha. Os seres humanos não têm uma natureza imutável, ou essência, como têm os outros animais ou as plantas; cada ser humano faz opções que configuram sua própria natureza.

Kierkegaard afirmava que é fundamental para o espírito reconhecer que temos medo não só de objetos específicos, mas também de um indefinido sentimento de apreensão, que ele denominou temor. Temor que é, segundo ele, a forma que Deus tem de pedir a cada indivíduo um compromisso, adotando um estilo de vida pessoal válido. A palavra angústia, para Martin Heidegger, surge do confronto do indivíduo com o nada e com a impossibilidade de encontrar uma justificativa última para a opção que cada pessoa tem de fazer. Na filosofia de Sartre, a palavra náusea é usada para escrever o reconhecimento, pelo indivíduo, da contingência do Universo.


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